Trilhos pendurados em Parapuã. Fotos Marcelo Braguini Ferreira, junho de 2013.
Parapuã é uma pequena cidade do oeste paulista, fundada em 1934, aguardando o progresso que seria trazido pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, projetada para passar por ali e cravar uma estação ferroviária.
A ferrovia somente chegou ali em 1949. Porém, continuou sua passagem pela região e atingiu as barrancas do rio Paraná, em Panorama, em 1961.
A "Alta Paulista" e a "Nova Alta Paulista", como se chamaram as regiões após Piratininga (próxima a Bauru) cresceu com a ferrovia e até com a espera por ela. E entrou em decadência juntamente com a ferrovia, que, depois de 1998, deixou de por ali circular, embora tenha a concessão da América Latina Logistica - a (im)popular ALL.
Esta passa além de Bauru apenas de vez em nunca, com autos de linha e eventualmente com carros de capina química.
Em Parapuã, recentemente, abriu-se uma vossoroca debaixo da linha que um dia deixou passar os famosos expressos da Paulista e depois, da FEPASA. A concessionária ALL, como sói acontecer, pouco se importou e não apareceu por ali.
Hoje, carro algum da ferrovia pode pensar em passar por ali no sentido Adamantina. E fica tudo por isso mesmo. Vergonha para o Brasil. Afinal, os donos da linha não são, desde a desastrosa entrega da FEPASA para a RFFSA em 1998, mais o estado de São Paulo, que, portanto, nada pode fazer. Quanto tempo demorará para que a ALL se mexa para resolver o problema? Ou acaba de ser decretado, com isso, o fim de vez da ferrovia e do tráfego para Adamantina e Panorama?
domingo, 16 de junho de 2013
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