sábado, 1 de maio de 2010

OPERAÇÃO SANTA ENGRÁCIA

Linha da CPTM na Lapa. Foto Alexandre Giesbrecht

A Prefeitura de São Paulo anunciou nos últimos dias três novas operações urbanas para atrair moradores da cidade para o eixo ferroviário por onde hoje circulam os trens da CPTM, particularmente nas zonas deterioradas e regiões mais pobres.

Os mapas divulgados na imprensa mostram a região dos armazéns entre as estações Julio Prestes e Domingos de Moraes, esta no Alto da Lapa, outra ao longo dos trilhos da Santos-Jundiaí ao sul da Luz e finalmente a região limítrofe do município na parte leste, mais particularmente Itaquera, São Miguel, Parque do Carmo e José Bonifácio.

Perguntas:

- Vai demorar tanto quanto está demorando a operação Cracolândia?
- Vai ser coisa bem feita ou somente vai tentar atrair gente de classe média alta favorecendo somente especuladores?
- E, conhecendo como pensa boa parte do povo brasileiro, depois de se mudarem para lá não vão ficar reclamando do barulho do trem, como já fazem em diversos pontos de São Paulo e do Brasil?

Eu já estou num ponto em que mesmo quando as notícias são boas, desconfio de tudo e acho que as coisas vão ser feitas com terceiras, quartas e décimas intenções.

Enfim, é aguardar para ver... resta saber quanto tempo vamos aguardar.

Operações como estas, comuns em cidades dos Estados Unidos, costumam começar quase que imediatamente e já apresentam resultados em dois, três anos. Já aqui... é só ver a Cracolândia, anunciada em 2006 e até agora pouco foi feito. Além do mais, lembrem-se que a operação Cracolândia ainda pega uma parte já realizada nos últimos dez anos antes de seu anúncio, quando houve a restauração e remodelação das estações da Luz, Julio Prestes, casa de Santos Dumont e largo General Osório. Hoje estes prédios estão ilhados no meio de hordas de drogados.

2 comentários:

  1. Ralph,

    Outro assunto!
    Siga o link http://www.youtube.com/watch?v=DDr98Kme16o&feature=related

    Se ainda não tinha assistido algo parecido, veja que interessante, a partir do 4:37.

    Carlos Alberto

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  2. Se tais locais forem, de fato, ocupados pela classe média/média-alta, até não seria tão ruim, pois haveria um investimento maior em tratamentos acústicos nas residências, dispensado em construções mais voltadas a um público de rendimentos menores em função do custo.

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