Pelo visto, são estes trens de subúrbio (aqui, passando pela favela que se instalou em Jacarezinho às margens da linha da Supervia, no Rio de Janeiro), que o prefeito de Sorocaba acha que vão ser usados pela CPTM para ligar a Capital ã pobre cidade que ele diz que administra (Agencia Estado).Duas notícias hoje me chegaram de diferentes formas. A primeira relatava um fato estarrecedor: o cúmulo da esculhambação. Uma favela estava sendo retirada de dentro da faixa de domínio dos trens da Supervia, cercada por muros e com trens metropolitanos passando a toda hora. Pelo número e tipo de casas que estavam ali, isso não foi instalado ontem. Deveria ter sido retirado logo após o início da construção do primeiro barraco (nenhum maquinista, por exemplo, viu?). Mas não. Esperaram sei lá quanto tempo para retirar tudo.
Enquanto isto, os trens passando. Se tivessem pegado alguém , começariam aquelas velhas histórias já vistas muitas e muitas vezes na televisão: "queremos justiça", choro em frente às câmaras, do tipo "ele era um bom rapaz, trabalhadô", e ainda "o maquinista foi levado para a delegacia para explicar por que ele não parou o trem". É o fim da picada.
Logo depois, mandaram-me uma reportagem publicada hoje no jornal "O Cruzeiro do Sul", de Sorocaba. Foi-me enviada em vista da postagem de ontem que aqui fiz sobre trens de passageiros da CPTM para Sorocaba. E afirma algo inacreditável. Os prefeitos da cidade e de outras como São Roque não estão querendo os trens "de subúrbio", pois acham que isso irá transformar as cidades em "cidades-dormitório".
É o fim da picada. Uma estupidez que mostra claramente que essas pessoas não podem ocupar o cargo que têm. Ora, Sorocaba e São Roque tiveram trens de passageiros ligando-as a São Paulo por exatos 129 anos (1875-1999) e não se tornaram cidades-dormitório. Já há pelo menos 80 anos têm ônibus com horários muito mais frequentes que sempre foram os trens ligando-as à Capital.
Eles estão sendo pressionados pelo conhecidíssimo lobby das empresas de ônibus, que temem perder sua boquinha (como se fossem)? Eles ainda pensam que "trens de subúrbio" - termo que vai caindo em desuso cada vez mais, pelo menos em São Paulo - ainda são aquela esculhambação que eram até 15 anos atrás? Será que se chamasse de "metrô" os novos trens, eles também diriam o que o jornal escreveu, dito pelo prefeito de São Roque: "não podemos aceitar trem de São Paulo até Sorocaba, porque dai viramos cidades dormitórios. Vemos dezenas de cidades totalmente deterioradas e com superpopulação por causa disto”. Danem-se as pessoas que vão e vêm todos os dias até e da Capital, então, rodando 60 km em automóveis e ônibus, passando por lombadas e buracos e sacolejando para todo lado. Quanto será que ele acha que custarão esses trens? 2, 3 reais?
Há algo de podre no reino da Dinamarca, ou então, esses caras que se dizem prefeitos são mesmo péssimos administradores. Enfim, esculhambação é o que não faltou hoje. No Rio e em São Paulo.
Enquanto isto, os trens passando. Se tivessem pegado alguém , começariam aquelas velhas histórias já vistas muitas e muitas vezes na televisão: "queremos justiça", choro em frente às câmaras, do tipo "ele era um bom rapaz, trabalhadô", e ainda "o maquinista foi levado para a delegacia para explicar por que ele não parou o trem". É o fim da picada.
Logo depois, mandaram-me uma reportagem publicada hoje no jornal "O Cruzeiro do Sul", de Sorocaba. Foi-me enviada em vista da postagem de ontem que aqui fiz sobre trens de passageiros da CPTM para Sorocaba. E afirma algo inacreditável. Os prefeitos da cidade e de outras como São Roque não estão querendo os trens "de subúrbio", pois acham que isso irá transformar as cidades em "cidades-dormitório".
É o fim da picada. Uma estupidez que mostra claramente que essas pessoas não podem ocupar o cargo que têm. Ora, Sorocaba e São Roque tiveram trens de passageiros ligando-as a São Paulo por exatos 129 anos (1875-1999) e não se tornaram cidades-dormitório. Já há pelo menos 80 anos têm ônibus com horários muito mais frequentes que sempre foram os trens ligando-as à Capital.
Eles estão sendo pressionados pelo conhecidíssimo lobby das empresas de ônibus, que temem perder sua boquinha (como se fossem)? Eles ainda pensam que "trens de subúrbio" - termo que vai caindo em desuso cada vez mais, pelo menos em São Paulo - ainda são aquela esculhambação que eram até 15 anos atrás? Será que se chamasse de "metrô" os novos trens, eles também diriam o que o jornal escreveu, dito pelo prefeito de São Roque: "não podemos aceitar trem de São Paulo até Sorocaba, porque dai viramos cidades dormitórios. Vemos dezenas de cidades totalmente deterioradas e com superpopulação por causa disto”. Danem-se as pessoas que vão e vêm todos os dias até e da Capital, então, rodando 60 km em automóveis e ônibus, passando por lombadas e buracos e sacolejando para todo lado. Quanto será que ele acha que custarão esses trens? 2, 3 reais?
Há algo de podre no reino da Dinamarca, ou então, esses caras que se dizem prefeitos são mesmo péssimos administradores. Enfim, esculhambação é o que não faltou hoje. No Rio e em São Paulo.
Obrigado, Ralph, por ter lido a reportagem no jornal Cruzeiro do Sul! Realmente, é impressionante a mentalidade de muitas pessoas acerca do transporte ferroviário de passageiros; eu moro em Sorocaba e garanto para ti que o sistema Castello-Raposo está totalmente saturada e sem condições de ampliação. Também o trânsito em Sorocaba está cada vez pior, mas as autoridades estão preferindo estudar a criação de mais um trem turístico no Brasil, entre São Roque e Conchas.
ResponderExcluirEu sou líder de um movimento de usuários do transporte coletivo de Sorocaba e totalmente favorável ao trem regional. O anúncio da CPTM pode até ser um pouco eleitoreiro (afinal, este é o ano das eleições), mas este fato acendeu uma chama de esperança para que e volte a viajar de trem, um meio de transporte seguro, limpo e veloz.
Como agradecimento, postei o artigo em minha comunidade no Orkut, que se chama TRANSPORTE COLETIVO SOROCABA: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=57755237
Abraços e até uma próxima oportunidade!
haahahah isso parece piada ta na cara que esses prefeitos tem loby com epresas de onibus fretados (onibus fretados por empresas para tranpote de funcionarios) com certeza, essa e a maior bestera que ja ouvi um prefeito nao querendo desenvolvimnto da cidade isso e assobroso, fora fato deles ja esculhambarem o prijeto chamando de trem de suburbio conota a falta de informaçao dos mesmos poqe sorocaba nunca foi suburbio de sao paulo.
ResponderExcluirE nao sei se esse prefeito nao percebeu mas sorocaba viro cidade dormitorio faz tempo ja mas dormitorio de rico pois sorocaba tem um dos M³ mais caros de sp, milhares de pessoas de poder aquisitivo consideravel ja deixaram sp faz tempo e moram e sorocaba mas trabalham em sp fazem este percurso de carro todo dia isso e fato so nao viu quem nao quer ver, como e o caso desse prefeito qui usa isso como discupinha pra nao ver os negocios dele ou parente, amigo, sei la fracassar por causa do trem.
Olha, esse papo dos prefeitos é simplesmente imbecil. Eles não podem ser tão ruins assim como prefeitos. É inacreditável. Eu pensei que os politicos brasileiros nunca poderiam ser piores, mas a cada dia eles me surpreendem mais com as bobagens que falam.
ResponderExcluirOlá Ralph Giesbrecht. O missivista Gouveia tem toda razão: as cidades de Sorocaba e São Roque já viraram cidades-dormitório faz muito tempo. Basta observar o movimento dos usuários logo de manhã nos ônibus da Cometa e outros fretados que "entopem" a Avenida Paulista e outras vias de São Paulo. Mas os prefeitos dessas cidades não querem ver isso.Afinal foram eleitos com as doações das empresas de ônibus. Assim, têm que defender os patrocinadores. Senão, como é que fica? Não sei de quais partidos são esses prefeitos. Mas vou procurar saber e o sr. Alkimin e o sr. Mercadante vão ter de dançar o rebolation para explicar uma ignorância desse tamanho.
ResponderExcluirSao Roque é pequena, nao é realmente dormitorio. Sorocaba tambem nao e é uma cidade de 500 mil habitantes.. O fato é que tanto Sorocaba quanto a Capital trocam moradores que moram numa cidade e trabalham em outra. Eu mesmo trabalhei ha 14 anos em Sorocaba e ia e voltava todo dia para SP. A desculpa dos prefeitos é de uma boçalidade tao grande que parece estar escondendo alguma coisa. Quanto ao lobby dos onibus, ele existe, mas é ganancia: eles não vão acabar por causa de um trem, por melhor que este seja.
ResponderExcluirOla Ralph
ResponderExcluirQuando morava em S.Paulo tive amigos que trabalhavam em Sorocaba e dormiam em S.Paulo...
é a imbecilidade dos nossos políticos....
Daniel Gentili
Uai, que medo é esse dos prefeitos? A viação Cometa coloca ônibus no Tietê, com partida de 15 em 15 min, para Sorocaba, a partir das 15h! Pra Campinas, de 8 em 8 min!
ResponderExcluirSobre a Supervia, os barracos saíram depois de uma reportagem da TV REcord, denunciando o consumo de crack nas linhas. ]Abçs.
Ah, quer dizer que, para a Supervia, os barracos podiam ficar se não tivessem consumo de crack? É uma esculhambação mesmo!
ResponderExcluirEu vi essa reportagem da Record. As cenas eram surreais.
ResponderExcluirSó pode ser piada!
ResponderExcluirQual o preconceito com cidades-dormitório? E como se o trem fosse fazer isso.
Lamentável que em pleno século XXII, pessoas empossadas pelo povo em cargos de alto escalão se saiam com abobrinhas como essa.
E com relação a Jacarezinho: Só porque há uma cracolândia nascendo na região, é que está se pensando no que deveria ser feito há tempos. Leia-se: Supervia com medo de repercussão negativa a sua imagem
Pessoal, é bem mais fácil colocar a culpa nos trens do que achar que eles podem ser benéficos. Vivemos uma cultura rodoviarista, apenas nós que gostamos de trens ( e temos um mínimo de bom senso sobre transporte de massa ) ainda acreditamos que as coisas possam mudar. O caso da Supervia foi OMISSÂO. Ela sempre foi omissa. Aquilo alí é uma pequena fração da sua faixa de domínio. De Deodoro até Santa Cruz ( antigo ramal de Mangaratiba) o que mais tem é favela margeando a linha. Na antiga Linha Auxiliar ( hoje ramal de Belford Roxo ) a coisa é ainda pior. O trem passa ao lado de carros estacionados de frente pras casas em determinados lugares. E o GERJ ainda quer extender ( ou já o fez, não sei ) a concessão por mais 25 anos. Coisas de Brasil.
ResponderExcluirAbraços
Pessoal, é bem mais fácil colocar a culpa nos trens do que achar que eles podem ser benéficos. Vivemos uma cultura rodoviarista, apenas nós que gostamos de trens ( e temos um mínimo de bom senso sobre transporte de massa ) ainda acreditamos que as coisas possam mudar. O caso da Supervia foi OMISSÂO. Ela sempre foi omissa. Aquilo alí é uma pequena fração da sua faixa de domínio. De Deodoro até Santa Cruz ( antigo ramal de Mangaratiba) o que mais tem é favela margeando a linha. Na antiga Linha Auxiliar ( hoje ramal de Belford Roxo ) a coisa é ainda pior. O trem passa ao lado de carros estacionados de frente pras casas em determinados lugares. E o GERJ ainda quer extender ( ou já o fez, não sei ) a concessão por mais 25 anos. Coisas de Brasil.
ResponderExcluirAbraços
Realmente, Luiz, algumas decisões do governo vão contra o bom senso - eu, que não sou nem de longe um especialista em transporte público (embora, pelos meus interesses, provavelmente conheça mais dele d que 99% da população) jamais renovaria uma concessão para uma empresa como a Supervia. É certo que boa parte da minha informação vem de notícias de jornais, mas parte vem de outras fontes... é mesmo uma esculhambação.
ResponderExcluir