sexta-feira, 27 de maio de 2011

QUIRIRIM, TAUBATÉ

A estação ferroviária de Quiririm, recentemente reconstruída.
Quiririm é uma graça. Ah, mas onde fica? É um bairro de Taubaté. Fora da cidade, na saída para Caçapava e encostado no início da rodovia que vai para Campos do Jordão. Mais de noventa por cento do bairro fica na "parte alta", onde estão as casas e o comércio. O resto fica na "parte baixa", exatamente onde um dia passou a Central do Brasil. Até 1953.

Esta é a parte bonita e bucólica. A impressão nítida que se tem é que pouquíssima coisa mudou desde a desativação da linha. Sobraram poucas construções. Junto à rampa que vem da cidade alta, um caminho de terra recentemente asfaltado é o leito da antiga ferrovia. O armazém do outro lado da linha virou restaurante francês. Muito bom, por sinal. Foi por causa dele que conheci o bairro, que, em 1995, nem sabia que existia. Estava indo com minha família para São Luiz do Paraitinga quando, vindo pela rodovia Carvalho Pinto, não entrei na Dutra por engano. Segui um instante procurando o retorno. Ali havia uma placa que indicava, num caminho de terra, o tal restaurante. Era hora do almoço, resolvemos testar.
Ruínas em frente à horta. Que terá sido ali?
Descobri então que ele ficava num velho armazém ferroviário. Fui procurar a estação e só achei os alicerces. Vacas pastavam onde um dia foi o pequeno prédio. Da mesma forma, havia, para o outro lado do armazém, uma horta. Mais adiante, um casarão que hoje virou museu. A colônia italiana era forte ali. Uma rua que saía do antigo leito para a direita acopmpanhava a tal horta e levava a um restaurante italiano.

Quinze anos depois, ainda é assim. E parece que em 1953, como disse, ainda era assim. Há pouco mais de uma semana, estive em Quiririm. Descobri que reconstruíram a estação que havia sido demolida. Não entendi bem o que era ali agora, estava fechado. Muito interessante a iniciativa. Preciso saber mais.

O restaurante francês estava firme ali. Já tem mais de quinze anos ali. Já havia passado da hora do almoço, não deu para testar. Pena. Quiririm, no entanto, continua com aquele ar bucólico. Tem até suas ruínas, como mostra uma das fotografias que tirei.

2 comentários:

  1. Aquela não é uma reconstrução. É uma casa noturna de música eletrônica (movimentada nas noites dos finais de semana). Mas o nome (Machina 8) e a decoração interna remetem a uma estação antiga.

    E os restaurants de Quiririm são mesmo fantásticos. Em Abril, acontece uma festa da colônia Italiana com muita comida e alguns shows típicos (e todo ano marcam um do Jerry Adriani).

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