sexta-feira, 19 de novembro de 2010

QUESTÃO DE EDUCAÇÃO


Está bem, acabei de fazer 59 anos, estou mais para um velho rabugento (embora não me considere um velho), mas pô! Dava para as pessoas - boa parte delas, pelo menos - terem um pouco mais de educação e respeito para com as outras pessoas que convivem com elas na cidade de São Paulo?

Por exemplo: o metrô pede para que os usuários, quando se utilizam das escadas rolantes, permaneçam no lado direito delas se quiserem ficar parados, para que, do lado esquerdo, quem tem pressa possa subir as escadas andando. Mas basta olhar as escadas - praticamente todas, a qualquer hora - para ver que ninguém respeita isso. Muitas vezes as escadas estão vazias, mas há duas pessoas conversando uma com a outra, na sua frente, estando uma ao lado da outra, paradas.

Faixa de pedestres? Creio, sem brincadeira, que a maior parte dos motoristas ache que é enfeite. Poucos param, muitos buzinam para quem está atravessando nela, ou seja - é difícil atravessar uma faixa que não tem sinal de pedestres. Quem mais desrespeita são os táxis e os motociclistas. Preconceito meu? Não, observação pura e simples.

Aliás, quem atravessa em faixas de pedestres com o sinal de pedestres fechado corre sério risco, claro. E não prestam atenção para um detalhe: já vi muitas vezes um batalhão de gente atravessando a faixa com o sinal fechado, quando carros estão longe de cruzar ali. Só que quando somente uma ou duas pessoas cruzam, é uma coisa: quando é o batalhão, o risco de uma se chocar com a outra não é pequeno - se o carro está perto e v. se choca com alguém, corre um enorme risco de existir um atropelamento duplo... será que não dá para ver isso?

Lixo: ontem passei na região do mercado. A sujeira no chão das calçadas, o mau cheiro que emana dos líquidos escorridos ( amaior parte caldos de frutas), o lixo de caixas, frutas estragadas e cascas de frutas jogadas por toda a calçada, dificultando quem somente quer... andar. O curioso é que ninguém liga, é como se a sujeira e o mau cheiro façam parte de suas vidas. Incrível. Será que os narizes do pessoal que trabalha e passa constantmente por ali é diferente do meu? Esse problema do lixo, aliás, não ocorre somente ali, não. Na verdade, existe por toda a cidade, em regiões pobres e ricas. Apenas há locais que são mais sujos do que outros. Se a prefeitura fizesse os donos dos imóveis em frente às calçadas responsável pela limpeza diária, isso iria melhorar, certamente - desde que o prefeito fiscalize, claro.

Está bem, eu devo mesmo ser um velho rabugento... os outros é que têm razão.

3 comentários:

  1. Sem falar nas vagas para deficientes e para idosos nos estacionamentos.

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  2. Nem fale, Kelso, nem fale. Isto na hora eu nem lembrei. Se eu lembrasse de tudo, acho que estaria escrevendo esta postagem até agora!!

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  3. Eu me considero um velho de 28 anos...por ter a infelicidade de nascer com alguma noção dessas que voce descreveu...Apesar de ser um entusiasta com todos os tipos de transportes, hoje em dia tenho admiração por distancia. Não consigo mais andar nos trens e metros de São Paulo sem pensar naquilo como um grande faroeste. O maior reprime o menor, e a viajem vai se tornando insuportavel com todos os tipos de ações tipicas de um neandertal. Mas andar de carro resolve? Nããão...se eu quero ir com meu carro que tem 30 anos a 60km, não posso, porque existe uma infinidade de ogros com seus poçantes e cheios de luzes ofuscantes que querem passar por cima. Acho que falei demais, desculpe o complemento do seu desabafo ter ido longe.
    Abraços.

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