quinta-feira, 11 de março de 2010

OS PUXA-BODES

Origem: Wikipedia

Enfim, como assim, "puxa-bodes"? O que é afinal um puxa-bode? Você não sabe? Ora, puxa-bode é uma cinta que um certo médico brasileiro, mas estabelecido na Florida, Estados Unidos, vem apresentando em comerciais em certos canais a cabo na TV. O nome dele é Dr. Rei, acho, mas creio que por algum motivo desconhecido é também conhecido como Dr. 90209 ou número parecido.

O fato é que ele apresenta a cinta para mulheres, vestimenta que é usada há centenas de anos - basta ver os desenhos de mulheres com aqueles vestidos de cintura finíssima dos anos 1700 e que para conseguir isso tinham de usar uma cinta como a que o médico vende como novidade.

Tudo bem, nada contra, ele vende o que quiser. Porém, seu nome em inglês é curioso: "push-a-body", que significa "empurrar o corpo" e, segundo ele, tem esse nome pois a pressão da cinta sobre o corpo com as gordurinhas localizada empurra-as para cima, aumentando os seios e para baixo, aumentando o traseiro. Curioso. Imagino a pressão da mulher andando com aquilo o dia inteiro, fora o calor.

Mais curioso ainda é o fato de que, no comercial, aparecem duas ou três mulheres, sendo que a mais bonita delas já tem o corpo bem feito sem a cinta e, quando está (supostamente) com ela e de maiô (ou será que o próprio maiô é o "push-a-body", ou "puxa-bode", como quiserem?) ela caminha sensualmente desfilando como uma modelo no sentido da tela e seus cabelos estão esvoaçantes. Isto significa que no kit do puxa-bode virá também um ventilador para manter seus cabelos ao vento?

Está bem. Só que isso me lembra aqueles "reclames" que eram publicados em revistas do começo do século 20 e em jornais, anunciando produtos que eram milagrosos e que salvaram a vida de inúmeras pessoas, algumas delas tendo cartas com o texto repoduzidos no próprio anúncio, relatando como a sua doença havia sido curada rapidamente com o uso daquele medicamento milagroso. O mais curioso era que em 99% dos casos, as pessoas que relatavam esses casos eram de cidades do interior do Nordeste do Brasil,~não havendo praticamente nenhuma que estivesse na principal zona de circulação das revistas, que eram os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na época, conseguir falar com uma pessoa dessa região do nordeste por telefone era virtualmente impossível e, por carta, poderia ter uma resposta que deveria durar meses.

Enfim, seria praticamente impossível para quem quisesse comprovar a autenticidade dos depoimentos encontrar os felizardos. Dva para desconfiar, certo? Isto sem falar nas máquinas milagrosas que ajudavam a prever o futuro e deixavam as pessoas limitadas mais inteligentes. Hoje isso não dá mais para fazer, ou seja, o contato é facílimo. Os produtos oferecidos hoje em dia nesses comerciais de televisão são produtos que podem ser encontrados em lojas, geralmente, e nada têm de milagrosos.

Enfim, se a sua esposa quiser um puxa-bode, ela pode encomendar hoje mesmo!!

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