Eu não sei se o Largo da Batata realmente existiu. Ou melhor, se o nome é oficial. Mas é curioso e tradicional. E dentro de alguns anos ele não será mais um nome lembrado na Capital de São Paulo. Ele está sendo destruído pelo metrô e pela especulação imobiliária que está vindo com ele.
Pior ainda, existem ali em volta pequenos estabelecimentos com profissionais que são tradicionais na área. Se são realmente tão competentes não posso dizer, pois jamais usei seus serviços. Mas sapateiros, marceneiros, alfaiates e outros não são profissões que se aprendiam na escola. São pessoas já de uma certa idade, no caso, pois estão lá há muito anos e têm uma experiência certamente relevante. São com certeza profissionais honestos e corretos, senão não durariam muito por lá e teriam má fama, coisa que não ocorre.
Onde é, afinal, o largo da Batata? Mesmo eu, que conheço São Paulo em detalhes desde os anos 1960, quando ainda criança me deitava em cima de mapas da cidade do Guia Levi abertos no chão da sala de visitas da casa de meus pais, somente vim a ouvir pela primeira vez esse nome quando estava na Universidade de São Paulo como estudante, na primeira metade dos anos 1970. Meus colegas me convidavam para ir num dos bares que havia por lá, e eu, mesmo sendo conhecido como uma pessoa que jamais bebeu álcool, ia para lá tomar uma Coca-Cola.
O largo fica mais ou menos na esquina da antiga rua Martim Garcia – hoje parte da avenida Brigadeiro Faria Lima – com a Cardeal Arcoverde e a rua Miguel Isasa, outra que foi engolida pelo prolongamento da mesma avenida. Portanto, somente sobrou do largo o que ficava no lado impar da rua Miguel Isasa – é difícil até de descrever o local, que hoje nem largo é. Estranho, não?
O fato é que esse pessoal vai ter de se mudar, as casas irão para o chão e virão para o mesmo local prédios ou galpões de lojas com duzentas outras empresas, ou mais. Para onde irá esse pessoal? Eles terão condições de oferecer sua experiência para outras pessoas que não os conhecerão em outros lugares?
Isso sem contar que eles deveriam ser tombados pelo Patrimônio. Mas não se podem tombar pessoas, claro. Que pena.
Enfim, boa parte do largo já se havia ido anos atrás com as obras de prolongamento da avenida Brigadeiro Faria Lima e agora vai-se de vez levando suas vidas e memórias. O metrô poderia pelo menos chamar a estação que ficará ali de Largo da Batata. Como fez há mais de trinta anos com a Praça da Árvore, que nem árvore mais tem e também foi parcialmente arrasada pelas obras da linha Norte-Sul.
Pior ainda, existem ali em volta pequenos estabelecimentos com profissionais que são tradicionais na área. Se são realmente tão competentes não posso dizer, pois jamais usei seus serviços. Mas sapateiros, marceneiros, alfaiates e outros não são profissões que se aprendiam na escola. São pessoas já de uma certa idade, no caso, pois estão lá há muito anos e têm uma experiência certamente relevante. São com certeza profissionais honestos e corretos, senão não durariam muito por lá e teriam má fama, coisa que não ocorre.
Onde é, afinal, o largo da Batata? Mesmo eu, que conheço São Paulo em detalhes desde os anos 1960, quando ainda criança me deitava em cima de mapas da cidade do Guia Levi abertos no chão da sala de visitas da casa de meus pais, somente vim a ouvir pela primeira vez esse nome quando estava na Universidade de São Paulo como estudante, na primeira metade dos anos 1970. Meus colegas me convidavam para ir num dos bares que havia por lá, e eu, mesmo sendo conhecido como uma pessoa que jamais bebeu álcool, ia para lá tomar uma Coca-Cola.
O largo fica mais ou menos na esquina da antiga rua Martim Garcia – hoje parte da avenida Brigadeiro Faria Lima – com a Cardeal Arcoverde e a rua Miguel Isasa, outra que foi engolida pelo prolongamento da mesma avenida. Portanto, somente sobrou do largo o que ficava no lado impar da rua Miguel Isasa – é difícil até de descrever o local, que hoje nem largo é. Estranho, não?
O fato é que esse pessoal vai ter de se mudar, as casas irão para o chão e virão para o mesmo local prédios ou galpões de lojas com duzentas outras empresas, ou mais. Para onde irá esse pessoal? Eles terão condições de oferecer sua experiência para outras pessoas que não os conhecerão em outros lugares?
Isso sem contar que eles deveriam ser tombados pelo Patrimônio. Mas não se podem tombar pessoas, claro. Que pena.
Enfim, boa parte do largo já se havia ido anos atrás com as obras de prolongamento da avenida Brigadeiro Faria Lima e agora vai-se de vez levando suas vidas e memórias. O metrô poderia pelo menos chamar a estação que ficará ali de Largo da Batata. Como fez há mais de trinta anos com a Praça da Árvore, que nem árvore mais tem e também foi parcialmente arrasada pelas obras da linha Norte-Sul.
Olá Ralph, boa noite
ResponderExcluirEsse mapa que vc postou nesse comentároi é extraído de algum site ou por acaso é seu mesmo?
Estou procurando um mapa da cidade do Rio de janeiro de +/- 1980 e não encontro na internet de jeito nenhum. Vc poderia me ajudar?
Abraços
tenta no google maps ou no google images.
ExcluirO Guia de 1966 é meu. Quanto ao mapa do Rio de 1980, não tenho, não. Abraços
ResponderExcluirObrigado Ralph. Estou na luta pra achar e está sendo um tanto difícil.
ResponderExcluirAbraços
Obrigado Ralph. Está sendo um tanto difícil achar, mas continuarei minha busca.
ResponderExcluirAbraços
Vai ter de fuçar em guias antigos nos sebos cariocas.
ResponderExcluirFelizmente, não foi isso que aconteceu. Houve uma bela manifestação de centenas de milhares de pessoas lá hoje!
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