segunda-feira, 9 de maio de 2011

FERROVIAS EM ESCOMBROS

Próximo à estação de Coroas, Rio de Janeiro, município de Valença, na antiga linha do ramal de Santa Rita do Jacutinga, ainda pode ser visto o que sobrou dos trilhos arrancados há mais de quarenta anos (foto de 2007).
Não é segredo para ninguém, até mesmo para quem não se interessa pelo assunto, que de boa parte das ferrovias brasileiras só restam escombros. Ruínas de um passado rico e glorioso que o governo não fez questão alguma de conservar, nem para usar, nem para somente ser apreciado.
Ponte ferroviária da Mogiana sobre o rio Pardo, hoje rodoviária, na divisa dos municípios de Santa Rosa de Viterbo e de Cajuru (Foto de 1998).
Mesmo assim, por ironia do destino, alguns destes restos continuam impressionando pelo que parece ser uma luta intuitiva pela vida - por se manter à mostra.
Estação de Jacutinga, em 2002 - antiga Estrada de Ferro do Sapucaí, Minas Gerais. Estação desativada no final dos anos 1980, foi ocupada por uma série de pequenas empresas, lojas e escritórios, cada vez mais se descaracterizando mais. Porém, ficou em pé. Foto de 2002.
Algumas das fotografias aqui mostradas - uma gota d'água num oceano de restos de demolição e vandalismo - mostram que, mesmo em pedaços, ainda existe beleza no que sobrou.
Ruínas do que um dia foi a estação de Baldeação, da Mogiana, importante entroncamento desta linha com a da Paulista, no município de Santa Cruz das Palmeiras, SP. A foto é de 2000.
Tudo vai se corroendo pelo tempo, pelo "progresso", aqui entre aspas, por que se começa a questioná-lo em termos de "isto tudo é mesmo progresso?".
No pátio da antiga estação de Loreto, Araras, SP, a pequena escola rural já fechada em 1997 e uma linha que não via trens havia cerca de dez anos já. Tudo foi arrasado pouco depois.
Pelo menos uma destas fotos não pode ser tomada de novo: tudo ali sumiu debaixo de um loteamento, quinze anos depois de eu ter estado lá.

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