sábado, 15 de agosto de 2009

EXISTE VIDA INTELIGENTE (EM CURITIBA)

A nota abaixo foi transcrita literalmente e foi escrita pelos signatários ao final da nota. Mostra que a mudança de leitos de linha não precisa ser necessariamente seguida do arrancamento dos trilhos, de acordo com o que pelo menos eu tenho me posicionado neste blog. (Nota: a foto acima, de Luis Bassetti, mostra o trem da ALL na Colônia Argelina, bairro do Bacacheri, Curitiba, no ramal de Rio Branco do Sul)

Nota de Entidades sobre o novo Contorno Ferroviário de Curitiba
Instituto Reage Brasil, SINDIMAFER E SENGE se posicionam.

Em matéria publicada no dia 06 de agosto do corrente, no Jornal Gazeta do Povo, sob o título “Contorno Ferroviário Aprovado”, do Jornalista José Marcos Lopes, sobre o andamento do 5º projeto do Contorno Ferroviário - reivindicado pela Prefeitura de Curitiba desde 2002 - onde se destaca a proposta do projeto apresentada pelo Presidente do IPPUC, Cléver Teixeira, que prevê a desativação de ramais ferroviários existentes no perímetro central das cidades, inclusive Curitiba, substituindo-os por obras de paisagismo, ajardinamento e/ou viárias, e o novo traçado que desloca a malha viária para regiões como Cidade Industrial de Curitiba (CIC), para o perímetro Urbano de Almirante Tamandaré, paralelamente aos traçados dos Contornos Norte e Sul, chegando ao antigo ramal que liga Curitiba a Araucária, ou seja, áreas cuja densidade populacional obrigará nova readequação em curto período, o Instituto Reage Brasil, Sindimafer (Sindicato dos Maquinistas e Ferroviários do Paraná e Santa Catarina), e o Sindicato dos Engenheiros do Paraná (SENGE), representados pelas pessoas que subscrevem esta, vem a público posicionar-se:
A) Favoravelmente à desativação do Transporte ferroviário de Cargas do Ramal Curitiba/Rio Branco do Sul;
B) Contrários ao projeto apresentado pelo IPPUC que prevê a retiradas dos trilhos desse ramal ferroviário;
C) Pela manutenção de estações de trens de passageiros da Região Central da cidade;
D) A favor do aproveitamento dos trilhos atuais para implantação imediata de um sistema de transporte de passageiros de superfície do tipo VLT - Veículo Leve Sobre Trilhos, de menor custo e breve circulação, dotado de redutor de ruídos e sinalização automatizada de passagens em nível;
E) Contrários à solução apresentada pela Prefeitura de Curitiba no Plano Multimodal de Logística que retira um trecho de ferrovia em área urbana e constrói dois ramais em outras duas regiões em atual expansão da ocupação residencial o que acarretará, à curto prazo, nova transferência das linhas ou seja necessidade de novas obras num horizonte próximo;
F) Sobre a necessidade de considerar a compatibilidade do projeto com estudo para implantação do TGV (Trem de passageiros de Alta Velocidade Curitiba/São Paulo), já incluído no Plano de Viação do Ministério dos Transportes;
H) Sobre a necessidade do projeto contemplar nos estudos a nova logística com os projetos de expansão da Ferroeste na Região Metropolitana, já anunciado pelo Presidente Lula;
I) Contrários ao Plano da Prefeitura que retira, da região central, o embarque de passageiro do Trem de Passageiros para Paranaguá, dificultando o acesso oferecido atualmente aos turistas e usuários;
J) A favor de uma ampla discussão técnica do IPPUC, COMEC, CREA - PR, Instituto de Engenharia do Paraná, SENGE-PR, ABENC-PR, Ministério das Cidades, CBTU, DNIT, Instituto Reage Brasil, representantes dos Cursos de Engenharia e Arquitetura das Universidades locais, e outras entidades que manifestarem interesse em debater democraticamente o contexto de soluções propostas de Transportes de Passageiros, com o aproveitamento de linhas e faixas atuais da ferrovia;
K) Promoção de debates em Fórum Técnico sobre o custo das obras: se está ou não compatível com os preços praticados pelo mercado, já que o valor do novo ramal foi anunciado em R$ 400 milhões, ou seja, teve o seu valor multiplicado por quatro em relação a proposta anterior, posicionada em área rural entre as bacias do rio Passaúna e Verde, cujo valor orçado era de R$ 80 milhões.

L) Contra obras com prazos impostos em virtude da realização dos jogos da Copa do Mundo, como ajardinamentos com efeitos meramente estéticos ao longo dos ramais e outras que possam justificar investimentos financeiros do Poder Público, sem que haja uma solução para os graves problemas viários da Capital Paranaense, com planejamento adequado;

Os abaixo-assinados, representantes das entidades, requerem junto aos órgãos públicos municipais, estaduais e federais, Audiências Públicas sobre o Projeto do Contorno Ferroviário de Curitiba e Região Metropolitana , ao mesmo tempo que estarão convocando à sociedade civil organizada para a realização de debates sobre o assunto, levando em consideração, de forma ampla:
1) Que o Sistema Ferroviário Nacional precisa com urgência de investimentos em melhorias das linhas e modernização da frota de locomotivas, o que não vem ocorrendo no período pós-privatização mesmo com os aportes benevolentes do BNDES para os Concessionários privados;
2) Que a Matriz de Transportes do Brasil precisa priorizar os modais de menor custo operacional , mais eficiência e menos queima de combustíveis;
3) Que com a Mudança Climática Global devem ser priorizados transporte de massa com velocidade e conforto que atraiam o usuário individual de veículos;
4) Que as obras de infraestrutura devem contemplar um horizonte com vida útil superior a 30 anos;
5) Que não se pode buscar solução isoladas para a cidade de Curitiba sem análise do contexto da Região Metropolitana;
6) Que precisamos buscar solução racional equacionando técnica, custos e impacto ambiental;

Dra. Clair da Flora Martins - Instituto Reage Brasil - Contato: (41) 91031226
José Carlos Rodrigues – Sindimafer - Contato: (41) 96057413
Paulo Sidnei Carreiro Ferraz – SENGE - Contato: (41) 84061971
Assessoria de Imprensa Instituto Reage Brasil
Jornalista: Marcos H. Guimarães - Contato (41) 8443-7224
www.institutoreagebrasil.com.br

3 comentários:

  1. Olá Ralf...primeiramente parabens pela página...sou fã de seu site...tenho paixão pela ferrovia...desde pequeno, observava alguns trens de cargas que sáíam de Cordeiropolis ( SP) e íam para a Nestle em Araras..eu li que sua tia chegou a usar a usar a estação de baldeação próximo a São Simao....conheço o Porto e a estação ainda está alí, mas pelo leito que ia o rama até Descalvado há uma rua ( esta passa embaixo da rodovia Anhanguera). Aqui em Cordeiropolis a estação está um caos....é lugar de ninguém e pensar que por ali inúmeras pessoas vinham da capital para seguir até pirassununga ou Descalvado...hoje não existe mais nada..... As vigas de ferro da plataforma foram quase todas roubadas. Estão roubando até o telhado!!!!! Parece que teve uma guerra nquela local.....a prefeitura diz há décadas que irá recuperar esta estação, mas isso é muito ou lenda urbana!!!!! Esses dias eu fui para Sousa Queiroz, rama da Paulista.....Que dó, nada mais existe alí!!!!!!!! abraços
    Henrique Scatolin henriquescatolin@hotmail.com

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  2. Henrique, eu havia ouvudo uns rumores de quee stavam começando a recuperar a estação de Cordeirópolis, mas não tive tempo para ir lá e conferir... pelo que v. está dizendo, não fizeram foi nada... Ralph

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  3. Olá Ralph....primeiramente fico muito grato por ter lido minha mensagem. Olha, passei minha infãncia nesta estação vendo trens de passageiros no ramal São Paulo - Rio Claro; como também os pequenos trens que saiam de manhã para a Nestle no ramal de Araras. Olha, vendo hoje esta estação, dá vontade de chorar... Peço para vc nem vê-la. Sua foto no site principal diz tudo: é um descaso total...na casa dos ferroviarios não há mais ninguem da ferrovias. Estas foram tomadas por pessoas que nada tem a ver com ferrovia. No local onde tinham os trilhos do ramal de Descalvado, hoje este serve como uma rua( sem asfalto)para os carros terem acesso a estas casas.....Meu passeio , na infãncia, era ver os trens de passageiros com a imponente máquina russa indo e voltando pelo ramal principal; como também a diesel fazendo as manobras. Hoje só resta o trilho principal do ramal principal e um desvio que foi ampliado pela ALL para os seus trens no rama São paulo - Rio Claro. O resto é mato e agora o telhado sendo depenado pelso vandalos!!!!!!!! vc tem uma foto que mostra a fileira da morte ( das marias fumaças) na década de 70. Onde ficava este trilho hoje é um posto de gasolina, mas que me parece que muitas terras desta estação foram invadidadas e nem foram compradas!!!!!! percorro todo este trajeto do ramal de Descalvado...conheço todas as estações deste ramal, mas olha Eliuh Root ainda está... fui com o meu carro até lá, mas infelizmente de Souza Queiroz nao restou nada, só as tristes lembranças de alguns moradores que lutaram para nao acabarem com tudo. Esta semana fui para Pirassununga. Por onde passava os antigos trilhos hoje é uma avenida... já asfaltaram também por onde passava os trilhos principais....Só há vestigios em minha memória e das histórias que minha avó conta de meu avô que foi maquinista neste ramal por cerca de vinte anos. Este meu avó chegou a perder um dedo da mão em uma manobra em Leme!!!!! Devo muito a ele. Hoje so me resta algumas fotos desta antiga estação tão linda. Me lembro de seu quiosque na area central. Este existiu até 92, eu acho. O último trem que eu vi de madeira indo para Araras foi em 1989, sempre com seis, ou máximo, oitro vagoes. me lembro que um funcionário me disse , quando criança, que uma vez ele tinha que levar dois vagoes de óleo até Leme e ele ficou morrendo de medo, pois já em 89 tinha muito mato no leito deste trecho!!!!!!!!. A estação de Cordeiropolis permaneceu funcionando até 95 ou 96, eu acho. depois, a passagem era comprada dentro do próprio vagao.Os andarilhos já tinham invadido a estação nesta época. Me lembro em 96 da retirada dos desvios do ramal de Araras. Fui de bicicleta e quase chorei ao ver. Parecia que estavam tirando um pedaço de minha história!!!! e até hoje, antes de dormir, procuro em lembrar destas lembranças tao boas de minha infãncia. Parece que estou esperando o trem partir novamente...abraços ralph!!!!!

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