sexta-feira, 28 de maio de 2010

RIO NEGRO

Foto Ralph Mennucci Giesbrecht, em 2006.

Rio Negro, no Paraná. Cidade que hoje tem cerca de 180 anos, fundada na rota das tropas quando ali ainda era território paulista. Conheci-a no distante ano de 1963, no mês de julho, quando fui com meus pais para Porto Alegre, na Kombi 1961 adquirida nova por meu pai.

Dormimos no seminário que existia ali. Ele alugava quartos para pernoite. Ali havia ainda um pequeno museu de insetos, que visitamos antes de deixar a cidade. Havíamos chegado de São Paulo direto até ali, sem dormir em Curitiba. Na época, eu tinha apenas 11 anos de idade.

Voltei a Rio Negro no ano de 2002. Cidade relativamente pequena, tem como base a colonização alemã. Muitas casas de madeira, algumas bem antigas. Gente simpática e acolhedora. Fui ao seminário, que já não o era mais desde 1971, quando foi abandonado pelos padres, que se mudaram para outra cidade cujo nome agora não me vem à memória. O prédio tinha sido reformado em 1997 pela Prefeitura, depois de anos abandonado. O prédio é muito bonito.

Contei minhas aventuras por ali 39 anos antes. Visitei boa parte do prédio a convite da Secretária da Cultura. Fui à capela, maravilhosa. Os jardins são lindos. Tudo muito bem cuidado. Voltei a Rio Negro desde então mais umas três vezes, a última vez em 2008. Sinto saudades de uma cidade que, como todas as outras do Paraná, é muito limpa. No Contestado, em 1916, foi dividida em duas, surgindo, na margem sul do rio Negro o município de Mafra, em terra agora catarinense.

Foi também em Rio Negro que se instalou nos anos 1930 o Batalhão Ferroviário que hoje se chama Mauá e está sediado em Araguari, no triângulo mineiro. Sua função foi de comandar dali a construção da linha ferroviária Mafra-Lajes, aberta definitivamente somente em 1965. Quando a terminaram, foram transferidos, bem como a estação ferroviária, que ficava dentro do Batalhão e foi mudada para o outro lado da cidade, não muito distante do seminário.

A foto acima foi tirada por mim em 2006, e mostra uma bela casa de alvenaria no centro da cidade, a cerca de um quarteirão do rio Negro.

Um comentário:

  1. Rio Negro é uma cidade da qual aprendi a gostar desde 1988, quando lá estive pela primeira vez. Gostei tanto que lá adquiri um imóvel, onde residi por 5 anos.
    Uma cidade organizada, limpa e com um povo alegre, hospitaleiro, amigo.
    Saudades da cidade e dos amigos que por lá deixei!
    Fernando Marin

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