sexta-feira, 13 de maio de 2011

FAIXAS DE PEDESTRES


Nesta semana, o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma reportagem sobre a deseducação dos motoristas (e pedestres) com relação às faixas de pedestres.

Realmente, a situação não é nada boa em São Paulo. Pouca gente obedece às faixas nas esquinas e, mais ainda, as que ficam em meio de quarteirão.

Isso somente se resolve com educação maciça, feitas nos locais, por guardas de trânsito treinados para isso. E educação de base, nas escolas, sobre o assunto.

Curioso é que existem cidades no Brasil que, segundo me contam, o problema não existe: pedestres e motoristas respeitam as faixas. Se é verdade não sei, mas contam-me que na região serrana do Rio Grande do Sul isso acontece. Também ocorre em Brasília. Não tenho ideia por que lá sim, aqui não. Mas é bom que haja locais que possam servir como referência. Deve haver mais cidades e regiões também.

Concentrando-me na cidade de São Paulo (e na Grande São Paulo), eu, que ando a pé hoje muitíssimo mais do que há dois anos, comecei a prestar atenção no assunto. E também a prestar mais atenção nisso quando estou dirigindo - hoje dirijo muito menos do que antes, por que o trânsito de São Paulo é broca. Fica mais tempo parado que andando.

E o que vejo nesse tempo todo? Na verdade, a situação não é tão horrorosa assim. Há diversos motoristas que respeitam faixas. Quem não respeita? Taxis, caminhões e ônibus. Não sei se dá para generalizar - mas que os táxis não param em faixas, não param mesmo. Idem com os outros tipos de veículos citados.

Quais seriam os motivos para isto? Motoristas de táxi e de ônibus dirigem o dia inteiro. Devem ser altamente estressados com o trânsito da cidade. Portanto, irritam-se com a "moleza" de quem atravessa a rua. No entanto, embora o fato possa explicar a situação, não pode justificá-la. Já vi táxis buzinando para que o pedestre saia da faixa para ele poder passar. Isso chega a ser até comum.

Motoristas invadem faixas de pedestres passando pela frente ou por trás de pedestres que atravessam. Se o pedestre insiste, alguns jogam o carro em cima para intimidar. Dá pra enfrentar? Dá, se o carro estiver devagar.

Um problema: muitas ruas têm faixas junto à esquina, numa avenida grande. Isto significa que o motorista que está na avenida e vai dobrar na rua menor tem de cruzar a faixa. Se há gente atravessando, o motorista acaba parando (quando para) na avenida, ficando com o "traseiro" na pista e se arrisca a levar uma pancada. Solução: colocar a faixa mais longe da esquina.

Bom, tenho observado muito, o que me ajuda também a dirigir melhor e respeitar a faixa. Mas também percebo que há muita gente gentil, que para quando alguém está esperando para atravessar a rua. Não vou dizer que é a regra. Mas eles existem.

Como tudo na vida, tudo depende de educação, de respeito ao próximo, de se reduzir o estresse. Difícil no mundo atual em que vivemos.

Um comentário:

  1. 1) Em Carlos Barbosa, na Serra Gaúcha, o pessoal respeitava mesmo.

    2) Na Suíça, uma vez, eu estava parado em pé próximo à faixa. Eu não queria atravessar; só estava lá parado sei lá por quê. Veio um motorista e parou, esperando que eu atravessasse. Como eu não estava prestando atenção, não reagi. Aí ele deu uma buzinadinha e fez sinal para eu atravessar. Eu mostrei que não iria. Mesmo assim, ele recusou-se a seguir. Só seguiu depois que eu me afastei da faixa. Talvez fosse medo de multa.

    3) Uma vez um táxi quase me atropelou, na faixa, em uma esquina, e ainda me deu uma buzinada de "bronca". Xinguei mesmo. Afinal, eu estava na faixa!

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