A atual estação de Araçatuba (a quarta da cidade desde sua instalação em 1908 - esta foi construída já fora da zona urbana cidade em 1992). Todas as fotos são do colaborador, cujo nome está no texto.
Hoje recebi de um colaborador de meu site sobre estações ferroviárias brasileiras uma série de fotografias e comentários sobre a variante de Jupiá.
Ferdinando Laboriau, antiga Ministro Konder, de 1929.
Mas qua raios é a variante de Jupiá? No final dos anos 1930, a E. F. Noroeste do Brasil começou a construir uma linha a partir de Araçatuba que, em vez de seguir o vale do rio Tietê, encostadinho no rio (ou quase) como era a linha de 1909 que ligava esta cidade ao rio Paraná em Jupiá, seguiria agora pelo divisor de águas dos rios Aguapeí e Feio até atingir o mesmo ponto e cruzar o rio Tietê na ponte construída em 1925.
Iporanga, ou Iporangá, foi demolida. Estes são alguns tijolos remanescentes do prédio, de 1929
Era uma linha mais moderna, com menos curvas e também mais longe da poeirada que era o trecho antigo e de seus focos de malária.
Guararapes-nova, em frente à estação original de Guararapes "velha", de 1949
Em dez anos, a variante foi entregue. O trecho da velha linha entre Araçatuba e Jupiá via Lussanvira foi mantido como um ramal e o mais problemático, entre esta última e Jupiá, passando por Ilha Seca, Timboré e Itapura, foi extinto em 1940.
Guararapes-velha, de 1929
Pouco mais de setenta anos depois, poucas composições cargueiras ainda passam pela variante (que já deixou de ser variante há muito tempo); os trens de passageiros acabaram ali em 1993 e após isso, as estações e pátios tornaram-se um abandono só. Existem, ou existiram, dezessete estações nesse novo trecho, sem contar as duas terminais (Araçatuba e Juquiá). Praticamente todas estão em petição de miséria.
Rubiácea, de 1930
Odilio Pereira de Queiroz Neto, este o nome da boa alma que mandou o material como atualização para o meu site (é bom lembrar que jamais estive nessa região, exceto Araçatuba e que todas as informações dessas estações nas páginas de mau site vieram de pesquisa bibliográfica e colaborações de terceiros), fê-lo referindo-se às seis primeiras estações a partir de Araçatuba. Uma delas foi demolida e as outras cinco estão em ruínas. É incrível que duas ou três delas, mesmo assim, sejam ainda utilizadas como moradias.
Bento de Abreu, de 1930
Assim como os cães ladram e a caravana passam, neste caso, as estações se dissolvem e os trens cargueiros passam.
Valparaíso, de 1932
sábado, 2 de novembro de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
(pequena correção) seguiria agora pelo divisor de águas (espigão)dos rios Aguapeí e Tietê até atingir o mesmo ponto e cruzar o rio Parana na ponte construída em 1925.
ResponderExcluirNão entendi a correção, já que espigão e divisor de águas são basicamente a mesma coisa... abraços
ResponderExcluir