As notícias ferroviárias são meio tristes, em geral. Há dois dias, Adriano Martins esteve na antiga estação de Alba, um local perdido entre Piratininga e Cabrália Paulista, região de Bauru, e fotografou a estação. A última fotografia que eu tinha de lá era de nove anos atrás. Aliás, eu estive lá naquele ano, mas não fotografei o prédio, que nada tinha mudado do ano anterior, quando eu também havia visitado o local.
Local que, aliás, é muito bonito: em termos de paisagem, talvez mais do que antes. Quando o trem da Paulista e depois o da Fepasa passava por ali — fê-lo até 1976 —, a paisagem era meio árida, de acordo com uma foto existente desse ano. Depois, retiraram os trilhos (a linha foi retificada, e o trajeto anterior, que costeava a Serra das Esmeraldas pelo sul tornou-se obsoleto, cheio de curvas construídas nos anos 1920), a eletrificação (a linha era eletrificada até Cabrália Paulista, segunda estação após Alba) foi retirada também, a estação ficou cercada por mato alto até que finalmente a Fepasa vendeu o imóvel.
Quem comprou ficou morando na casinha, mas já trocou janelas podres e quebrou a plataforma, maior símbolo de passagem de trilhos pelo local. Em 2000, essa foi a paisagem que vi. Por outro lado, árvores e arbustos cresceram em volta da pequena vila ferroviária e o local ficou como meio dentro de um bosque. Paisagem, bonita. Lembrança ferroviária, só mesmo o jeitão de estação e o armazém ao lado.
Há poucos anos eu soube de uma notícia: foi publicado em um jornal da região que a estação estava à venda. Bem, parece que alguém comprou. E essa pessoa, dentro do direito dela, reformou a estação, deixando-a nada, nada parecida com uma velha estação. Virou uma espécie de casa de campo (foto acima, de Adriano Martins).
Sem eletrificação, sem postes, sem plataforma, sem as janelas, sem trilhos e sem a aparência, acabou o ar de trem. Quem não sabe a história do local jamais vai saber que um dia um trem passou por ali. E olhe que o morador fez um belo gramado em volta, com plantas bonitas etc. É um local bonito. Mas trem... isso acabou de vez, mesmo.
É mais um pedaço da memória ferroviária de São Paulo, da Companhia Paulista, que se foi. A estaçãozinha foi aberta em 1924 com o nome de América. Como de Piratininga para a frente era sertão, nem nomes havia para se colocar nas estações, e a Companhia Paulista resolveu com esta estação iniciar uma sequência alfabética no então chamado ramal de Agudos. Dali para a frente, Brasília, Cabrália, Duartina, Esmeralda, Fernão Dias, Gália, Garça, Jafa, Kentucky (logo em seguida Vera Cruz), Lácio, Marília... e o nome América também foi mudado para Alba, realmente sem razão identificada.
Foi América. Virou Alba. Hoje não é nada.
Local que, aliás, é muito bonito: em termos de paisagem, talvez mais do que antes. Quando o trem da Paulista e depois o da Fepasa passava por ali — fê-lo até 1976 —, a paisagem era meio árida, de acordo com uma foto existente desse ano. Depois, retiraram os trilhos (a linha foi retificada, e o trajeto anterior, que costeava a Serra das Esmeraldas pelo sul tornou-se obsoleto, cheio de curvas construídas nos anos 1920), a eletrificação (a linha era eletrificada até Cabrália Paulista, segunda estação após Alba) foi retirada também, a estação ficou cercada por mato alto até que finalmente a Fepasa vendeu o imóvel.
Quem comprou ficou morando na casinha, mas já trocou janelas podres e quebrou a plataforma, maior símbolo de passagem de trilhos pelo local. Em 2000, essa foi a paisagem que vi. Por outro lado, árvores e arbustos cresceram em volta da pequena vila ferroviária e o local ficou como meio dentro de um bosque. Paisagem, bonita. Lembrança ferroviária, só mesmo o jeitão de estação e o armazém ao lado.
Há poucos anos eu soube de uma notícia: foi publicado em um jornal da região que a estação estava à venda. Bem, parece que alguém comprou. E essa pessoa, dentro do direito dela, reformou a estação, deixando-a nada, nada parecida com uma velha estação. Virou uma espécie de casa de campo (foto acima, de Adriano Martins).
Sem eletrificação, sem postes, sem plataforma, sem as janelas, sem trilhos e sem a aparência, acabou o ar de trem. Quem não sabe a história do local jamais vai saber que um dia um trem passou por ali. E olhe que o morador fez um belo gramado em volta, com plantas bonitas etc. É um local bonito. Mas trem... isso acabou de vez, mesmo.
É mais um pedaço da memória ferroviária de São Paulo, da Companhia Paulista, que se foi. A estaçãozinha foi aberta em 1924 com o nome de América. Como de Piratininga para a frente era sertão, nem nomes havia para se colocar nas estações, e a Companhia Paulista resolveu com esta estação iniciar uma sequência alfabética no então chamado ramal de Agudos. Dali para a frente, Brasília, Cabrália, Duartina, Esmeralda, Fernão Dias, Gália, Garça, Jafa, Kentucky (logo em seguida Vera Cruz), Lácio, Marília... e o nome América também foi mudado para Alba, realmente sem razão identificada.
Foi América. Virou Alba. Hoje não é nada.
Se um dia os trens regionais voltarem a Bauru,bem que poderiam fazer uma linha dessa cidade até Assis paralela com a SP cruzando Piratininga,Paulistânia,Espírito Santo do Turvo,Santa Cruz do Rio Pardo e chegando em Assis
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