Notícias provenientes da cidade de Itapeva dão conta que finalmente a Prefeitura resolveu se mexer para impedir que a velha estação ferroviária, inaugurada em 1909 e construída logo depois (há indicações que a primitiva estação não era o “castelinho” que existe agora, mas sim uma provisória, de forma a abrir seu prédio definitivo somente em 1912) será finalmente tombada.
Está ela hoje em petição de miséria. Fora da cidade, nos limites da zona urbana até hoje, ela fica próxima à fábrica de cimento da cidade, fábrica esta que não existia quando da abertura da estação. Eu conheci esta bela estação – que segundo alguns seria, assim com a de Piraju e a de Santa Cruz do Rio Pardo, obra de Ramos de Azevedo – no ano de 1998, quando o trem Sorocaba-Apiaí, trem regular de passageiros, passava e parava na estação por volta de meia noite na ida e de seis da manhã na volta. O trem partia de Sorocaba às 6 da tarde, todos os dias, e regressava a ela ao meio-dia.
Por isso mesmo, não foi fácil de fotografá-la quando andei nesse trem: a pouca luz dificultava a qualidade. Era ainda tempo das máquinas com filme, mas sim, o prédio não somente tinha ainda eletricidade como também tinha um chefe de estação que ainda se aninhava entre móveis antigos da ferrovia. Também é infelizmente verdade que ela já estavaa em mau estado, apesar de estar sendo utilizada.
Com a entrega da Fepasa à RFFSA (1998, na verdade pouco mais de um mês antes de eu fazer essa viagem de trem) e desta à concessionária Ferroban (janeiro de 1999) e ainda desta à concessionária ALL, poucos meses depois, a estação, mesmo com o trem passando por ali, foi fechada e imediatamente caiu no abandono.
Por pelo menos quatro vezes estive na cidade, de carro, e fui à estação fotografá-la. A última vez foi em 2004. A situação era cada vez pior. E sei que, mesmo sem minhas visitas há já cinco anos, ela piorou ainda mais. E não é somente ela: o armazém, que teria sido a estação provisória, está mau também, mas, fechado, parece ter algo guardado dentro, o que impede pessoas que nada têm a ver com o prédio de entrar e depredar. Já as casas da vila ferroviária, muito simpática e alcançadas por duas escadarias com a mesma idade da estação, variam em seu estado de conservação, dependendo de quem nela mora.
O nome da cidade era Faxina até os anos 1940, daí o trocadilho acima, o do título. Até o início dos anos 1990, em Itapeva se bifurcava a linha: a antiga seguia para Itararé, Jaguariaíva e finalmente Ponta Grossa; a nova, aberta em 1973, saía para a estação de Nova Itapeva, esta feiosinha e "modernosa", mas muito bem cuidada pela ALL, daí para Pinhalzinho, na divisa SP/PR e dali para Ponta Grossa. A linha nova matou a velha. Em 2001, a velha não tinha mais trilhos, sendo impossível ir para Itararé com trens.
Espero que toda a movimentação para limpar e restaurar a estação de Itapeva saia do papel. O Condephaat, anuncia-se, tombará a estação e mais alguns prédios no próximo dia 9 de dezembro; somente isso, no entanto, não garante uma restauração. Esperamos que o poder público se mexa para tal. Por enquanto, apenas devem promover palestras sobre restauração de prédios antigos, mas que tomem cuidado: que não ouçam o ruído do desabamento enquanto técnicos falam de maravilhas futuras. Já estava mais do que na hora de se proteger o prédio com cercas, já que o madeirame está indo de vez para o saco, enquanto vagabundos e drogados entram e saem do velho prédio em ruínas quando querem.
Está ela hoje em petição de miséria. Fora da cidade, nos limites da zona urbana até hoje, ela fica próxima à fábrica de cimento da cidade, fábrica esta que não existia quando da abertura da estação. Eu conheci esta bela estação – que segundo alguns seria, assim com a de Piraju e a de Santa Cruz do Rio Pardo, obra de Ramos de Azevedo – no ano de 1998, quando o trem Sorocaba-Apiaí, trem regular de passageiros, passava e parava na estação por volta de meia noite na ida e de seis da manhã na volta. O trem partia de Sorocaba às 6 da tarde, todos os dias, e regressava a ela ao meio-dia.
Por isso mesmo, não foi fácil de fotografá-la quando andei nesse trem: a pouca luz dificultava a qualidade. Era ainda tempo das máquinas com filme, mas sim, o prédio não somente tinha ainda eletricidade como também tinha um chefe de estação que ainda se aninhava entre móveis antigos da ferrovia. Também é infelizmente verdade que ela já estavaa em mau estado, apesar de estar sendo utilizada.
Com a entrega da Fepasa à RFFSA (1998, na verdade pouco mais de um mês antes de eu fazer essa viagem de trem) e desta à concessionária Ferroban (janeiro de 1999) e ainda desta à concessionária ALL, poucos meses depois, a estação, mesmo com o trem passando por ali, foi fechada e imediatamente caiu no abandono.
Por pelo menos quatro vezes estive na cidade, de carro, e fui à estação fotografá-la. A última vez foi em 2004. A situação era cada vez pior. E sei que, mesmo sem minhas visitas há já cinco anos, ela piorou ainda mais. E não é somente ela: o armazém, que teria sido a estação provisória, está mau também, mas, fechado, parece ter algo guardado dentro, o que impede pessoas que nada têm a ver com o prédio de entrar e depredar. Já as casas da vila ferroviária, muito simpática e alcançadas por duas escadarias com a mesma idade da estação, variam em seu estado de conservação, dependendo de quem nela mora.
O nome da cidade era Faxina até os anos 1940, daí o trocadilho acima, o do título. Até o início dos anos 1990, em Itapeva se bifurcava a linha: a antiga seguia para Itararé, Jaguariaíva e finalmente Ponta Grossa; a nova, aberta em 1973, saía para a estação de Nova Itapeva, esta feiosinha e "modernosa", mas muito bem cuidada pela ALL, daí para Pinhalzinho, na divisa SP/PR e dali para Ponta Grossa. A linha nova matou a velha. Em 2001, a velha não tinha mais trilhos, sendo impossível ir para Itararé com trens.
Espero que toda a movimentação para limpar e restaurar a estação de Itapeva saia do papel. O Condephaat, anuncia-se, tombará a estação e mais alguns prédios no próximo dia 9 de dezembro; somente isso, no entanto, não garante uma restauração. Esperamos que o poder público se mexa para tal. Por enquanto, apenas devem promover palestras sobre restauração de prédios antigos, mas que tomem cuidado: que não ouçam o ruído do desabamento enquanto técnicos falam de maravilhas futuras. Já estava mais do que na hora de se proteger o prédio com cercas, já que o madeirame está indo de vez para o saco, enquanto vagabundos e drogados entram e saem do velho prédio em ruínas quando querem.
Ola ralph é um tremendo descaso o que fazem com as nossas estações hoje em dia. Mas gracas a Deus não é só de noticias mas que se vive a ferrovia atual. Foi confirmado pelo prefeito de Sertãozinho, por diretores da FCA e por mais algumas autoridades daqui de Sertãozinho-SP que irá operar um trem turistico entre as estacões de Sertãozinho Velha e Francisco Schidmith num total de 10km. Esse trem é denominado "Trem da Cana". Este projeto ja está 100% garantido e a FCA tem interesse de reativar o ramal da estacão pra frente para transporte de cargas ate Ribeirão Preto! Bom pelo menos uma noticia boa neh rsrs...
ResponderExcluirSegue o link das fontes:
http://viagem.br101.org/cidade/sert-ozinho/trem-da-cana-passeio-hist-rico-em-sert-ozinho.html
http://www.radiocomunitariafm.com.br/ler_noticia.php?id=2223
Rubia, eu também havia lido essa notícia. Cuidado, não ponha a mão no fogo por essa notícia. Políticos não sáo confiáveis, a ECA menos ainda e as associações que estão presentes no acordo também não são de grandes feitos. Portanto, torça, como eu também torço para que realmente saia, mas não acrecite muito para não se decepcionar. De cada 10 trens turísticos que são anunciados, nem meio realmente saem. Abraços
ResponderExcluirPrezado Sr. Ralph: Como diretor presidente da Associação Mogiana de Preservação Ferroviária, idealizadora do Projeto "Trem da Cana" em parceria com a Associação de Preservação da Memória Ferroviária, tenho a lhe dizer que nossa entidade com menos de 02 anos de existencia, consegiu não só idealizar o referido projeto como formalizar convenio com a Municipalidade de Sertãozinho através da Lei Municipal 4.938/2009 para a implantação do mesmo. Ainda conseguimos firmar Termo Específico com a FCA - Ferrovia Centro Atlântica para a concretização do Trem da Cana. Portanto, afirmar que não somos de grandes feitos é no mínimo demonstrar nenhum conhecimento a respeito do assunto e das entidades envolvidas. Para tanto, estamos à sua total disposição para quaisquer esclarecimentos e apresentação dos documentos aqui mencionados. Atenciosamente, Fernando Antonio Cavallari, diretor Presidente da AMPF - fernando.cavallari@terra.com.br
ResponderExcluirFernando, dizer que a entidade a AMPF não é de grandes feitos não é mentira: ela não fez ainda nada de relevante, Se fizer, vai aí sim ter algo de importante para relatar. Entidades de preservação há muitas e poucas dão resultado; isso não quer dizer, no entanto, que eu não torço para que esse empreendimento dê certo. Simplesmente só acredito vendo, e isso, depois de conseguir se firmar, tornando-se algo frequente. Políticos não são confiáveis mesmo; a FCA tem como negócio dela rodar trens cargueiros e não cumpre a concessão como devia, tendo abandonado diversas linhas, como a de Sertãozinho, inclusive não exercendo a menor fiscalização sobre ela, permitindo, por exemplo, que ocorrarm roubos de trilhos. Se v. conhece tão bem o "metiê" dos trens turísticos (e acredito que conheça, senão não se meteria nisso) sabe que a afirmação que fiz é correta: de cada dez, um sai. Abraços e boa sorte - sinceramente.
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