sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A RENÚNCIA DE JANIO E AS FERROVIAS

Estação Barão de Mauá - publicada em 30/8/1961
Em 25 de agosto de 1961, o então Presidente da República, Jânio Quadros, renunciou, devido às "forças ocultas", segundo ele mesmo. Sem discutir aqui o assunto politicamente nem a verdadeira razão da renúncia, lendo a Folha de S. Paulo dos dias seguintes achei as influências sobre as ferrovias brasileiras causadas pela bagunça que se formou depois do ato de Jânio.

Encontrei três fotografias interessantes (como sempre, de má qualidade, pois o site do jornal compromete as figuras).
Estação de Jundiaí da EFSJ - publicada em 31/8/1961
Uma delas mostra, em publicação em 30 de agosto, tropas federais na estação da Leopoldina no Rio (a Barão de Mauá), protegendo a estação de grevistas da ferrovia que protestavam contra o fato de os militares estarem impedindo a posse do vice, João Goulart.

Outra mostra forças federais na estação de Jundiaí, da E. F. Santos a Jundiaí.

A outra mostra tropas do Exército "em frente ao prédio do Mackenzie", na esquina da rua Maria Antonia com a rua Itambé, em Higienópolis. No caso, ainda existiam os bondes que passavam na primeira rua e seguiam pela avenida Higienópolis, e seus trilhos, claro.
Trilhos do bonde em frente ao Mackenzie - publicado em 31/8/1961
Apenas para constar. Certamente houve muitas outras investidas nas principais estações do país e nas ruas de muitas cidades. Foi uma época da qual eu ainda me lembro, apesar de meus nove, quase dez anos de idade na época.

E, mais do que nunca, que Deus salve o Brasil.

3 comentários:

  1. O Brasil naquela época se livrou de um louco e de um escroque de bombachas. Pelo menos uma vez na história tomou a decisão certa.

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  2. É goazdo, minha mae gostava dele. DIsse que ele foi otimo prefeito e governador. Pode até ter sido verdade. Ela fala disso da decadao de 1950. Só que as atitudes dele como presidente chegaram ao nivel de loucura e demencia em alguns casos. Assim, tipo um Collor mais moderado (!!!). E depois, como prefeito nos anos 1980, tambem foi maluc"ao, embora tivesse feito algumas pequenas coisas de qual gostei e em que usou a autoridade. Mas deu tambem ara ver que ele parecia estar à beira da demencia, no geral.

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  3. Certa vez conheci um taxista que no dia do golpe servia ao exército. O batalhão do qual era soldado recebeu ordens de ocupar a estação de Bauru, detalhe que o batalhão era sediado no antigo estado da GB. Partindo do rio após 1 dia de viagem de trem sem água e sem comida alcançaram Bauru, e ocuparam a estação sem resistência, foram recebidos normalmente por uma unidade local do EB que forneceu comida contaminada a tropa, depois de muita disenteria e alguns dias de recuperação voltaram de trem ao Rio, novamente famintos e sedentos e para sua surpresa sua unidade havia sido ocupada por outro batalhão. Dias depois foram todos os praças não graduados dispensados. Ficou claro que a movimentação deles para SP era uma ação de contra- golpe, mas a revolta desse taxista era de que havia sido bicado do EB sem descumprir nenhuma ordem sem dar um tiro e nem mesmo saber o que houve, só percebeu anos depois.

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