Na minha pequena volta pelo interiorzão de São Paulo, naquela parte que há cem anos atrás ainda era "terra desabitada e povoada por índios", pernoitei nesta noite que passou em Pirajuí. Um hotelzinho simpático na avenida de acesso à cidade (Pirajuí Plaza Hotel), atei as cordas do meu Toyota e fui dormir.
Uma das belas casas da cidade.
Antes, porém, já noite, resolvi dar uma volta de carro pela cidade. Nem precisava, pois com quatro quarteirões eu já estava na praça central. Comi um sanduíche - não achei restaurante algum (não devo ter procurado bem - será?). De manhã, outra vez fui à cidade antes de seguir viagem. Fui primeiro à estação. Sem surpresa para mim, pois conhecia inúmeras fotos dela, um abandono total e ruínas de dar dó.Outro casarão de Pirajuí.
O pessoal fez um bom trabalho nesse sentido, considerando que só faz 18 anos que a estação foi fechada, com o fim dos trens da Noroeste em 1992. O curioso é que o bairro mais novo e chique da cidade fica junto à estação - e para atingi-lo precisamos passar por um viaduto sob a linha que é quase um bueiro, em curva e por onde passa um carro somente por vez. Segurança máxima! Para completar, sobre o bueiro há uma placa do DNIT dizendo que o viaduto é de propriedade dele.
Velhas casinhas de madeira dos primórdios da cidade ao longo do antigo leito do velho ramal.
Também deu para ver onde era a estação velha, aquela do ramalzinho que vinha de Presidente Alves, entre 1925 e 1948 (nesse ano a linha-tronco foi "endireitada" e a cidade foi incorporada a ela, desaparecendo o ramal). Estava na cara: na entrada da cidade, há uma rua típica de ferrovia, com armazéns mais antigos e na parte mais baixa da cidade. Confirmei com uns velhinhos na praça - um deles me disse que se casou em 1944 e veio de vapor para a cidade ainda no trenzinho do ramal. O que é no local da antiga estação hoje? Claro, uma rodoviária - a velha estação foi derrubada quando entregaram a nova do outro lado da cidade.
A cidade acaba ali...
Há ainda umas casas velhas e interessantes na cidade, que é bem pequena - dá para ver onde ela acaba, basta ver a fotografia que fiz e pus nesta postagem, logo acima. Não demorou muito, peguei de novo o Toyota e segui viagem pela Marechal Rondon. Entre Pirajuí e Lins, bem como entre Bauru e Pirajuí, nenhuma cidade chega à rodovia - por isso, não entrei em nenhuma delas. Somente as citadas chegam.
Em Lins, nenhuma grande novidade, apenas passei para conhecer pessoalmente um amigo de Internet, o Daniel, que me recebeu muito bem. Gente fina é realmente outra coisa.
E cadê a foto do viaduto?
ResponderExcluirNão tirei a foto. Nem valia a pena.
ResponderExcluirNem para matar a curiosidade? De repente, valeria uma postagem junto com a maravilha da engenharia que são as pontes triangulares que ligam dois lados da cidade em Aguaí, próximo à estação. As pontes, além de praticamente triangulares, têm seus pilares no meio da avanida que margeia a linha do trem.
ResponderExcluirGrande Ralph...Tudo bem?
ResponderExcluirNão entrou em Cafelândia?? Lá tem uns prédios interessantes da ferrovia.
E Lins?? A rotunda e a antiga estação??
Não, caro Fábio. Meu giro foi grande e com pouco tempo. Não havia como visitar tudo, infelizmente. Fotos da área ferroviária de Lins e Cafelândia não são problema para mim, mas eu sempre gosto de visitar os locais. Desta vez não deu.
ResponderExcluirTe perguntei pq faz tempo que não vou para aqueles lados. A última vez foi em 2001.
ResponderExcluirEstou planejando fazer um tour por Guarantã, Cafelândia e Lins.
Assim que sair, te mando algumas fotos.
Abraços,