Hoje de manhã peguei o trem da CPTM na estação de Carapicuíba. Eu tinha uma reunião na antiga Estação de Julio Prestes, na Secretaria da Cultura do Estado. Nada mais claro que eu pegasse o trem e fosse direto para lá. Consegui a carona de minha filha até a ponte sobre o Tietê. Dali até a estação foram quinze minutos a pé pela ponte e pelo viaduto sobre a linha até chegar à estação.
Eram quase 9 horas. Eu já havia pegado algumas vezes o trem ali e também desembarcado. Mas hoje a sujeira e o mau cheiro estavam piores do que nunca. Tudo sujo – havia papel, comida, restos de comida, pedaços de frutas, tudo que se possa imaginar de lixo na escada que desce da ponte, na rua, na calçada, em frente aos pontos de ônibus e em frente da estação. Senhores, ali é a praça principal da cidade. Sempre foi, desde a fundação, quando ainda era território do município de Parnaíba (hoje Santana de Parnaíba). Afinal, a cidade foi fundada no início dos anos 1920 a partir da estação ali construída nessa época pela Sorocabana. Se a praça central da cidade é imunda, o que será dos outros locais do município de Carapicuíba?
Não sei quem é o prefeito da cidade, nem a que partido ele pertence. Na verdade, não interessa: o mínimo que se pode esperar de qualquer prefeito de qualquer partido político em qualquer município é que ele mantenha a porta da entrada da cidade limpa. Será que não há dinheiro? Ora, se não há dinheiro nem para limpar as ruas principais, é melhor fechar o boteco. Entregue o município para quem o queira, se é que alguém vai querer.
Ali perto, Osasco tem a estação no centro e também foi gerado de uma estação – a diferença é que isso aconteceu trinta anos antes. A praça (Largo de Osasco) é limpa. Barueri é hoje um dos municípios mais ricos do Brasil: a praça da estação (Largo São João) é limpíssima – aliás, não há camelôs no município inteiro (viram como isso é possível, senhores?) e o município inteiro é um brinco. Será que Carapicuíba vai ter de se tornar um dos municípios mais ricos do Brasil para começar a limpar sua praça?
Concordo que a sujeira não é somente um problema da Prefeitura. Há lixo porque a população joga restos nas calçadas, nas escadas e nas ruas. Como explicar, porém, o sucesso de Osasco e de Barueri? Será que o povo que ali mora é tão diferente do povo das cidades à sua volta? Ou o fato de não ver nenhuma providencia sobre a sujeira que tomou conta da cidade simplesmente desanimou a população dali, que hoje acha que isso é normal e ninguém vai mudar a situação? Na foto acima tomada por Ricardo Koracsony, um local limpo da cidade: o interior da estação ferroviária.
Senhor prefeito, compre vassouras, baldes, pá de lixo e contrate garis. Limpe a cidade. Graças a Deus não moro lá.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
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Ola meu amigo,
ResponderExcluirÉ lamentável a falta de consideração do poder público com os pequenos comerciantes de Osasco.
Concordo plenamente com a Lei de calçada limpa, desde que a prefeitura tivesse competência para regulamentar o que efetivamente é calçada.
na Av. João Ventura dos santos por exemplo, tem lugar que se quer existe calçada, ao mesmo tempo alguns comerciantes que fizeram suas calçadas espaçosas pensando no aproveitamento da mesma para executar seus serviços, vem sendo alvo de multas e represárias por parte de fiscais, que diga-se de passagens sem nenhum preparo e conhecimento da regiao.
Seria interessante que neste momento aparecesse os vereadores por lá que até pouco tempo estavam angariando os votos dos eleitores.
recomendo que leiam este poema que retrata a verdadiera politica em nosso Pais.
http://culturanobre.blogspot.com/2009/09/poema-teatro-eleitoral.html