Inundação em São Paulo em 1948. Foto O Estado de S. Paulo
Hoje choveu. Grande novidade, principalmente se analisarmos o que choveu nos três primeiros meses do ano. Arrastou boa parte da cidade para o bueiro, com lixo e tudo, com catrástrofes e inundações. Como sempre foi, só que, aparentemente, este ano foi demais da conta. Aqui e pelo Brasil afora. Lugares que nunca, ou quase nunca, inundaram, este ano viraram piscinas.
Depois, houve uma calmaria. Seca em boa parte do país, no sul, por exemplo. Em São Paulo, no entanto, não foi problemático em termos de abastecimento de água. Hoje, a chuva voltou, e com uma curiosidade: pela manhã. Começou a trovejar e depois a chuva chegou pela manhã! Não é um fato comum de se ver.
Não sou metereologista (ou meteorologista?), nem de longe. Pouco entendo de fenômenos climáticos, a não ser o básico e plhe lá. Porém, posso dizer que, pelo menos em São Paulo, raras vezes vi chuvas fortes começarem de manhã, como hoje. Geralmente começam à tarde, mais para o seu final... ou à noite ou mesmo de madrugada.
Chuva que começa pela manhã pega todo mundo de surpresa, sem capa e sem guarda-chuva. Do meu escritório na Faria Lima via as pessoas passarem correndo e se escondendo da chuva. Chuva que, como parecia que ia acontecer, prolongou-se pelo resto do dia. Não tive notícias de inundações até agora, sete e pouco da noite.
Parece, no entanto, que a cidade nada aprendeu com o problema das chuvas so último verão: a sujeira continua por todos os cantos. A varrição ou retirada de lixo não melhorou nada, de forma alguma. É claro que o lixo jogado não é o único motivo das inundações, mas posso garantir que ajuda bastante. As ruas, praças, jardins e córregos continuam imundos. A Marginal do Pinheiros, no trecho em que passo todos os dias (Cebolão-Eusébio Matoso), continua com o lixo das calçadas e a favela invadindo a pista debaixo da ponte ferroviária da CPTM. Nas guias terminais de cada lado das pistas, a quantidade de lixo (papel, pneus, plásticos, animais mortos etc) é tanta que com certeza encheria pelo menos um caminhão grande entre duas pontes.
As notícias do próximo verão, infelizmente, não serão diferentes das do último. Apenas variará em quantidade de acordo com o volume de água que deverá cair.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
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Sim, desde já causa preocupação o despreparo da cidade pra lidar com as águas. Já alertei minha filha, que se inicia na vida cotidiana de carro pela cidade, a ficar com um olho na rua e outro nas nuvens, e fugir bem rápido dos fundos de vale e várzeas, quando a coisa ficar "preta" no céu. A gestão do lixo é o grande calcanhar de Aquiles do poder público. É coisa a ser tratada em dois planos terríveis de complicados: no da (falta de) cultura de cada cidadão, e no interesse encastelado das grandes empreiteira do "lixo", que deveria ser tratato com "riqueza". Abraço.
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