A estação de Tupã. Reformada em 1968, ganhou nesse ano a cobertura metálica, que é vista na foto, da estação ferroviária de Guatapará, que acabara de ser desativada
Ontem, dia 28, depois de deixar Lins quase ao meio-dia, segui para Tupã. Saí de Lins pela BR-153, uma das raras (graças a Deus!) estradas federais do Estado. Andei cerca de 20 km por ela, cheguei a Getulina (um sacrilégio, uma cidade em São Paulo com o nome do ditador comedor de criancinhas) e ali mudei para a SP-363. Seriemas cruzando a pista e gaviões sobre mourões à parte, a rodovia estadual estava muito melhor do que a federal.
Uma das casas em Santa América. Esta está abandonada.
Passei por um vilarejo chamado Santa América, com meia dúzia de casas antigas caindo aos pedaços e parte abandonadas. Típico resto de colônia de fazenda. Também passei por um bairro chamado Marco Oito (nome simpático) e cheguei a Queiroz, sede de município. Coisa de político, pois com aquele tamanho não devia nem ser distrito. Nada de bonito por ali, exceto a curiosidade de duas chaminés na saída da cidade, restos de alguma usina ou cerâmica demolida, com uma placa de construção de uma praça com nome de um japonês. Aliás, para cruzar a cidade, não deu três minutos de carro.
Rio Feio - também chamado de Aguapeí, visto da ponte da BR-153, sentido foz.
O local seguinte foi Juliânia, um bairro pequeno. A seguir, a chegada em Tupã. Entra-se em Tupã - pelo menos quem vem de Lins - por uma avenida que é continuação da estrada. Parece que noventa por cento do comércio da cidade está nela. A cidade é bem grandinha: pelo tamanho, deve estar perto de 100 mil habitantes. Não conferi. A estação da Paulista ainda esstá lá em petição de miséria. Trem é raridade, cargas só muito de vez em quando. As linhas estão cobertas de mato.
Chaminés na saída de Queiroz. O que havia junto foi derrubado.
Não achei nem uma casa que me desse vontade de fotografar. Apenas achei curioso o portão do estádio local e, claro, fotografei a estação, mas já tinha plena consciência de como ela estava, pelas fotos enviadas a mim pelos meus "correspondentes" do site das estações. Uma pena. Aliás, talvez pelo fato de a cidade ter sido fundada cerca de 6 anos antes (1935) de a Paulista passar com seus trilhos por lá (1941), o centro é relativamente longe da estação. Ou seja, a cidade já não era tão pequena quando os trilhos chegaram, tendo eles sido colocados no limite urbano de então. E quem descia em Tupã tinha certamente de se utilizar de alguma condução para seguir para o centro, a pé ficava difícil.
Portão do estádio de futebol de Tupã.
Rio Cainqangue, visto da SP-383.
Rio Tibiriçá, visto da SP-383.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
DE LINS A TUPÃ
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Ora, passou aqui por minha cidade? Se soubesse, até poderia ter combinado um encontro para conhecê-lo pessoalmente. Só para constar, Tupã tem cerca de 65 mil habitantes, e parece que não vai muito longe disso, estando "empacada" nesse número há tempos. Com relação à estação de trem, finalmente a prefeitura municipal conseguiu a cessão do prédio e do barracão junto ao governo federal. A idéia é implantar ali o "Museu do Tropeiro", tendo até uma "arte" prévia de como o prédio ficará após a mudança e restauração. O problema é que para isso precisa de verba federal, e esta, aliás, não tem previsão de liberação, então a estação deve ficar abandonada ainda por um bom tempo. E trem por aqui, desde fevereiro do ano passado não passa mais nada, nem mesmo o trem de capina química da ALL, que neste ano, mesmo com potencial de cargas na região que, se bem trabalhado, chegaria a uns 2 milhões de toneladas entre açúcar e óleo das cidades e usinas das redondezas, disse "não ter interesse" em fornecer transporte de trem. Espero que tenha tido uma passagem tranquila pela cidade, e desejo que tudo corra bem no seu resto de viagem.
ResponderExcluirAdriano, coloquei suas informações sobre Tupã em meu site www.estacoesferroviarias.com.br, e gostaria de ter seu nome completo para colocar como fonte. Obrigado
ResponderExcluirSaudações novamente, Ralph. Eis meu nome completo: ADRIANO DE AVANCE MORENO. No mais, um bom dia, e continue tendo uma boa viagem aqui pela região...
ResponderExcluirCoincidência sobre Getulina: comprei nessa semana um livro com a vida do radialista Osmar Santos, e assim acabo de saber que foi nessa SP-363, bem junto ao acesso a Getulina, que o Osmar sofreu o grave acidente que encerrou sua carreira no rádio. Ele foi possivelmente o melhor narrador de futebol de todos os tempos. O médico que o salvou, Jorge Pagura, acaba de assumir a secretaria estadual de esportes. Estou adorando esse seu giro pelo interior do estado, que conheço tão pouco.
ResponderExcluirO nome da cidade de Getulina não é uma homenagem a Getúlio Vragas, mas a esposa do fundador da cidade que se chamava Getúlia
ResponderExcluirDigitei errado o nome do presidente é Getúlio Vargas
ResponderExcluirInteressante sobre o nome... tem gente na cidade que talvez tenha se arrependido disso, ou então aproveitaram para puxar o saco do "grande ditador".
ResponderExcluirA foto do portão do estádio (que é tombado) mostra mais a fachada da sorveteria do lado de cá da rua do que o portão em si, e ainda tem dois carros na foto. Podia ao menos ter atravessado a rua e chegado mais perto. Um registro de algo tão antigo deveria ser feito com mais cuidado, até porque v. não passa ali todo dia, pelo que entendi.
ResponderExcluirBom, eu tiro foto do que eu acho interessante.
ResponderExcluirFaltou uma visita ao Museu India Vanuíre em Tupã
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