Acima, bela mureta na esquina da av. Brasil com rua Guadalupe. Embaixo, casas na alameda Jaú.
Não, não há erro no título. Jardins é como é chamada aquela vasta área da Paulista até a avenida Faria Lima, ou, se estendermos, até a Marginal do Pinheiros, limitada lateralmente pelas avenidas Rebouças e Brigadeiro Luiz Antonio, e no pedaço mais ao sul, pelas avenidas Nove de Julho e Cidade Jardim.
Os bairros que hoje se chamam Jardins têm seus nomes originais: Jardim Europa, Jardim América, Jardim Paulista, Jardim Paulistano e Cerqueira César. Aliás, este último é que é chamado hoje de “miolo” dos Jardins, O nome praticamente se perdeu no tempo.
Não vou muito aos Jardins, ou melhor, a Cerqueira César. É a área que compreende uma muralha de prédios, na maioria de apartamentos residenciais, e pequenas casas que se transformaram quase todas em lojas. Lojas que, até o início dos anos 1960, estavam concentradas nas ruas Augusta e Pamplona, as mais largas – nem tanto assim – e que tinham as linhas de bondes até que eles acabaram. Aliás, os da rua Augusta acabaram nos anos 1950. Os da Pamplona, em 1966.
A partir dos anos 1970, chegaram as lojas, incluindo as da avenida Paulista. Cerqueira César vai da Paulista à rua Estados Unidos e da Rebouças até a Brigadeiro Luiz Antonio. Em boa parte dos jardins, fora essa área, prédios não são permitidos, com exceção da área próxima à Faria Lima, antiga rua Iguatemi, e, mais antigamente ainda, Estrada das Boiadas.
Repetindo, não vou muito a Cerqueira César hoje em dia. Antigamente, ia quase todos os dias. Hoje estive lá. Como o trânsito, como sempre, estava lento em todas as ruas por onde passei — Jaú, Oscar Freire, Padre João Manoel, Peixoto Gomide, Estados Unidos — deu para fotografar alguma coisa. Pouco, é verdade, pois fotografar de dentro do carro não é tão simples assim.
Uma fileira de sobrados de aluguel geminados (e com três andares e não dois) na alameda Jaú que começa na esquina com a alameda Campinas me chamou a atenção (foto acima). Há muita descaracterização, praticamente todos são lojas hoje, mas o terceiro andar ainda mantém as janelas típicas de São Paulo na primeira metade do século, com persianas de madeira abrindo para fora e dobrando no meio ou na quarta parte.
No mesmo quarteirão, mas do lado esquerdo, uma casa bem antiga e mal cuidada sobrevive ao tempo, meio escondida. E outras mais, que não fotografei. Também se vê o velho Jardins no Jardim América, na esquina da Brasil com a rua Guadalupe, uma casa, hoje um grande escritório mas muito bem conservada, com um muro baixo na frente, ainda original, tudo muito bonito.
E prédios, prédios, prédios tapando o sol. Onde sobra uma casa pode ser o local para um novo prédio. A qualidade de vida da cidade cai, mas ninguém parece se importar. Até que seja tarde demais. Já a casa da esquina da Brasil tem poucas possibilidades de ir para o vinagre, pois a lei que proíbe prédios ali vem da formação do bairro, em 1914.
Os bairros que hoje se chamam Jardins têm seus nomes originais: Jardim Europa, Jardim América, Jardim Paulista, Jardim Paulistano e Cerqueira César. Aliás, este último é que é chamado hoje de “miolo” dos Jardins, O nome praticamente se perdeu no tempo.
Não vou muito aos Jardins, ou melhor, a Cerqueira César. É a área que compreende uma muralha de prédios, na maioria de apartamentos residenciais, e pequenas casas que se transformaram quase todas em lojas. Lojas que, até o início dos anos 1960, estavam concentradas nas ruas Augusta e Pamplona, as mais largas – nem tanto assim – e que tinham as linhas de bondes até que eles acabaram. Aliás, os da rua Augusta acabaram nos anos 1950. Os da Pamplona, em 1966.
A partir dos anos 1970, chegaram as lojas, incluindo as da avenida Paulista. Cerqueira César vai da Paulista à rua Estados Unidos e da Rebouças até a Brigadeiro Luiz Antonio. Em boa parte dos jardins, fora essa área, prédios não são permitidos, com exceção da área próxima à Faria Lima, antiga rua Iguatemi, e, mais antigamente ainda, Estrada das Boiadas.
Repetindo, não vou muito a Cerqueira César hoje em dia. Antigamente, ia quase todos os dias. Hoje estive lá. Como o trânsito, como sempre, estava lento em todas as ruas por onde passei — Jaú, Oscar Freire, Padre João Manoel, Peixoto Gomide, Estados Unidos — deu para fotografar alguma coisa. Pouco, é verdade, pois fotografar de dentro do carro não é tão simples assim.
Uma fileira de sobrados de aluguel geminados (e com três andares e não dois) na alameda Jaú que começa na esquina com a alameda Campinas me chamou a atenção (foto acima). Há muita descaracterização, praticamente todos são lojas hoje, mas o terceiro andar ainda mantém as janelas típicas de São Paulo na primeira metade do século, com persianas de madeira abrindo para fora e dobrando no meio ou na quarta parte.
No mesmo quarteirão, mas do lado esquerdo, uma casa bem antiga e mal cuidada sobrevive ao tempo, meio escondida. E outras mais, que não fotografei. Também se vê o velho Jardins no Jardim América, na esquina da Brasil com a rua Guadalupe, uma casa, hoje um grande escritório mas muito bem conservada, com um muro baixo na frente, ainda original, tudo muito bonito.
E prédios, prédios, prédios tapando o sol. Onde sobra uma casa pode ser o local para um novo prédio. A qualidade de vida da cidade cai, mas ninguém parece se importar. Até que seja tarde demais. Já a casa da esquina da Brasil tem poucas possibilidades de ir para o vinagre, pois a lei que proíbe prédios ali vem da formação do bairro, em 1914.
Na Rua Pio XI, aqui na Bela Vista, ao lado da Padaria Nova Millenium (que fica em frente ao Hospital Paulistano), começaram a demolição de uma casa, que devia datar dos anos 1940 ou 1950. Provavelmente para subir um prédio. Não faz muito tempo, ainda havia gente morando lá.
ResponderExcluirE hoje saiu um artigo no Estadão sobre a Nova Luz, mostrando dois quarteirões totalmente demolidos na Cracolandia. Ora, com aquelas ruazinhas estreitas, construir prédios e prédios vai dar no que? É como diz o Simão... DEM quer dizer Deu Em Merda... Mas na verdade, qualquer prefeito age igual, ondepende do partido.
ResponderExcluirNo Estadão de 24.02.1935, página 3, um anúncio de loteamento no Jardim América (até hoje as imobiliárias gostam de ampliar os limites dos bairros chiques). A rua Conde Matarazzo é a atual Ouro Branco. Todo esse quadrilátero entre a 9 de Julho e a Brigadeiro foi lançado com o nome de Nova Tupy (até a José Maria Lisboa já foi rua Nova Tupy), mas depois também adotou o nome de Cerqueira César. Mas no mapa de 1930 da Sara não aparece nenhuma construção nesse lançamento do Estadão:
ResponderExcluirhttp://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19350224-20048-nac-0003-999-3-not