domingo, 3 de abril de 2011

POVO OU EMPREITEIRAS?

A cidade de Pederneiras não é muito mais do que isso hoje. A foto foi tomada em 2008 a partir da estação ferroviária. Há dois prédios de apartamentos na cidade. Não sei por que existem prédios numa cidade tão pequena.
A notícia abaixo é de 31 de março último e foi republicada no site da Revista Ferroviária. A fonte é a JCNet.

Antes, porém, gostaria de salientar que conheço as quatro cidades envolvidas. Nenhuma delas tem nenhuma - repito, nenhuma - necessidade de terem viadutos sobre linhas de trens que por elas passam. As linhas passam hoje pela área limítrofe da cidade, como quando foram construídas (Pederneiras, 1903; Botucatu, 1889; Dois Córregos, 1886 e Jaú, 1941). De lá para cá, a cidade ultrapassou pouco a linha - Botucatu talvez tenha sido a que mais avançou além dela. Populações atuais: respectivamente 42 mil, 127 mil, 25 mil e 131 mil, tudo de acordo com o censo do IBGE de 2010.

É um absurdo direcionar verbas para construções inúteis em cidades pequenas - especialmente Dois Córregos e Pederneiras. Não há tráfego que justifique, nem muito movimento para o outro lado de linhas que têm baixa população. A pergunta é: quem se quer benficiar aqui? A população dessas cidades, que nada têm a ganhar com isso, ou determinadas empreiteiras?

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão do Ministério dos Transportes, engenheiro Ricardo Madalena informou ontem que técnicos vão fazer o projeto técnico para calcular os custos das futuras obras de transposição de trilhos de ferrovias federais para Pederneiras, Botucatu, Dois Córregos e Jaú.

As equipes vão visitar os quatro municípios na sexta-feira. “Os engenheiros e técnicos farão o levantamento topográfico para elaborar o projeto executivo da obra de arte. É, a partir desse projeto, que deve ficar pronto em 180 dias, que teremos o custo total de cada investimento”, explica.

Em Pederneiras, a transposição dos trilhos será por um viaduto de 60 metros sobre a ferrovia que liga Panorama-Bauru-Itirapina. O projeto está orçado em R$ 546,6 mil e tem prazo de 180 dias para ser concluído. Já em Botucatu, a ferrovia que receberá a obra será a que liga Mairinque e Rubião Júnior, em seu trecho no perímetro urbano. Orçado em R$ 495 mil, também tem 180 dias de prazo para conclusão dos levantamentos. O viaduto deve ter cerca de 80 metros de extensão se viabilizado.

A futura obra em Dois Córregos também será na ferrovia Panorama-Bauru-Itirapina, com extensão de 60 metros. O levantamento técnico no local está orçado em R$ 545,3 mil, cujo projeto final vai apontar a solução definitiva para que o trânsito no perímetro urbano flua melhor.

De acordo com as informações do Dnit, serão duas obras para possibilitar a passagem de veículos sob a ferrovia em Jaú. Uma delas, um viaduto ferroviário de 80 metros, vai dar passagem para os veículos transitarem sob a ferrovia, ligando as avenidas Alberto Maziero e Francisco Canhos. O segundo viaduto ferroviário, mais curto, terá 40 metros e vai substituir o antigo pontilhão. A obra libera o acesso entre a Alameda Lourenço e a rua Claudio Prado, ligando os diversos bairros na região. Esse projeto, também com prazo de seis meses para ficar pronto, está orçado em R$ 597,6 mil. As obras dependerão de uma segunda etapa, que é obter os recursos junto ao governo federal.

Um comentário:

  1. Pois é amigo meu avo José Marcelino, foi administrador da Santa Veridiana, vejam só como o mundo é pequeno.
    Tive um tio que foi chefe de estção em Casa Branca(velha), depois transferiu-se para Ribeirão preto onde aposentou.
    Tive vários tios chefes de estação, e também maquinistas na EFSJ.
    Tenho uma saudade muito grande de quando fazia a baldeação na luz e ia até Campinas pela Paulista, ai nova baldeação para a Mogiana e ia até Casa Branca.
    Parabéns amigo por estas suas pesquisas que fazem tão bem e nos faz voltar a um passado gostoso.

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