Realmente, estamos em um País em que o Governo faz o que quer. Basta ler jornais. Há uma infinidade de coisas ilegais sendo feitas e o mais curioso – fora os jornais, ninguém reclama.
Em outros países, vejo pessoas indo às ruas e mesmo enfiando o dedo na cara dos governantes – quando não jogando objetos contra eles. Aqui, o máximo que se faz é ir à justiça, que dá pareceres contrários mesmo quando o fato é ilegal. Vejam, por exemplo, o caso da censura ao Jornal O Estado de S. Paulo no episódio de um dos filhos do ex-presidente (péssimo presidente, por sinal) maranhense, cujo nome prefiro não declinar aqui, para não dar a ele mais publicidade do que ele merece (se é que merece alguma). Aliás, no caso dele, fiquei feliz em saber que um viaduto urbano em Ribeirão Preto que tinha o seu nome (quem foi o incauto que o deu?) foi substituído por outro nome.
Um caso que dá muito pano para manga aqui em São Paulo refere-se aos pedágios. Neste Estado são altos. Altos demais. Não sou contra pedágios, mas esses preços sao fora da realidade. As estradas são boas? São, mas poderiam sê-las com preço menor e a concessionária ainda estaria muito bem remunerada.
E os pedágios ilegais? Há uma lei que diz que não pode haver pedágios sendo cobrados a menos de 30 quilômetros do marco zero da Praça da Sé. Mesmo assim, na rodovia Castelo Branco e agora no rodoanel eles existem há anos. Varias liminares já foram concedidas a usuários, mas são sempre derrubadas com a alegação de que o prejuízo ao Governo seria muito grande. Ué, o Governo não é, teoricamente, o povo? O povo pode pagar algo ilegal e o Governo não pode ter prejuízo? Não faz sentido. E se o problema é esse, que se revogue a lei. Ninguém revoga a lei, mas também não a segue.
Agora estamos às portas de outro absurdo — não que seja ilegal, mas é um típico abuso de poder. Na Castelo Branco, hoje, as saídas para o Rodoanel são colocadas antes do pedágio — para quem vem do interior e para quem vem de São Paulo. Foram construídos novos acessos recentemente e que devem entrar em operação durante este mês de janeiro (já estão prontos). Com isso, já se anunciou que vão ser fechados os anteriores. Porém, os novos obrigam quem for usar estas saídas a passar pelo pedágio antes — vindo do interior ou saindo da Capital.
Não entendo por que temos de pagar o pedágio antes para usar a saída, se já existe outra há anos. Isso é obrigar o motorista a pagar — na marra. Em nenhum país do mundo isto seria aceito. Aqui, todo mundo só reclama e fica tudo por isso mesmo. Aliás, como eu. Em vez de ir lá e pôr fogo na nova saída, não, fico aqui, choramingando. Se fosse somente eu — mas são todos. Em compensação, hoje vi uma fotografia no jornal que mostra uma moradora do Jardim Romano enfiando o dedo na cara (ok, estou exagerando um pouco, mas foi quase) do Prefeiro Kassab — aquele, que cada dia que passa pisa mais no tomate, transformando um bom governo inicial numa má gestão. Ela dizia: "venha pôr o pé na lama." Ela teve coragem, mas também ficou só nisso. O Kassab já aprendeu a ser político. Vai sair de lá e esquecer o assunto.
Até quando vamos aguentar todos os absurdos feitos pelo Governo sem reclamar?
A partir de amanhã, estarei uns dias em férias num local de má conexão por computador. Portanto, não estranhem se meus leitores também ficarem obrigados a ganhar merecidas férias de mim...
Em outros países, vejo pessoas indo às ruas e mesmo enfiando o dedo na cara dos governantes – quando não jogando objetos contra eles. Aqui, o máximo que se faz é ir à justiça, que dá pareceres contrários mesmo quando o fato é ilegal. Vejam, por exemplo, o caso da censura ao Jornal O Estado de S. Paulo no episódio de um dos filhos do ex-presidente (péssimo presidente, por sinal) maranhense, cujo nome prefiro não declinar aqui, para não dar a ele mais publicidade do que ele merece (se é que merece alguma). Aliás, no caso dele, fiquei feliz em saber que um viaduto urbano em Ribeirão Preto que tinha o seu nome (quem foi o incauto que o deu?) foi substituído por outro nome.
Um caso que dá muito pano para manga aqui em São Paulo refere-se aos pedágios. Neste Estado são altos. Altos demais. Não sou contra pedágios, mas esses preços sao fora da realidade. As estradas são boas? São, mas poderiam sê-las com preço menor e a concessionária ainda estaria muito bem remunerada.
E os pedágios ilegais? Há uma lei que diz que não pode haver pedágios sendo cobrados a menos de 30 quilômetros do marco zero da Praça da Sé. Mesmo assim, na rodovia Castelo Branco e agora no rodoanel eles existem há anos. Varias liminares já foram concedidas a usuários, mas são sempre derrubadas com a alegação de que o prejuízo ao Governo seria muito grande. Ué, o Governo não é, teoricamente, o povo? O povo pode pagar algo ilegal e o Governo não pode ter prejuízo? Não faz sentido. E se o problema é esse, que se revogue a lei. Ninguém revoga a lei, mas também não a segue.
Agora estamos às portas de outro absurdo — não que seja ilegal, mas é um típico abuso de poder. Na Castelo Branco, hoje, as saídas para o Rodoanel são colocadas antes do pedágio — para quem vem do interior e para quem vem de São Paulo. Foram construídos novos acessos recentemente e que devem entrar em operação durante este mês de janeiro (já estão prontos). Com isso, já se anunciou que vão ser fechados os anteriores. Porém, os novos obrigam quem for usar estas saídas a passar pelo pedágio antes — vindo do interior ou saindo da Capital.
Não entendo por que temos de pagar o pedágio antes para usar a saída, se já existe outra há anos. Isso é obrigar o motorista a pagar — na marra. Em nenhum país do mundo isto seria aceito. Aqui, todo mundo só reclama e fica tudo por isso mesmo. Aliás, como eu. Em vez de ir lá e pôr fogo na nova saída, não, fico aqui, choramingando. Se fosse somente eu — mas são todos. Em compensação, hoje vi uma fotografia no jornal que mostra uma moradora do Jardim Romano enfiando o dedo na cara (ok, estou exagerando um pouco, mas foi quase) do Prefeiro Kassab — aquele, que cada dia que passa pisa mais no tomate, transformando um bom governo inicial numa má gestão. Ela dizia: "venha pôr o pé na lama." Ela teve coragem, mas também ficou só nisso. O Kassab já aprendeu a ser político. Vai sair de lá e esquecer o assunto.
Até quando vamos aguentar todos os absurdos feitos pelo Governo sem reclamar?
A partir de amanhã, estarei uns dias em férias num local de má conexão por computador. Portanto, não estranhem se meus leitores também ficarem obrigados a ganhar merecidas férias de mim...
Oi. Sou cineasta, batalhando pelo meu primeiro longa. Recentemente, ganhei um edital de incentivo ao roteiro. Estou cá escrevendo. É um longa de ficção, mas no projeto mostrei que iria misturar documentário também.
ResponderExcluirEstou a cata de histórias das pessoas com os trens, fatos inusitados, momentos marcantes, emotivos. Se puder me ajudar: Mauro Reis
rocinanteproducoes@yahoo.com.br
abraços
Olá Sr.ralph, boa noite.
ResponderExcluirA nova do atual goveno é aprovar uma lei monstro sobre diversos assuntos, como por exemplo: Se o MST invadir uma fazenda, é condição para que o proprietário entre na Justiça, uma reunião prévia com os invasores.
Ralph,
ResponderExcluirRecentemente em uma postagem sobre a supervia, você criticou a forma como a população se comportou queimando trens e destruindo estações, ora o que era aquilo senão o povo reclamando da forma que o povo está preparado para fazer.
Quanto aos pedágios e outras atitudes ilegais do governo, a resistência legal e legítima é simplesmente atropelada pela truculência do estado seja através de julgamentos incoerentes que prejudicam sempre o cidadão a favor de qualquer instituição, ou a tiros de fuzil e chacinas. O que resta então é a guerra pelo controle do estado ou o abandono do estado, sendo que este último leva a uma nova guerra já que o estado mais cedo ou mais tarde vê surgir outro estado rival e tenta retomar o controle da área perdida. Guerra é guerra, uso de violência para coercer ou exterminar a outra parte, seja com paus e pedras ou com armas nucleares, nas favelas do Rio de janeiro, no interior de São Paulo ou no Bósnia.
O nosso povo reclama, mas quando o faz é devidamente reprimido, e como você pode perceber de uma forma muito eficiente, já que parece que a vítima, o povo, é o bandido, o vândalo.
Com essa capacidade de dar essa percepção ao restante da população não envolvida no conflito, justamente através dos jornais e outros veículos de comunicação que aparecem como reclamantes, mas que na verdade estão levantando cortinas de fumaça, se desuni o povo e assim desaparece a fiscalização da legalidade e da legitimidade do governo.
E afinal o que pode surgir de um governo que não precisa ser reconhecido pelo seu povo?