Depois da viagem de trem de Curitiba para Ponta Grossa, no sábado, hoje, domingo, retornei para São Paulo. Foi uma correria – na ida, peguei o ônibus da Azul no Shopping Tamboré, para onde minha filha me levou de carro às seis e meia da manhã (são apenas seis quilômetros de casa, nessa hora, sem trânsito ainda), fui para Viracopos (Castelo, Rodoanel, Bandeirantes e Viracopos, 1h10m) e lá aguardei mais de uma hora para tomar o voo da Azul para Curitiba.
Em Curitiba, tomei o ônibus para o centro e fiquei no hotel que fica na última parada do ônibus do Aeroporto antes de pegar a avenida Comendador Franco para o aeroporto de novo). Enfim, cheguei ao hotel, onde descansei um pouco. Uma hora depois, saí a pé por Curitiba, cidade que dá prazer em fazer isto.
No dia seguinte, fui a pé para a estação rodoferroviária, pois eram apenas quatro quarteirões do hotel em que fiquei (atrás do Shopping Estação). Fiz a viagem e cheguei de volta ao hotel já de noite, às 9 horas, depois de jantar alguma coisa rápida no Shopping.
Hoje cedo, a mesma viagem, de forma inversa. Cheguei em casa por volta das 3 horas da tarde. Vim pensando nas coisas que me disseram diversos curitibanos com os quais conversei. Eles se queixavam do trânsito. Meu Deus, morei seis meses em Curitiba em 2002 e voltei para a cidade pelo menos 4 vezes por ano até o ano passado e só vi trânsito quando havia obras ou algum acidente.
Cansei de ouvir também motoristas de táxi durante todos esses anos reclamando do trânsito. Sugeri a vários deles que fossem dirigir em São Paulo por uma semana para mudarem de ideia. São Paulo tem quase 11 milhões de habitantes (o município e Curitiba não chega a dois. A cidade, portanto, é bem menor, e acredito que a percentagem de pessoas que moram em casas ainda seja bem superior à percentagem paulistana. O sistema de transporte deles por ônibus funciona infinitamente melhor que o de São Paulo, além do fato que Curitiba tem ruas largas e na maioria dos bairros em forma quadriculada... em São Paulo, são uma mistura de formatos de quarteirões, curvas demais e trânsito demais.
Seria muito bom que os administradores da cidade de São Paulo e de Curitiba conversassem entre si, numa conversa séria e não política. Se os curitibanos já reclamam hoje de seu trânsito, imagine o que vão reclamar quando chegarem (espero que isso jamais ocorra) ao mesmo número de habitantes que São Paulo tem hoje. Nossos administradores poderiam ver, então, o que teriam evitado se tivessem tentado controlar a cidade há cinquenta anos atrás. E os de Curitiba poderiam ver o futuro horroroso que se arriscam a ter.
Tanto São Paulo quanto Curitiba precisam parar de crescer. E a maioria das cidades brasileiras, também. É preciso, principalmente em São Paulo, parar com a construção de prédios. Simplesmente assim, parar. A população não aguenta mais o crescimento e a cidade como está, mas não se manifesta, não protesta. As empresas de construção civil deitam e rolam, construindo mais e mais inclusive em locais que não suportam mais isso (Vila Olímpia e Campo Belo, por exemplo).
O que precisará acontecer para que São Paulo pare? Uma catástrofe? O trânsito piorar ainda mais? E Curitiba que acompanhe o que ocorrer aqui nos próximos anos, para não cair nos mesmos erros. É preciso interiorizar a economia e o crescimento. Chega de êxodo rural e para as capitais, ou mesmo para as cidades grandes (Ribeirão Preto, Bauru, Presidente Prudente, Sorocaba, Campinas, Santo André. Guarulhos, Osasco e muitas mais).
Que Ponta Grossa, que visitei ontem, fique como é hoje, uma maravilha. Que os estádios da cidade fiquem como é o do clube Guarani, onde ontem assisti a uma partida de futebol de masters. Sua foto está acima, tomada ontem por mim. Ponta Grossa, no duro, no duro, não precisa de um estádio maior, mesmo porque o outro, do Operário, tem o mesmo tamanho.
Senão, salve-se quem puder.
Em Curitiba, tomei o ônibus para o centro e fiquei no hotel que fica na última parada do ônibus do Aeroporto antes de pegar a avenida Comendador Franco para o aeroporto de novo). Enfim, cheguei ao hotel, onde descansei um pouco. Uma hora depois, saí a pé por Curitiba, cidade que dá prazer em fazer isto.
No dia seguinte, fui a pé para a estação rodoferroviária, pois eram apenas quatro quarteirões do hotel em que fiquei (atrás do Shopping Estação). Fiz a viagem e cheguei de volta ao hotel já de noite, às 9 horas, depois de jantar alguma coisa rápida no Shopping.
Hoje cedo, a mesma viagem, de forma inversa. Cheguei em casa por volta das 3 horas da tarde. Vim pensando nas coisas que me disseram diversos curitibanos com os quais conversei. Eles se queixavam do trânsito. Meu Deus, morei seis meses em Curitiba em 2002 e voltei para a cidade pelo menos 4 vezes por ano até o ano passado e só vi trânsito quando havia obras ou algum acidente.
Cansei de ouvir também motoristas de táxi durante todos esses anos reclamando do trânsito. Sugeri a vários deles que fossem dirigir em São Paulo por uma semana para mudarem de ideia. São Paulo tem quase 11 milhões de habitantes (o município e Curitiba não chega a dois. A cidade, portanto, é bem menor, e acredito que a percentagem de pessoas que moram em casas ainda seja bem superior à percentagem paulistana. O sistema de transporte deles por ônibus funciona infinitamente melhor que o de São Paulo, além do fato que Curitiba tem ruas largas e na maioria dos bairros em forma quadriculada... em São Paulo, são uma mistura de formatos de quarteirões, curvas demais e trânsito demais.
Seria muito bom que os administradores da cidade de São Paulo e de Curitiba conversassem entre si, numa conversa séria e não política. Se os curitibanos já reclamam hoje de seu trânsito, imagine o que vão reclamar quando chegarem (espero que isso jamais ocorra) ao mesmo número de habitantes que São Paulo tem hoje. Nossos administradores poderiam ver, então, o que teriam evitado se tivessem tentado controlar a cidade há cinquenta anos atrás. E os de Curitiba poderiam ver o futuro horroroso que se arriscam a ter.
Tanto São Paulo quanto Curitiba precisam parar de crescer. E a maioria das cidades brasileiras, também. É preciso, principalmente em São Paulo, parar com a construção de prédios. Simplesmente assim, parar. A população não aguenta mais o crescimento e a cidade como está, mas não se manifesta, não protesta. As empresas de construção civil deitam e rolam, construindo mais e mais inclusive em locais que não suportam mais isso (Vila Olímpia e Campo Belo, por exemplo).
O que precisará acontecer para que São Paulo pare? Uma catástrofe? O trânsito piorar ainda mais? E Curitiba que acompanhe o que ocorrer aqui nos próximos anos, para não cair nos mesmos erros. É preciso interiorizar a economia e o crescimento. Chega de êxodo rural e para as capitais, ou mesmo para as cidades grandes (Ribeirão Preto, Bauru, Presidente Prudente, Sorocaba, Campinas, Santo André. Guarulhos, Osasco e muitas mais).
Que Ponta Grossa, que visitei ontem, fique como é hoje, uma maravilha. Que os estádios da cidade fiquem como é o do clube Guarani, onde ontem assisti a uma partida de futebol de masters. Sua foto está acima, tomada ontem por mim. Ponta Grossa, no duro, no duro, não precisa de um estádio maior, mesmo porque o outro, do Operário, tem o mesmo tamanho.
Senão, salve-se quem puder.
Ralph,
ResponderExcluirTrabalhei em uma empresa que tinha fábrica em Curitiba e o que amigos meus de lá reclamavam é que o ligeirinho não dava conta de transportar todos os trabalhadores em horário de pico, durante a semana. Deveria ter convidado eles a andar de metrô em São Paulo em horário de pico também.
Concordo que, em São Paulo, deveriam simplesmente parar de construir prédios. Não consigo entender de onde aparece tanta gente para comprar todas as unidades novas que são disponibilizadas. Estariam, muitas destas unidades, em nome de especuladores, no aguardo de valorização?
Parar de construir ?? como isso ?? Revitalização da malha ferroviaria e reutilização dos trens abandonados até vai mas parar o crescimento de uma cidade não tem o menor cabimento. Isso ta mais pra sonho infantil. Você fala como se apenas São Paulo fosse assim .É assim em todo o mundo .Vai me dizer que você nunca ouviu falar no caotico transito de NY.
ResponderExcluirPra que centralizar a economia no interior iria acontecer a mesma coisa só que ao contrario todo mundo de SP principalmente das favelas iria para o interior ''caçar emprego'' isso é uma coisa natural o crescimento de grandes cidades. Pra melhorar não adianta parar de contruir parar de fazer viadutos ''feios'' como você mesmo diz, basta investir em transporte urbano de qualidade como em varias cidades da Europa.Vai me dizer que você prefere bondes do que os onibus,as Maria fumaças do que os TUES da CPTM ? Eu e muitos paulistanos não estamos nem ai com o crescimento da cidade o problema não é isso e sim a forma como esta sendo, descontrolada .Se fosse mais organizada seria muito melhor .Pergunte qualquer um se trocaria São Paulo com todas facilidades e opções por ponta grossa que provavelmente (nunca fui a tal cidade ) mas narrada por você não passa de uma cidade pra ferias e feriados mais nada .Pra que uma pessoa jovem com um leque de opçoes de faculdades empresas etc, vai fazer num lugar desses ?? Só se for um velho a beira da aposentadoria que não tem mais nada a fazer que reclamar .
Flavio, eu concordo que é utopia. Mas a cidade não tem mais condições de aguentar o que deixam de fazer. Não estou dizendo que ela tem de diminuir, mas de estancar onde está em termos de construções. Sim, ainda há que melhorar a infraestrutura muitíssimo. E aí, outra falha: infraestrutura se melhora antes da implantação de qualquer plano que permita a construção de vários prédios no mesmo bairro. Quanto a velho reclamão, sou um deles. Mas 58 anos de idade dão uma puta experiencia, né? Por outro lado, ainda não tive "peito" para mudar-me para uma cidade menor, como sempre falo que vou. E é bem provável que eu sofra pelo resto da vida...
ResponderExcluirMario - Curitiba tem problemas, sim. Mas nada se compara ao que temos em SP. Quanto a SP, a pergunta "onde tem tanta gente para comprar o que é construído em SP" não tem uma resposta clara, mesmo. Eu também pergunto isso. Creio que uma boa parte dos apartamentos novos ficam vazios, comprados por gente que vive fora da cidade e quer ter uma "base" para quando vem para cá a negócios ou visitando parentes - porque turismo em SP é piada. O outro motivo seria especulação, mesmo. Aguardam valorização, ou querem alugar - mas mesmo no caso de se alugar, de onde vem esse pessoal? O nro de habitantes do municipio não tem crescido tanto assim nos últomos anos. Não dá para entender.
ResponderExcluirVocê esta certo mas não tem como isso acontecer e uma coisa natural as pessoas vão onde tem mais oportunidades, e digamos que mais ''facilidades''. E devido a essa quantidade de pessoas que São Paulo e varias cidades não param de crescer.E não adianta dizer que a populaçao de São paulo não cresce tanto como antes pq ainda crece sim. É gente vindo do nordeste do norte do sul de toda a parte. Até mesmo Ponta Grossa daqui a umas decadas vai estar do mesmo jeito não tem como impedir isso, só se construirem um muro em volta e não deixar ninguem entrar ou sair como na alemanha até duas decadas atrás que foi dividida em duas. Se o governo se antessipar a isto seria diferente mas infelismente não é assim .E não adianta falar que no brasil todo mundo deixa pra ultima hora não é só aqui que é assim, no japão tambem tem trens super ,hiper lotados e é um pais de primeiro mundo .não adianta só reclamar ou ter peito pra mudar de cidade é preciso ter peito pra fazer algo a favor daqui, insentivar as pessoas a fazer o mesmo.
ResponderExcluirNão estou te chamando de velho resmungão só estou dizendo que isso e o mau da terceira idade quando se aposenta não faz mais nada a não ser procurar problemas pra reclamar só reclamar .mesmo se tivessem em Mucu no interior de Roraima ia ta reclamando porque as ruas não eram pavimentadas porque só tem um mercado etc. Ue mas não é socego que vcs querem ??? que mais socego do que Mucu ?? Talvez não seja SP que tenha que mudar e sim meia duzia de resmungões que só sabem reclamar e pior de barriga cheia.
Flavio: sem duvida há muita gente que mora no interior louca ir para uma cidade maior, não necessariamente SP. Não sou aposentado, tenho coisas demais para fazer (graças a Deus), sei que SP não é a única cidade que tem esses problemas, mas ela tem! Eu estava comparando SP a Curitiba, apenas. Não quero a volta do bonde, embora os VLTs - que são bonde modernos - sejam muito mais estaveis e rapidos do que os poluentes e sacolejantes onibus. Mas estes jamais vão acabar, tambem. Não quero locos a vapor na CPTM, isso seria um absurdo. Locos a vapor hoje são uma espécie de puxadores de trens de brinquedo em algumas cidades do interior. São muito interessantes, mas não para transporte regular de pessoas nos dias de hoje. Agora, fazer uma cidade crescer sem dar a infraestrutura antes é fogo. É o que acontece na maior parte do Brasil. E não estar se lixando para o crescimento de SP, como v. diz, é problemático, porque a cidade não terá como resolver seus problemas e terminará sendo um caos completo, pode crer. Abraços
ResponderExcluirMas eu ligo sim para a situação de SP quero que a cidade evolua sim e muito, mas da maneira adequada, e pra isso faço minha parte. E no caso da comparação conheço pessoas que odeiam coritiba. Não adianta ninguem nunca ta satisfeito com nada foi isso que eu quis dizer com barriga cheia.São Paulo infelismente deixa muito a desejar mas e melhor que muita cidade por ai e aposto tem inumeras coisas melhores que Curitiba e eu me esforço pra melhorar ainda mais ao invez de reclamar das obras do metro das obras da marginal etc .
ResponderExcluirtambem sou a favor do VLT desde que seja implantado da maneira correta com os devidos estudos a respeito da demanda e outras coisas para seu sustento. Não igual a Campinas tempos atraz .
Bom ja deu pra ver meu ponto de vista a respeito deste post, acho que ja chega de debate a respeito . See ya