A fotografia foi tirada por mim há sete meses atrás, mas esta calçada no antigo largo da Batata é hoje uma das mais sujas de São Paulo.
Hoje, pouco depois do almoço, saí do escritório e fui a pé até a rua do Sumidouro, em Pinheiros. Tudo conforme esperado: um monte de gente nas calçadas, muito trânsito nas ruas, calçadas semi-destruídas e com muito lixo.
Mas, muito lixo, mesmo. Entre a Eusébio Matoso e a rua de Pinheiros, andando pela Faria Lima, as calçadas estão com buracos de todos os tipos e tamanhos, fora as manchas pretas. Estas manchas são os chicletes que as pessoas cospem no chão e que, com tantas pisadas, se juntam com a poeira preta e vão se assentando no piso, tornando-se manchas negras. São feias e dão uma impressão de sujeira muito grande, mas ruim mesmo é para os primeiros que pisam nelas, que levam metade do material gosmento com eles e vão espalhando-o durante os passos seguintes (e não há o que fazer).
Atravessando a rua dos Pinheiros e logo depois a Teodoro Sampaio, onde hoje está a entrada da estação Faria Lima do metrô, cruza-se logo em seguida a Cardeal Arcoverde. A partir daí, a calçada vira um lixão. Depois que elas foram destruídas e não reconstruídas pelas obras do metrô, ainda por cima recebem todo tipo de lixo: bitucas de cigarro, papel, plásticos, restos de comida... que vem não somente dos pedestres que passam por lá, mas também dos bares que existem no trecho, que é o remanescente do antigo largo da Batata.
Estes bares simplesmente varrem a sujeira do chão e jogam sobre a calçada, ou espalhando tudo ou fazendo um montinho. Num dia muito quente como foi hoje, o cheiro torna-se insuportável. Ainda por cima, entra de volta nos bares, lojas e cabeleireiros que permanecem, claro, de portas escancaradas. O cheiro é nauseante, pude senti-lo hoje.
A prefeitura não limpa coisa alguma, pelo visto. Se limpa, fá-lo mal feito com um antiquado sistema de vassourinhas e funcionários totalmente desmotivados. O negócio, enfim, é: ou se cria uma lei que obriga os estabelecimentos, prédios e casas a limparem as calçadas (e fiscalizando, claro) ou se compram aquelas máquinas que aspiram a sujeira num instante.
Porém, o fato é que se o próprio povo pouco se importa com o lixo que está espalhado e causando mau cheiro e ainda por cima ainda contribui jogando-o nas ruas, então por que a Prefeitura deveria se importar em limpá-lo?
No fim, é exatamente o que acontece. Alguns poucos Ralph vão seguir reclamando da vida e os outros continuam vivendo como na idade média. Haja saúde.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
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Quando saí de minha cidade e vem para a região metropolitana de São Paulo, senti esse impacto. A população de fato não se importa com o lixo. E além da negligência, ainda colaboram para o aumento deste.
ResponderExcluirÉ lamentável. Moro em Mogi das Cruzes, que todo mundo fala que é limpo: uma ova. Deve ser limpa se comparada com Suzano e outras cidades da região, mas para meu padrão é suja demais - vide absorvente sujo colado no poste que vi algum tempo atrás.
Realmente é difícil saber o que se passa na cabeça do povão que "curte" nadar no lixo, especialmente aqui na região metropolitana de São Paulo. Para mim, é deprimente, a ponto de entrar em desespero.
Ah, como seria muito melhor se cada um fizesse sua parte!