Trilhos em Rio Claro, no percurso Santa Gertrudes-oficinas - Foto Panoramio
O novo fim de uma era agora se dá em Rio Claro, SP. Com a construção da variante Santa Gertrudes-Itirapina, aberta ao tráfego em 1976, os trens de passageiros e cargueiros da FEPASA passaram a se utilizar da nova linha e das novas estações ali construídas (Rio Claro, Camaquã e Graúna). Logo os passageiros começaram a reclamar do problema que era embarcar e desembarcar na estação nova de Rio Claro, construída num pátio ao lado (mas não tão ao lado assim) da rodovia Rio Claro-Piracicaba, tendo por vista o perigo para a segurança pessoal que isso representava. Aliás, essa estação também era chamada de Guanabara.
A FEPASA passou então a usar novamente a estação velha, no centro da cidade de Rio Claro, unindo a linha velha com a variante através de uma linha construída e que se juntava com a nova próxima ao distrito de Batovi.
Isso ficou até o “fim dos tempos” em Rio Claro, quando a FEPASA passou para a RFFSA e quase que imediatamente para a FERROBAN, que tinha como cláusula de contrato operar as linhas de passageiros que sobraram durante um curto período de tempo.
De janeiro de 1999 até março de 2001, quando o “fim do fim dos tempos” chegou, a FERROBAN pouco se importou com os escassos passageiros e operou apenas na estação de Rio Claro-nova.
De qualquer forma, os trilhos da linha velha foram ficando e acabaram por serem retirados logo depois, pelo menos na parte próxima à estação, e roubados em outros trechos. Quando se passa pela rodovia Washington Luiz por sobre o viaduto que tem a linha velha por baixo, já há vários anos somente se vêem os dormentes, que também foram sumindo aos poucos.
Agora querem tirar o resto – com exceção do trecho Santa Gertrudes-estação de Rio Claro-velha, que, como esta última tem a oficina de vagões ao lado, ainda precisa ser alcançada pelos trens hoje da ALL. O prefeito diz que “os planos da prefeitura para a utilização do trecho sem trilhos incluem a construção de uma longa avenida concebida dentro dos mais modernos critérios técnicos" – seja o que isto signifique. De qualquer forma, é a mesma besteira de sempre: prefeitos adoram avenidas, que por sua vez trazem a deterioração do lugar, que hoje está abandonado, mas não deteriorado. A qualidade do ar piora por causa dos carros (lembrar sempre que 70% da poluição das cidades é causada pelos gases dos automóveis), etc. etc, pois ninguém mais hoje em dia quer morar em avenidas, então as casas chiques que outrora nela se construíam serão substituídas por galpões.
"O fundamental é que a obra vai unir as duas partes da cidade até então separadas pela ferrovia" e "nas últimas décadas, os trilhos dificultaram e muito a integração da cidade e deixaram um vácuo no mapa urbano" – frases também ditas pelo prefeito, hoje em dia totalmente sem sentido. Metrô leve ou VLT, nem pensar, não é, Sr. Prefeito?
Finalmente, um comentário de um amigo meu depois de horas de discussão em listas do assunto sobre a retirada dos trilhos: “Incrível o ódio das cidades para com a ferrovia. Acho que em 30 anos vai ser difícil ter uma oficina ou estação onde o trem ainda passa”. Ele tem razão quanto ao ódio. Depois que as classes mais abastadas abandonaram os trens de passageiros nos anos 1940 e 1950, a ferrovia passou a ser mal vista e as rodovias priorizaram os investimentos no Brasil. Grande engano e um dos causadores de muitos dos problemas pelos que o País passa hoje em dia.
O novo fim de uma era agora se dá em Rio Claro, SP. Com a construção da variante Santa Gertrudes-Itirapina, aberta ao tráfego em 1976, os trens de passageiros e cargueiros da FEPASA passaram a se utilizar da nova linha e das novas estações ali construídas (Rio Claro, Camaquã e Graúna). Logo os passageiros começaram a reclamar do problema que era embarcar e desembarcar na estação nova de Rio Claro, construída num pátio ao lado (mas não tão ao lado assim) da rodovia Rio Claro-Piracicaba, tendo por vista o perigo para a segurança pessoal que isso representava. Aliás, essa estação também era chamada de Guanabara.
A FEPASA passou então a usar novamente a estação velha, no centro da cidade de Rio Claro, unindo a linha velha com a variante através de uma linha construída e que se juntava com a nova próxima ao distrito de Batovi.
Isso ficou até o “fim dos tempos” em Rio Claro, quando a FEPASA passou para a RFFSA e quase que imediatamente para a FERROBAN, que tinha como cláusula de contrato operar as linhas de passageiros que sobraram durante um curto período de tempo.
De janeiro de 1999 até março de 2001, quando o “fim do fim dos tempos” chegou, a FERROBAN pouco se importou com os escassos passageiros e operou apenas na estação de Rio Claro-nova.
De qualquer forma, os trilhos da linha velha foram ficando e acabaram por serem retirados logo depois, pelo menos na parte próxima à estação, e roubados em outros trechos. Quando se passa pela rodovia Washington Luiz por sobre o viaduto que tem a linha velha por baixo, já há vários anos somente se vêem os dormentes, que também foram sumindo aos poucos.
Agora querem tirar o resto – com exceção do trecho Santa Gertrudes-estação de Rio Claro-velha, que, como esta última tem a oficina de vagões ao lado, ainda precisa ser alcançada pelos trens hoje da ALL. O prefeito diz que “os planos da prefeitura para a utilização do trecho sem trilhos incluem a construção de uma longa avenida concebida dentro dos mais modernos critérios técnicos" – seja o que isto signifique. De qualquer forma, é a mesma besteira de sempre: prefeitos adoram avenidas, que por sua vez trazem a deterioração do lugar, que hoje está abandonado, mas não deteriorado. A qualidade do ar piora por causa dos carros (lembrar sempre que 70% da poluição das cidades é causada pelos gases dos automóveis), etc. etc, pois ninguém mais hoje em dia quer morar em avenidas, então as casas chiques que outrora nela se construíam serão substituídas por galpões.
"O fundamental é que a obra vai unir as duas partes da cidade até então separadas pela ferrovia" e "nas últimas décadas, os trilhos dificultaram e muito a integração da cidade e deixaram um vácuo no mapa urbano" – frases também ditas pelo prefeito, hoje em dia totalmente sem sentido. Metrô leve ou VLT, nem pensar, não é, Sr. Prefeito?
Finalmente, um comentário de um amigo meu depois de horas de discussão em listas do assunto sobre a retirada dos trilhos: “Incrível o ódio das cidades para com a ferrovia. Acho que em 30 anos vai ser difícil ter uma oficina ou estação onde o trem ainda passa”. Ele tem razão quanto ao ódio. Depois que as classes mais abastadas abandonaram os trens de passageiros nos anos 1940 e 1950, a ferrovia passou a ser mal vista e as rodovias priorizaram os investimentos no Brasil. Grande engano e um dos causadores de muitos dos problemas pelos que o País passa hoje em dia.
a all concluiu recentemente a reforma das oficinas de rio claro o que da a entender que nao sera desativada saiu no jornalzinho ipocrita da empresa que vem junto com olerite, foi feito um muro isolando a parte nao operacional da operacional a nao operacional sera devolvida a rffsa, falaram tambem da adequaçao das oficinas de sorocaba por isso tao tirando todo material de la
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