Uns o chamam de trem-bala. Outros de TGV. Alguns de TAV. Nem vem ao caso o que significa cada abreviatura, mas sim de saber: ele é necessário? Em minha opinião, é, sim (aliás, não confundir TGV com o trem de capina química que a ALL chama de “trem de gestão de vegetação” – ou seja, uma composição que tem pelo menos um vagão de herbicida que à medida que o trem alcança jorra o mesmo pelos trilhos para eliminar mato na linha – e que os funcionários chamam de TGV).
Há diversos artigos circulando quase todos os dias em revistas, jornais e na Internet acerca do TAV, que é o trem que ligaria Campinas ao Rio passando por São Paulo e que vem sendo discutido desde os anos 1970. Já se gastou muito dinheiro com ele, mesmo ele nunca tendo rodado um centímetro por aqui. São os custos dos estudos de viabilidade, que já encheram o bolso de muita gente.
Especialmente nos últimos três ou quatro anos, o trem-bala, com o nome que se quiser dar a ele, voltou às páginas dos jornais. Na verdade, os últimos treze anos, ou seja, desde a privatização das ferrovias, marcaram o ressurgimento da ferrovia no Brasil, embora esse renascimento tenha sido mais no número de linhas escritas do que em fatos reais e quilômetros construídos.
Hoje li um artigo de um professor e consultor sobre o tema. Ele é pessimista e faz várias críticas ao projeto. Ele tem razão em algumas. Mas para mim ele jamais pode dizer algo do tipo “num momento em que há tantos problemas com transporte público no Brasil, quer-se construir um trem de alta velocidade” (não são essas exatamente as palavras dele). Ora, por que não? É a mesma coisa que dizer que não se pode gastar dinheiro num determinado projeto porque há tanta fome no mundo. Há mesmo, mas nem por isso vai-se gastar todo o dinheiro existente para saciar a fome no mundo.
E eu acho o projeto necessário, sim. Se vai sair não sei. Mas que se precisa de uma alternativa aos aviões para ir do Rio a São Paulo, precisa-se. Afinal, carros e ônibus levam mais de 5 horas a velocidades aceitáveis para fazer o percurso. Um TAV leva bem menos. Preço da passagem? Eles – quem ganhar o contrato, se é que um dia alguém o ganhará – que estudem algo que seja viável.
E nós precisamos parar de ser pessimistas com tudo. Não temos experiência com esse trem? Outros têm. Há uma serra entre as duas cidades que dificulta tudo? Que a análise conclua de vez se dá ou não dá para ter um TAV. Certamente não serei eu a dar as respostas, nem tenho pretensão ou conhecimento para tanto. Agora, somente meter o pau não ajuda nada, e desse jeito jamais vamos saber se ele é pelo menos viável para ser construído, o que resultaria numa constante volta ao assunto e mais gastos com o seu projeto... ad eternum, sem que nada saia do papel.
Há diversos artigos circulando quase todos os dias em revistas, jornais e na Internet acerca do TAV, que é o trem que ligaria Campinas ao Rio passando por São Paulo e que vem sendo discutido desde os anos 1970. Já se gastou muito dinheiro com ele, mesmo ele nunca tendo rodado um centímetro por aqui. São os custos dos estudos de viabilidade, que já encheram o bolso de muita gente.
Especialmente nos últimos três ou quatro anos, o trem-bala, com o nome que se quiser dar a ele, voltou às páginas dos jornais. Na verdade, os últimos treze anos, ou seja, desde a privatização das ferrovias, marcaram o ressurgimento da ferrovia no Brasil, embora esse renascimento tenha sido mais no número de linhas escritas do que em fatos reais e quilômetros construídos.
Hoje li um artigo de um professor e consultor sobre o tema. Ele é pessimista e faz várias críticas ao projeto. Ele tem razão em algumas. Mas para mim ele jamais pode dizer algo do tipo “num momento em que há tantos problemas com transporte público no Brasil, quer-se construir um trem de alta velocidade” (não são essas exatamente as palavras dele). Ora, por que não? É a mesma coisa que dizer que não se pode gastar dinheiro num determinado projeto porque há tanta fome no mundo. Há mesmo, mas nem por isso vai-se gastar todo o dinheiro existente para saciar a fome no mundo.
E eu acho o projeto necessário, sim. Se vai sair não sei. Mas que se precisa de uma alternativa aos aviões para ir do Rio a São Paulo, precisa-se. Afinal, carros e ônibus levam mais de 5 horas a velocidades aceitáveis para fazer o percurso. Um TAV leva bem menos. Preço da passagem? Eles – quem ganhar o contrato, se é que um dia alguém o ganhará – que estudem algo que seja viável.
E nós precisamos parar de ser pessimistas com tudo. Não temos experiência com esse trem? Outros têm. Há uma serra entre as duas cidades que dificulta tudo? Que a análise conclua de vez se dá ou não dá para ter um TAV. Certamente não serei eu a dar as respostas, nem tenho pretensão ou conhecimento para tanto. Agora, somente meter o pau não ajuda nada, e desse jeito jamais vamos saber se ele é pelo menos viável para ser construído, o que resultaria numa constante volta ao assunto e mais gastos com o seu projeto... ad eternum, sem que nada saia do papel.
Boa noite Ralph.
ResponderExcluirFalou tudo. Eu particularmente sou muito pessimista quanto ao TAV, inclusive já demonstrei em outros comentários, mas acho que em um determinado momento temos que torcer para que as coisas andem. Aqui no Rj temos muitos problemas com o transporte público, muito se fala e quase nada (ou nada) se faz. Isso faz com que eu tenha alguma restrição com este projeto (por se tratar do governo, seja ele em qual esfera). Mas tomara que ele saia do papel e seja uma boa parte das soluções de nossos problemas.
Abraços
Também sou meio pessimista quanto a isso...
ResponderExcluirAssim como as obras da Copa e das Olimpiadas, vejo isso como uma forma de maus governantes e politiqueiros de plantão engordarem seus já robustos bolsos.
Enfim, vamos ver no que dá
Olha, eu infelizmente já me conformei de que esses fatos lamentáveis ocorrem. Contanto que façam um projeto decente e viável e ele funcione a contento, que se f---. Isto acontece hoje em todos os lugares do mundo, infelizmente, algém sempre ganha com isso sem ter de ganhar. É triste admitir, mas com 57 anos eu já deixei de ter esperança nesse sentido. Eu não teria peito nem cabeça para aceitar ser um dos favorecidos nesse sentido, mas sempre haveá alguém aue tem.
ResponderExcluirOlá Ralph, como vai?
ResponderExcluirVc pode nos dizer que artigo é esse que você cita no seu post? Falamos sobre Trem Bala no nosso blog e queríamos muito ter acesso a esse artigo. :)
Caso vc queira, segue abaixo o end do nosso blog:
www.nesserioeuqueronavegar.com.br
um abraço!
TAV: realidade ou utopia
ResponderExcluir28/10/2009 - Valor Econômico - saiu no noticiario diario por e-mail da Revista Ferroviaria de ontem, dia 28
Abraços
Ralph,
ResponderExcluirO problema não é ser pessimista ou otimista, ou se o preço da passagem será viável ou não. O problema é que o edital coloca muitos riscos (ambientais, sociais, desocupação de solo ...) a cargo do governo.
Além disso, alguns estudos já mostraram que o custo de implantação de um trem de média velocidade (200km/h em vez de 250km/h) reduziria o custo de 40 a 70%, o que, realmente o tornaria competitivo com o modal rodoviário.
São muitos os argumentos TÉCNICOS que tornam o projeto desaconselhável e não meras argumentações como você sugeriu.
Marcos
Eu tenho a opinião que TAV é obra eleitoreira e como você deu a entender muita gente tá enriquecendo com eternos estudos de viabilidade. Trem regional e suburbano, que é o que extingue favelas, ninguém faz.
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