sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

TRILHOS POR TODA PARTE


No bairro do Jaguaré, em São Paulo, ao se andar de carro ou a pé, percebe-se a presença de trilhos por toda parte. Há trilhos à margem da avenida Marginal (Engenheiro Billings) esquerda do rio Pinheiros, mais cruzando a avenida Jaguaré numa praça "balão", trilhos cruzando outras avenidas que cruzam a avenida Jaguaré e a avenida Escola Politécnica...

E há trilhos que cruzam a avenida Presidente Altino e depois acompanham esta avenida do lado direito de quem segue para a avenida Corifeu de Azevedo Marques. Esta é a única linha que funciona esporadicamente.

É uma malha enorme, hoje coberta por mato, asfalto, favelas e também com muitos trilhos arrancados e roubados. Essa malha foi instalada no início dos anos 1940, como parte de um loteamento industrial realizado pela família Dumont Villares.

Boa parte dessa malha foi sendo invadida por favelas. Os trilhos eram propriedade da Sorocabana? Ou eram desvios particulares instalados pelo loteamento e apenas utilizados pela ferrovia? O mais provável - vou admitir aqui como certo - que tenham sido colocados pelos loteadores e cedidos à Sorocabana. Toda a rede partia do pátio da estação de Presidente Altino, operada pela Sorocabana e depois pela FEPASA. Hoje esse pátio é operado pela CPTM e pela ALL.

É interessante como o poder público e mesmo os donos de terrenos invadidos pouco se importaram com as invasões na região, além de não se importarem com o roub o dos trilhos, do fechamento pouco a pouco de toda essa rede, que evitava a presença de inúmeros caminhões na região.

Ninguém liga para nada e o prejuízo, por sua vez, é repassado para os nossos bolsos. Nessa "brincadeira", os únicos que se deram bem foram os invasores. Alguns deles até ganharam apartamentos no conjunto residencial que foi construído em parte sobre uma das linhas de desvio que ainda estava funcionando até o ano de 2002.

Para saber mais, vejam a página sobre estes desvios em meu site.

5 comentários:

  1. Comentário de João César, de 26/2/2011, transcrito aqui por mim: "Há algum tempo já venho levantando com meus alunos a questão da reurbanização da favela, que simplesmente ignorou a estrada de ferro. Os alunos mesmos e nós, professores, já sentimos o impacto da não utilização da ferrovia: nossa escola está exatamente ao lado da antiga entrada da ferrovia dentro do Moinho Água Branca. O que antes era feito pelos trens, agora é feito por dezenas de caminhões que são obrigados a ficarem estacionados ao longo de toda av. Kenkit, impedindo o estacionamento dos veículos dos professores e usuários do CEU, além de oferecerem "esconderijo" para pessoas "perigosas" aos alunos. E a Prefeitura, ciente de tudo, apenas diz que está elaborando "um estudo técnico" (isso há quase dois anos!). Já "encostamos na parede" muitas autoridades e constantemente procuro registrar a situação do entorno. Muito desse material venho postando em meu blog http://www.comunidade.pro.br/ E tudo começou pela ineficiência da própria Prefeitura, que reurbanizou a favela, desconsiderando a ferrovia que ali passava".

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  2. o moinho agua branca e abastecido esporadicamente pela mrs ja o cimento que e a linha que atravessa a prassa e margeia a marginal pinhriros passando pela favela foi desativada junto com o fim deste mesmo terminal de cimento existia tambem uma linha para o terminal da coperativa agricola cotia se nao me engano este por sua ves esta com a linha completamente obstruida por uma favela q se espreme encima da linha entre os predios regulares

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  3. Sim, Geraldo, se v. for ao link que pus na postagem, há fotos dessa linha da favela ainda ativa.

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  4. na decada de 40/50 tambem tinha o frigorifico wilsson em altino osasco e tinha um ramalzinho la tambem.
    tambem tinha ramais dentro dos antigo batalhao do exercito que tinha no final da rua manoel azanbuja brilhante em 2008 mais ou menos a prefeitura abriu uma avenida (prefeitos e suas avenidas) que corta os barracoes do batalhao beirando o patio de altino e as linhas foram arrancadas e o batalhao desativado mas ainda existe o local o portao no muro da cptm de onde saiaam os trilhos.

    tambem tinhao os desvios da soma ainda ha trilhos por la mas isso ja nao é em altino e entre osasco e comandante sampaio

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  5. Outro exemplo de abandono das instalações e linhas/trilhos ferroviários devido as políticas do governo estadual e ou da prefeitura favorecerem a utilização de caminhões. No Jaguaré, zona oeste da capital, existiu um Parque Industrial que muito contribuiu com o progresso paulistano e que dependeu dos trechos ferroviários, pois os trilhos cruzando a Avenida Jaguaré foram cobertos com terra e depois asfalto.

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