sábado, 25 de julho de 2009

SOLUCIONANDO O PROBLEMA DOS ÔNIBUS FRETADOS

Embora a questão da proibição do tráfego de ônibus fretados em SP não me afete diretamente, estou acompanhando o reboliço que está ocorrendo entre os usuários santistas desses serviços. Vários deles estão pensando em voltar a morar em SP, pois ficará impraticável para eles usar diariamente o fretado só até alguma estação de Metrô e depois embarcar no transporte público já saturado pelo bilhete único.

Aliás, em março usei o metrô no horário de pico. Há dez anos eu não fazia isso e fiquei espantado com o enorme movimento...

Acho que essa questão é mais uma conseqüência do abandono do transporte metropolitano por parte do Governo. Se tivéssemos trens rápidos e confiáveis entre a Capital e as cidades vizinhas – digo, além das cidades que o trem já alcança hoje, como Mogi, Suzano, Itapevi, Barueri, Osasco e o ABC – ou seja, cidades como Santos, Campinas, São José dos Campos, Sorocaba), com velocidade nada miraculosa, apenas composições que permitissem uma velocidade média de uns 80 km/h - não teríamos essa situação. Lembrar que o trem metropolitano da CPTM entre Jundiaí e São Paulo em alguns trechos anda a 90 km/hora.

No caso de Santos, bastaria ter o tramo sul do anel ferroviário desativar o que parece ser a única ferrovia de cremalheira de carga pesada do mundo (resquício da antiga São Paulo Railway – SPR), deslocar a carga para a agora septuagenária Mayrink-Santos (pronta para aguentar o tranco) e colocar trens de passageiros na linha da MRS. Está bem, vencer a serra em 20 minutos é um pouco demorado, mas poder-se-ia ganhar velocidade nos trechos planos, especialmente na área urbana de São Paulo – onde, aliás, o trem da CPTM já anda até Rio Grande da Serra.

As únicas experiências nesse sentido foram feitas pela SPR, com os TUD (Trens Unidade Diesel São Paulo-Santos na década de 1930 e o “Gualixo” ou litorina entre São Paulo e 'Campinas, na época em colaboração com a finada Paulista). Dizem também que os trens “Carmen Miranda” – que rodaram até os anos 1970 – foram inicialmente adquiridos para reforçar a rota Capital-Sorocaba, mas acabaram ficando pelos subúrbios de SP mesmo. Por sua vez, a Central do Brasil (e depois a CBTU) nunca foi além de Mogi das Cruzes em termos de transporte metropolitano paulista, embora tivesse trilhos (mas não eletrificação) para isso na época.

Se isto houvesse sido feito (e mantido com qualidade), certamente os ônibus fretados estariam menos presentes na cidade como o são hoje. Sempre há tempo para se começar hoje... (texto adaptado de um colega ferreofan que me mandou uma mensagem levantando o assunto hoje). Foto: Rafael Asquini – modificada.

5 comentários:

  1. Ola Ralph.
    Meu nome é Leonardo e ando muito de bicicleta por São Paulo, aliás sempre que não esta chovendo vou de bicicleta do Tremembé ao meu trabalho na Paulista.
    Faz muito tempo que conheci seu site de Estações Ferroviárias e fiquei encantado com poder conhecer a malha ferroviária que outrora serviu nossa cidade.

    Um grupo de ciclistas, nos quais me incluo, planejamos um passeio ciclístico pela cidade de São Paulo no dia 7 de Setembro, ao som do "Trem das Onze", pretendemos percorrer o traçado do ramal de Guarulhos, do Mercadão até o Jaçanã, planejamos levar alguns instrumentos musicais para improvisar antigos sambas, parando nos lugares que cada estação ficava.

    Se não houver inconveniênte, gostaria de declamar as descrições que você faz no site de cada estação, para assim tornar mais interessante este saudoso percurso.

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  2. Não há inconveniente nenhum... (sem circunflexo, por favor!) divirta-se. Ralph

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  3. Caro Ralph, meu nome é Cinésio, e eu moro em Piquet Carneiro, uma das cidades por onde irá passar a Transnordestina.

    Há duas estações ferroviárias aqui, a da Sede e a do Distrito de Ibicuã. Tenho fotos atualizadas do prédio da Sede, e ainda esta semana vou a Ibicuã para fazer uma reportagem para o jornal do qual sou editor, o Informe gerAção (www.informegeracao.com), e me disponho desde já a lhe fornecer as fotos e ainda a complementar os dados constantes do seu site, muito bem organizado e de uma utilidade tremenda, coletando novas informações que façam parte do momento presente em relação aos referidos "monumentos" históricos de Piquet Carneiro, desde que tenha indicação de minha autoria e colaboração no seu site.

    Como sou jornalista, História faz parte do meu dia-a-dia; não sei se você ganha alguma coisa fazendo o que faz, mas se estiver interessado em bancar as passagens posso atualizar as suas informações acerca das estações que se encontrem no Ceará com fotos, entrevistas, e vídeos inclusive, se lhe for cabível.

    Sem mais para o momento,

    Cinésio Lima - PIQUET CARNEIRO/CE
    cinesiolima@ig.com.br

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  4. Cinesio, agradeço as informações. Quanto ao blog, por favor, comentários devem se ater ao assunto da postagem e não a outros totalmente diferentes. Grato Ralph

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  5. Prezado Ralph Giesbrecht, olá.
    Inseri o website "Estações Ferroviárias do Brasil" no blogroll do "Família Gurgel Carlos".
    O mencionado website, ao registrar a história da EF Otávio Bonfim, tem a ver com os objetivos desse blog (http://gurgel-carlos.blogspot.com) que eu edito.
    Publico também o blog EntreMentes (http://blogdopg.blogspot.com) no qual aguardo sua visita.
    Cordialmente,
    Paulo Gurgel

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