Era uma vez um prefeito recém-eleito para a cidade de São Paulo. Seu nome era Edilberto Caçapa. Homem honesto, de bom coração e incorruptível. Queria o bem para todos. Vendo os problemas de trânsito de São Paulo, ele se apiedou e resolveu tomar providências enérgicas.
A solução, segundo ele, seria relocar todos os habitantes de forma que eles morassem bem próximos aos seus trabalhos. Isso resolveria a questão, pois eles poderiam ir a pé para o trabalho. E pôs mãos à obra. Com um decreto assinado no mesmo dia da posse, ele fez com que alguns escritórios e fábricas fossem mudadas para outros locais, da mesma forma que muitos moradores tivessem a sua residência trocada. Para acabar com os caminhões, construiu esteiras rolantes subterrâneas para fazer as entregas na cidade.
As mudanças foram feitas rapidamente, de forma a que todos os habitantes estivessem depois a até quatro quarteirões de onde trabalhavam, podendo fazer os percursos a pé. Todos deveriam ficar contentes, pois isso certamente compensaria o fato de que muitos deles haviam sido mudados, por exemplo, do Jardim América para Itaquera. Claro que quem mudou de Guaianases para o Morumbi também ficou contente.
Para as empresas, tanto fazia, contanto que elas continuassem ganhando dinheiro. E, claro, com funcionários mais contentes e menos estressados, a produtividade aumentaria. As esposas também ficariam felizes, pois os maridos chegariam mais cedo em casa.
Porém, depois de algum tempo, os hospitais psiquiátricos começaram a se encher, com pessoas que não se conformavam com a falta dos congestionamentos. O fato de se ir muito rápido para o trabalho também fazia com que as pessoas trabalhassem mais, pois chegavam mais cedo ao trabalho. As empresas de automóveis tiveram sérios problemas financeiros, pois ninguém mais andava de carro (somente no final de semana). A sucata caiu de preço, pois ninguém conseguia vender os inúteis automóveis e tinha portanto de se desfazer deles vendendo como sucata.
Os motéis faliram. Os postos de gasolina fecharam. Desemprego em massa para os frentistas, para os funcionários de motéis, para os empregados das indústrias automobilísticas, para os funcionários das empresas de ônibus, metrôs e trens da CPTM. Os lavadores de parabrisas de carros nas esquinas tiveram que passar a fazer o serviço a domicílio para os poucos carros que restavam.
As árvores e a vegetação invadiram o asfalto das ruas, criando corredores de florestas. Os pássaros voltaram em massa, descarregando seus dejetos lá do alto em volume muito maior. Lobos e onças-pintadas passaram a atacar e matar transeuntes incautos. Macacos assaltavam os distraídos.
Sem carro, as pessoas somente iam aos shopping-centers mais próximos. Não podiam viajar para a praia, o que fez uma série de estabelecimentos falir no litoral paulista. Todos passaram a amaldiçoar o prefeito, dizendo que "todos têm direito à poluição e a uma má qualidade de vida". Edilberto renunciou. Assumiu Saulo Balofo, que prometeu trazer o caos de volta.
Sem carro, as pessoas somente iam aos shopping-centers mais próximos. Não podiam viajar para a praia, o que fez uma série de estabelecimentos falir no litoral paulista. Todos passaram a amaldiçoar o prefeito, dizendo que "todos têm direito à poluição e a uma má qualidade de vida". Edilberto renunciou. Assumiu Saulo Balofo, que prometeu trazer o caos de volta.
Moral da história: nenhum!!!!
Hoje você estava inspirado! =)
ResponderExcluirLuiz Carlos
ResponderExcluirAdorei o Saulo Balofo !!!
???
ResponderExcluirFala sério, Ralph !
Adorei este texto ...
kkkkkkkkkkkkkkk