Fica bonito chamar os vereadores paulistanos de edis em vez de vereadores. É só um sinônimo, mas como é pouco usado, deve dar charme a essa turma que não faz nada, só aparece de vez em quando no plenário para bater papo e não vota coisa alguma.
Enfim, como a maioria dos projetos de leis apresentados pelos nossos vereadores é para dar ou mudar nomes nas ruas da cidade (é a maioria, sim, embora não me lembre da porcentagem), vamos sugerir algo para mudar isto.
Conforme o meu artigo Estradas Velhas, publicado neste blog há alguns dias, vou sugerir que os vereadores façam um projeto de lei para impedir a mudança de nomes dos logradouros públicos da cidade. Não, isso não vai lhes tirar o emprego. Ao contrário, vai lhes dar mais tempo para fazer coisas mais úteis e também, como a maioria, mais tempo para não fazer coisa alguma.
O projeto de lei que sugiro diz o seguinte:
Não será mais permitido a ninguém alterar nomes de logradouros paulistanos, visto que isto atrapalha as localizações de locais tradicionais, ajuda ainda mais a atrapalhar o trânsito e arruína a memória da cidade.
Exceções – poderão ser alterados nomes dos logradouros, desde que sejam para: 1) diminuir o seu tamanho (exemplo: Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira para Presidente Juscelino); 2) Para retornar o nome do logradouro ao seu nome anterior, ou original (mesmo que este nome não tenha sido oficial); 3) Para dar à rua o nome pela qual ela é tradicionalmente chamada (como, por exemplo, avenida Condessa Elisabeth Robiano, para Marginal do Tietê); 4) Ruas novas, que geralmente se chamam por números ou por letras, sendo que neste caso, o nome deverá ser dado o mais curto possível e de forma alguma homenageando pessoas que não tenham celebridade notória ou tenham efetivamente feito algo de importante pela cidade; e finalmente 5) Revogam-se as disposições em contrário (este artigo jamais pode faltar; dá charme).
Chega de homenagear ilustres desconhecidos (e, pior, com o nome enorme!!!) para deixar viúvas felizes prejudicando a memória paulistana. Chega de dar nomes da mãe e do pai do Maluf a avenidas (sim, eles têm os nomes em duas delas). Já pensaram, por exemplo, o meu nome a uma rua da cidade? Ralph Mennucci Giesbrecht? Quem iria se lembrar ou decorar um nome desse tamanho e impronunciável (é raríssimo alguém saber pronunciar ou escrever corretamente qualquer um dos meus três nomes). É isso que temos de combater.
Ah, a cidade tem mais o que fazer? Tem mesmo! E essa lei, com custo praticamente nulo, daria tempo aos nossos edis para fazer coisas mais úteis pela cidade, repito. Agora, se querem dar dinheiro para fabricantes de placas, que perderiam muito da boquinha, mandem também colocar uma placa diferente nas ruas que tiveram o nome mudado, mostrando o nome original na segunda placa (Rua Oscar Freire = Alameda Iguaçu, por exemplo. Os nomes são reais). Sorocaba já faz isso há anos.
Enfim, como a maioria dos projetos de leis apresentados pelos nossos vereadores é para dar ou mudar nomes nas ruas da cidade (é a maioria, sim, embora não me lembre da porcentagem), vamos sugerir algo para mudar isto.
Conforme o meu artigo Estradas Velhas, publicado neste blog há alguns dias, vou sugerir que os vereadores façam um projeto de lei para impedir a mudança de nomes dos logradouros públicos da cidade. Não, isso não vai lhes tirar o emprego. Ao contrário, vai lhes dar mais tempo para fazer coisas mais úteis e também, como a maioria, mais tempo para não fazer coisa alguma.
O projeto de lei que sugiro diz o seguinte:
Não será mais permitido a ninguém alterar nomes de logradouros paulistanos, visto que isto atrapalha as localizações de locais tradicionais, ajuda ainda mais a atrapalhar o trânsito e arruína a memória da cidade.
Exceções – poderão ser alterados nomes dos logradouros, desde que sejam para: 1) diminuir o seu tamanho (exemplo: Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira para Presidente Juscelino); 2) Para retornar o nome do logradouro ao seu nome anterior, ou original (mesmo que este nome não tenha sido oficial); 3) Para dar à rua o nome pela qual ela é tradicionalmente chamada (como, por exemplo, avenida Condessa Elisabeth Robiano, para Marginal do Tietê); 4) Ruas novas, que geralmente se chamam por números ou por letras, sendo que neste caso, o nome deverá ser dado o mais curto possível e de forma alguma homenageando pessoas que não tenham celebridade notória ou tenham efetivamente feito algo de importante pela cidade; e finalmente 5) Revogam-se as disposições em contrário (este artigo jamais pode faltar; dá charme).
Chega de homenagear ilustres desconhecidos (e, pior, com o nome enorme!!!) para deixar viúvas felizes prejudicando a memória paulistana. Chega de dar nomes da mãe e do pai do Maluf a avenidas (sim, eles têm os nomes em duas delas). Já pensaram, por exemplo, o meu nome a uma rua da cidade? Ralph Mennucci Giesbrecht? Quem iria se lembrar ou decorar um nome desse tamanho e impronunciável (é raríssimo alguém saber pronunciar ou escrever corretamente qualquer um dos meus três nomes). É isso que temos de combater.
Ah, a cidade tem mais o que fazer? Tem mesmo! E essa lei, com custo praticamente nulo, daria tempo aos nossos edis para fazer coisas mais úteis pela cidade, repito. Agora, se querem dar dinheiro para fabricantes de placas, que perderiam muito da boquinha, mandem também colocar uma placa diferente nas ruas que tiveram o nome mudado, mostrando o nome original na segunda placa (Rua Oscar Freire = Alameda Iguaçu, por exemplo. Os nomes são reais). Sorocaba já faz isso há anos.
Em 1997, a municipalidade alterou o nome de uma rua daqui, que há mais de 40 anos se chamava "Suzana" .Alterou para um nome que não me lembro agora, mas a questão é que por seis meses, os moradores dessa rua colocaram cartazes defronte suas casas: "Essa é a Rua Suzana". Seguiu-se um abaixo-assinado. Bem , depois dessa mobilização, veio o decreto, assinado pelo falecido Pitta, restabelecendo o nome Suzana, quem sabe, para todo o sempre.
ResponderExcluirOnde fica essa rua Suzana?
ResponderExcluirOlá Ralph,
ResponderExcluirEstava procurando informações sobre a Antiga estação de trêm da Vila Mariana e econtrei seu blog. Acabei lendo outros artigo muito interessantes sobre São Paulo e finalmente descobri q vc é o mesmo autor do site Estações Ferroviárias. Parabéns pelos dois trabalhos! São ótimos!
Esse mapa vc deve ter pego no site da prefeitura né? Já fiquei horas olhando esses mapas para ver as ruas, e os córregos desaparecidos da cidade. Tenho 25 anos e conheço a São Paulo mais próxima da configuração atual. Vc tem mais mapas sem ser esses do site da prefeitura?
E outra pergunta: a rua Sud Mennucci, na Vila Mariana, tem algo a ver com vc?
abs,
Johnata
Bom, comigo, não. Tem a ver com meu avô, que morava na rua seguinte, a rua Capitão Cavalcanti, 116. Ele morreu antes de eu nascer.
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