Quis andar no subúrbio de Calçada a Paripe, mas recomendaram-me que não, que era perigoso, etc. Não sei se é, realmente. Mas acabei não indo.
Estação de São Francisco. Foto RMG
Mesmo assim, das quatro estações até Mapele, contando esta inclusive, estive na de Aratu - uma desolação enorme, tudo abandonado - e Mapele, uma construção semi-arruinada no meio de um pântano à beira do mar, no funco da Baía de Todos os Santos. Ali os trilhos se abriam, ao norte para Camaçari, Alagoinhas e Juazeiro. Para leste, iam para Candeias e Cachoeira e, mais longe ainda, Minas Gerais.
Tunel de Mapele, sentido Alagoinhas. Foto RMG
Em diferentes visitas, fui procurando as estações até Alagoinhas, sempre de carro, claro, e até São Felix, esta, em frente à de Cachoeira, do outro lado do rio Paraguassu. As paisagens são muito bonitas. A maioria das estações, no entanto, estava em péssimo estado. Lembro-me que a de Candeias, que, um dia, também foi estação dos dubúrbios, já não era mais e estava ocupada por gente da FCA. Uma bagunça, uma sujeira, mas era local de trabalho, dentro de um prédio que já tinha cem anos de operação.
Igreja próxima à estação já demolida de Passagem dos Teixeiras. Ao fundo a baía (esquerda). Foto RMG
Entrei também pelo antigo ramal de Feira (de Santana), onde achei algumas estações já sem uso (os trilhos foram retirados em 1964), mas esperava encontrar a da cidade de Feira de Santana. Nada, foram para o chão a estação velha e a nova (esta de 1958).
Trens passam pelas ruas de Cachoeira. Foto Revista Ferroviaria (2001)
Foi interessante encontrar Maracangalha, que fica à beira dos trilhos mas já sem sua estação, que, aliás, tinha outro nome: Cinco Rios. O engenho estava abandonado, omo havia outros na mesma condição, como em Santo Amaro.
Estação de Sitio Novo. Mesmo estilo da de Simões Filho. Foto RMG
Em Passagem dos Teixeiras, uma vista maravilhosa da baía, vista do alto.
Já falei de Maracangalha e de Sítio Novo neste blog anteriormente.
Estação de Afligidos. Foto RMG
Infelizmente, não consegui chegar a muitas estações no meio da minhas pesquisas, como Buranhem. Cheguei a outras e logo se percebe que há um estilo "Leste Brasileiro" em que muitas estações foram reconstruídas nos anos 1940. Dias D'Ávila, ainda sendo então utilizada pela FCA, era uma dessas. Idem Simões Filho.
Enfim, algumas recordações dessa viagem. Em termos ferroviários, valeu a pena. Já a pobreza nesses locais chega a ser degradante em alguns casos. Uma penas.
Como estarão todos esses locais hoje, dez anos depois?
Ola, eu sou estudante da "universidade da integração" e quero saber a respeito do lugarejo chamado sergi. lá tinha estação de trem e um antigo engenho que não sei o nome e a quem pertencia se poder me dar alguma informação agradeço.
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