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Por outro lado, as velhas estações e casas de turma ao longo da linha pouca — ou nenhuma — diferença fazem para a ALL. Por isso mesmo, ela não tem a menor obrigação de manter esses prédios. Desde que a RFFSA deixou de operar na linha, que foi entregue em concessão em 1996, os prédios não recebem nenhuma manutenção, o que fez com que vários deles estejam arruinados. Até a Casa do Ipiranga, residência dos grandes chefes da linha na época da Estrada de Ferro do Paraná e depois mantida pela Rede de Viação Paraná-Santa Catarina e depois pela RFFSA, praticamente virou pó. Uma construção magnífica que se perdeu. Hoje, para ser restaurada, demandaria muito dinheiro e mais ainda em gastos em segurança para evitar que seja novamente depredada por vândalos e pelas próprias intempéries da serra.
A Serra Verde é a empresa que tem a concessão dos trens de passageiros praticamente diários com motivo turístico da linha. Ao contrário da ALL, é justamente por causa das curvas e velocidade reduzida que esta ferrovia atrai turistas, principalmente europeus, que se deliciam com as paisagens ainda semivirgens (faz sentido esta palavra?) da serra. Realmente, são muito bonitas, mas o que eles devem pensar quando veem ruínas e mais ruínas no seu percurso, ou mesmo estações e casas de turma abandonadas e com vidros quebrados?
No planalto, eles devem reparar mais, pois a paisagem do trecho de 40 km é monótona. A estação de Piraquara, depois de anos abandonada, agora foi restaurada e transformada em restaurante. Isto é bom. Por outro lado, a estação de Roça Nova, que fica pouco antes do primeiro túnel, que por sua vez é a entrada “oficial” do trecho da serra (do outro lado dela, só mata!), parece que assinou um pacto de morte. Até 2007, ela estava depredada, mas ainda com suas formas externas; a partir daí, começou um processo de depredação externa, em que a estação começa a perder suas características: o telhado caiu. A situação estava como pode ser vista na foto acima em julho de 2008. Como estará hoje, nove meses depois?
Seria muito interessante que as prefeituras envolvidas e as próprias Serra Verde e ALL se envolvessem, juntamente com empresas da região, para tentar o restauro de todas essas estações da linha, para que a vista ficasse um pouco mais agradável aos olhos dos turistas que esperam ver coisas bonitas pelo caminho e não somente desolação. Algumas estações escaparam da depredação e dos maus tratos por que ainda têm algum uso, como a de Piraquara, já citada, a de Marumbi, na serra, e a de Morretes, ao pé da serra, esta usada mesmo como estação, pois ali desembarcam os passageiros quando o trem não vai até Paranaguá (que, segundo ouvi, raramente recebe os trens da Serra Verde hoje). É estranho também que até hoje, depois de mais de dez anos de abandono, ninguém tenha levantado este assunto seriamente.
Ralph, creio que hj a estação esteja totalmente restaurada pelo dono, constava que seria um restaurante, estive em fev. de 2010.
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