Correio Paulistano, 1936
São Paulo teve o seu autódromo de Interlagos aberto por uma empresa particular, a mesma que construiu a estrada nova de Santo Amaro (mais tarde, Auto-Estrada Washington Luiz e hoje somente avenida), justamente com o objetico de levar o paulistano ao autódromo, à represa e também dar-lhe uma alternativa melhor para chegar ao centro de Santo Amaro (incorporado a São Paulo em 1935), em vez de usar a então pavorosa Estrada de Santo Amaro (hoje avenida Santo Amaro).
Antes, porém, a família Villares tinha aquele terreno enorme do lado esquerdo do rio Pinheiros, perto de sua foz no Tietê, entre o rio Jaguaré e a linha da Sorocabana (hoje da CPTM) e queria ali fazer um loteamento industrial, parte residencial e... um autódromo!
Em 1936, portanto quatro anos antes de abrirem Interlagos, os Villares anunciaram o "seu" autódromo nos jornais. Não deu em nada, como sabemos. Sabemos também que aquilo virou mesmo um distrito industrial (hoje uma mistura de galpões abandonados com algumas indústrias, várias favelas e uma pequena área residencial) cheio de desvios ferroviários de bitola métrica e larga que provinham do pátio ferroviário de Presidente Altino. Provinham, pois quase tudo foi arrancado ou asfaltado, escondendo-os dos antigos usuários.
A foto acima mostra uma propaganda do que quase foi esse autódromo.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
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Essa região era promissora nas décadas de 1930 a 1950. Antes da Cidade Universitária ser erigida, no lugar da raia olímpica ficava uma pista de pouso e um pequeno hangar e, segundo relatos de antigos moradores, não era rara a ocasião em que alguns destemidos passavam por baixo das pontes próximas. Aliás, essa família Villares tinha alguma ligação com Santos Dumont. Não?
ResponderExcluirNo lugar aproximado em que ficaria o estádio da planta publicada foi construída uma fábrica de cerveja e outra de embutidos, que funcionou até a década de 1990, se não me engano.
Sacco, veja que no desenho nem apaarece a ponte do Jaguaré - que foi entregue em 1938 e construida pela mesma empresa. A ponte mais proxima era a de Pinheiros, que ligava a rua Butantan com a atual Lemos Monteiro. A da C. Universitaria foi entregue somente por volta de 1966. A familia era Dumont Villares, realmente, eram da familia de Santos Dumont sim.
ExcluirSou "novo" para saber de quaisquer destas informações, mas algo em minha opinião é compartilhada com seu ponto de vista, senhor Ralph: a Avenida que era Estrada continua pavorosa
ResponderExcluirNa parte superior do mapa aparece o Frigorífico Continental em cujas terras foram abertos o Parque Continental e o Shopping Continental. Em 27.02.1916, o frigorífico Continental Products Company publicou uma carta aberta na primeira página do Estadão:
ResponderExcluirhttp://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19160227-13579-nac-0001-999-1-not