Hoje, dia treze de março do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Christo, este blog completa cinco anos de atividade.
Como já mencionei anteriormente, a intenção era publicar um artigo por dia. No primeiro ano, cheguei perto disso - mesmo tendo passado um mês no hospital. Depois, ficou cada vez mais difícil. Hoje, posto em média apenas 3 a 4 artigos por semana. Cheguei a ficar 4-5 dias seguidos sem postar.
O tempo está mais escasso, devido a problemas pessoais e às vezes devido ao excesso de trabalho. Às vezes, por estar deprimido ou sem inspiração. Tenho sessenta e dois anos, mas ainda espero que os problemas que tenho tido nos últimos anos sejam resolvidos e eu volte a ter uma vida mais tranquila e com menos preocupações.
Os posts sobre trens às vezes acho que são cansativos. Há épocas em que falo muito de São Paulo e eventualmente de outras cidades. Gosto da história, principalmente das cidades que conheço. Já com ferrovias brasileiras, que, embora 99% delas apareçam em meu site sobre estações ferroviárias, gosto de todas, embora não conheça todas elas. Jamais estive na região Norte do país, por exemplo. E estive pouco no nordeste. Nunca visitei a região Centro-Oeste, também. Mesmo assim, tenho grande alegria quando recebo informações e fotografias de todo o Brasil e até do mundo, para aproveitar no site. Não consigo, é evidente, usar tudo.
De vez em quando vejo uns e-mails pendentes que escrevi ou que recebi há anos e ficaram perdidos no meio de tantas outras informações. Uma das que mais acho curiosa é uma que meu filho Alexandre me mandou - é de 2005, eu o havia copiado e ele me o retornou há meses atrás. Vou transcrevê-lo abaixo, e mostra a minha surpresa, na época, por haver estado dez dias em Salvador e ler os jornais da cidade, descobrindo que a Bahia parece ser só Salvador para os baianos. O interior não existe. Vejam:
"Estou de volta de uma semana em Salvador, aliãs, 9 dias, dos quais trabalhei atendendo um casal de espanhóis e em duas manhãs me dediquei a visitar o interior mais próximo do Estado da Bahia e fotografar, claro, o que restou das estações ferroviãrias da antiga Leste Brasileiro, hoje concessionada à FCA.
Não deu para andar no trem de suburbios da CBTU, Salvador-Paripe, infelizmente, pois o percurso é muito bonito, costeando o mar na parte leste da Baía de Todos os Santos e passando por locais que hoje são pobres, mas que até 30-40 anos atrás eram áreas de casas de veraneio do pessoal mais abastado da região.
Deu para sentir, também, que, para o povo de Salvador, o Estado da Bahia tem mais ou menos os seguintes limites: do Pelourinho a Itapoã, dali para as praias do norte, e depois, alguns enclaves das praias do litoral sul. O resto, Alagoinhas, Feira de Santana, Vitória da Conquista e outras cidades maiores e menores, parece não existir. Também não parece existir nada ao norte do Mercado Modelo, na Cidade Baixa. Como a estação da Calçada, de onde partem os trens de subúrbio, fica cerca de 2 km para o norte, ninguém se importa com ela.
Mas eu fui lá conferir, e fotografar a fachada frontal e lateral. Não deu para entrar infelizmente, pois somente consegui alguma folga para isso no fim de semana e, meio vazio, o lugar fica barra pesada. E também seria provável que o pessoal da CBTU, que opera o trem, não deixasse fotografar lá dentro. Então, fiquem com as fotos da fachada mesmo. Quanto ao interior, onde me meti fotografando, só mesmo indo para ver, pois, nos jornais, não aparece é nada.
Uma das exceções foi uma reportagem sobre o aeroporto da cidade de Barreiras, que fica não muito longe da divisa da Bahia com Goiás, que depois eu mando para o Wanderley, que vai achar interessante. Na Bahia não aparece nada sobre o interioir, mas no Estadão de hoje, saiu uma reportagem sobre cultura de café no município baiano de Luiz Eduardo Magalhães, que aliás é perto de Barreiras. Abraços Ralph"
Fica a lembrança para os baianos. Hoje, nove anos mais tarde, tenho bastante informação sobre as ferrovias baianas, mas a maioria chegou depois disso. As fotos que publico aqui são de Calçada, mas "cacei" nessa época o interior do Estado, chegando a oeste até São Felix e a nordeste até Alagoinhas.
Não deu para andar no trem de suburbios da CBTU, Salvador-Paripe, infelizmente, pois o percurso é muito bonito, costeando o mar na parte leste da Baía de Todos os Santos e passando por locais que hoje são pobres, mas que até 30-40 anos atrás eram áreas de casas de veraneio do pessoal mais abastado da região.
Deu para sentir, também, que, para o povo de Salvador, o Estado da Bahia tem mais ou menos os seguintes limites: do Pelourinho a Itapoã, dali para as praias do norte, e depois, alguns enclaves das praias do litoral sul. O resto, Alagoinhas, Feira de Santana, Vitória da Conquista e outras cidades maiores e menores, parece não existir. Também não parece existir nada ao norte do Mercado Modelo, na Cidade Baixa. Como a estação da Calçada, de onde partem os trens de subúrbio, fica cerca de 2 km para o norte, ninguém se importa com ela.
Mas eu fui lá conferir, e fotografar a fachada frontal e lateral. Não deu para entrar infelizmente, pois somente consegui alguma folga para isso no fim de semana e, meio vazio, o lugar fica barra pesada. E também seria provável que o pessoal da CBTU, que opera o trem, não deixasse fotografar lá dentro. Então, fiquem com as fotos da fachada mesmo. Quanto ao interior, onde me meti fotografando, só mesmo indo para ver, pois, nos jornais, não aparece é nada.
Uma das exceções foi uma reportagem sobre o aeroporto da cidade de Barreiras, que fica não muito longe da divisa da Bahia com Goiás, que depois eu mando para o Wanderley, que vai achar interessante. Na Bahia não aparece nada sobre o interioir, mas no Estadão de hoje, saiu uma reportagem sobre cultura de café no município baiano de Luiz Eduardo Magalhães, que aliás é perto de Barreiras. Abraços Ralph"
Fica a lembrança para os baianos. Hoje, nove anos mais tarde, tenho bastante informação sobre as ferrovias baianas, mas a maioria chegou depois disso. As fotos que publico aqui são de Calçada, mas "cacei" nessa época o interior do Estado, chegando a oeste até São Felix e a nordeste até Alagoinhas.
Caro Ralph: parabéns pelo Blog. Eu o acompanho desde sua criação. O mesmo, juntamente com o seu site de estações ferroviárias, estão marcados como "favoritos" nas barras de menu dos navegadores dos computadores do trabalho e de casa.
ResponderExcluirAbraços.
Olá Ralph! Eu também acompanho desde que conheci o blog e o site sobre ferrovias. Segue reportagem do G1 sobre a Transnordestina abraços.
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/ceara/noticia/2014/03/trecho-cearense-de-ferrovia-de-r-75-bilhoes-tem-so-4-de-obra-concluida.html
Parabéns, Ralph, pela data e pela sua dedicação incansável em escrever sobre nossa amada Ferrovia. Desejo muito sucesso e inspiração em seus trabalhos.
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