segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

OS ABSURDOS DE SE VIVER NO BRASIL

 


Já houve tempo em que eu me preocupava em escrever um artigo por dia neste blog, criado em 2009.

Nos últimos anos, cheguei a escrever um artigo por mês e olhe lá. 

Tenho tentado recuperar a vontade de escrever, mas não está fácil, por uma série de motivos que não vêm ao caso agora, mas, realmente não está fácil. Especialmente quando o assunto é sério demais. Isto mesmo. Afinal, quem vai mudar de ideia só por que um entre doze milhões de pessoas (exatamente, a população aproximada da cidade de São Paulo)  escreve aqui para dizer que o governo municipal resolveu aprovar outra lei para reajustar os salários em aproximadamente 45% de vereadores, secretários municipais, Prefeito e vice-prefeito de nosso município já estupidamente inchados de pessoas e de despesas, esta última valendo para a dos os contribuintes e para a dos agraciados com o reajuste de salários citado logo acima.

Pois foi isto que a Cãmara Municipal acabou de aprovar, com duas votações efetuadas em apenas dois dias.

Conversando com várias pessoas durante e depois desta votação espúria, todas se declararam estupefatas com tal decisão. Então, se os vereadores votaram em causa própria e ainda estenderam a benesse para o poder executivo sem ter nenhum escrúpulo, o que devemos fazer? Aceitar, pura e ximplesmente? Cercar o prédio da Câmara? Invadir a avenida Paulista com ou sem carros de som? Invadir a Câmara? 

Eu não sei. Se esta decisão de aumento abusiva já seria um acinte em épocas normais, imagine agora em época de pandemia, quando as pessoas estão com medo de sair de casa para não se contaminar com o já famosos e odiado virus COVID-19. Se não fossem tempos de COVID-19, certamente o assunto não seria menos nojento. Há pessoas passando fome nas ruas por falta de emprego e do auxílio emergencial.

Parece que o prefeito Covas não se importou com isto. Quando vetou a lei, anteontem, não fez qualquer comentário justificando o assalto. Nada. Vetar a lei seria o mínimo que ele deveria fazer. Aliás, os jornais e os portais de Internet, bem como a imprensa falada e as rádios, bem como os canais de televisão pouco fizeram para tentar convencer seus ouvintes, assistentes e leitores. Pouco achei sobre o assunto. Alguns minutos por dia, no máximo.

E mais: Se este fosse um assunto isolado, já seria, repito, nojento. Mas parece que somente alguns poucos mortais se importaram com isto.. 

Qual é o motivo para tanta necessidade de aumento? Afinal, o sujeito tenta se eleger, ou reeleger, sabendo que o salário é o que existe hoje. Então, não pode reclamar que ele seria um valor "baixo" para que o elemento sobreviva. Agora, não satisfeitos com o "baixo" salário, aumentaram-no. São ratos, mesmo. 

Enquanto isso, outros acontecimentos continuam a engrossar o célebre mar de lama.

O Congresso Federal tentou passar por cima da Constituição para reeleger seus comandantes (Rodrigo Maia, da Câmara, e Daniel Alcolumbre, do Senado). Na Constituição está claramente escrito que reeleições, só em determinados casos. Este caso não é um deles. Mesmo assim eles tentaram e STF confirmou que não pode. Agora os integrantes das duas casas estão tentando sair do imbroglio que eles mesmos criaram, pois não esperavam o veto do Supremo. 

Mas eu ainda pergunto: vai mudar alguma coisa? Não.

Afinal, o STF ainda está entupido de processos qinda não decididos, alguns de anos e anos atrás. Nem pensam em solucionar todos esses casos.

Alguns prefeitos e vereadores, na eleição de 12 de novembro, foram eleitos, mesmo com "fichas sujas". Muitos estão ao ponto de não conseguirem tomas posse em 1o de janeiro, tentando decisões judiciais que os impeçam de conseguir seus intentos. Alguém acha que eles serão impedidos de tomar posse? Mas, afinal, por que eleitores continuam votando em políticos impedidos de ser votados? Falta de vergonha na cara, suponho. Mas é por causa destes eleitores que todos nós perdemos a confiança neles e nos votados. 

A jogada agora é tentar afirmar que a perda do direito de ser eleito por ter praticado crimes deve ser de 8 anos e este prazo só deveria existir não após a condenação, mas sim após a condenação em todas as instâncias jurídicas. Conhecendo este país como conhecemos e quanto duram os julgamentos, é fácil compreender que a lei será inútil se tivermos de esperar que o suspeito seja inelegível aomente depois da condenação em última intância.

E os condenados e presos da Operação Lava-Jato? Quando serão julgados? Os processos estão todos parados (claro, deve haver exceções, mas com uma lentidão nos processos que faria inveja a Lucifer. 

E os presos que são liberados no Natal, no Dia dos Pais, no dia das Mães etc.etc.etc, alguns com indulto, ou seja, não precisam mais voltar, outros por apenas uma semana ou duas - como se explica isto? Boa parte dos que saem voltam a praticar crimeas nos dias seguintes. E nada acontece, Claro, há os que voltam nos dias marcados. São até uma maioria. Mas a minoria, alguns deles presos perigosos, não volta e fogem - além de praticar crimes. claro.

E aquele chefe de facção que demorou anos depois de fugir para ser recapturado: Quando o foi, foi libertado de novo por uma bobagem qualquer da lei. Logo que foi solto, fugiu. Quem sabe onde ele está?

Caros leitores, existem centenas, talvez milhares, de outros casos que ainda podem ser citados aqui. Mas minha memória não dá para tanto. Ficam estes mesmos para pensarmos em casa.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

SUGESTÕES ABSURDAS PARA UM PAÍS QUE NUNCA FOI SÉRIO

O Brasil já foi um reino. Já foi um império. Já foi uma república. Já foi parlamentarista. Já foi uma ditadura. Já foi uma ditadura militar. Já foi uma república socialista (neste caso, tentou ser mas não deu certo). Já teve golpes de estado. Já teve presidente militar e civil. Já teve presidentes depostos.

Há hoje uma opção: ser governado pela imprensa, ninguém tentou ainda esta opção ridícula, não é verdade? Elejamos então um dos canais de televisão como presidente. Este presidente variaria durante o dia, pois os âncoras de TV mudam, dependendo da ordem do dia. Sugiro a rede Globo. Mas como, dirão vocês, uma tv como governo? E logo a rede Globo, com os seus jornalistas mal-humorados e sonegadores de informação, fornecendo informações inúteis para o povo iletrado deste país? Direi eu: sim, a Globo. Afinal, ela se julga a dona da verdade.

Afinal, outros (presidentes) também se acharam, mas se ferraram, levando sempre o povo para o buraco junto com eles. ´

Não há outras opções? Sim, um jornal. Mas este sempre dará as notícias com atraso, sempre na manhã do dia seguinte, quando tudo já aconteceu e não é mais novidade. E – não é muito diferente de um canal de televisão.

Pronto: o Brasil estará salvo. Resta saber quanto tempo a dona da verdade vai aguentar. Mas, assim, pelo menos já eliminaremos mais um tipo de governo de nossas listas de possibilidade e talvez as emissoras venham a se tornar-se mais humildes e passem a não inventar mais notícias.

E viva o Brasil!