A estação de Quintana e seu bar
O local é Quintana, Alta Paulista, Estado de São Paulo. Município e estação ferroviária, é um daqueles que cresceu rápido, já esperando a linha da Paulista chegar, arranjando seu nome com a letra Q, depois de Pompeia , na época em que a Paulista ia construindo e dando seus nomes em ordem alfabética, de tão poucas referências que havia numa região desabitada.
O trem chegou ali em 1940. A cidade, como várias outras na região, cresceu rápido. E depois, também como muitas, estagnou. A Alta Paulista hoje em dia e já há muito tempo pouco significa para a economia do Estado.
A placa mal dá para ler o nome.
A cidade, hoje com 6 mil habitantes, tem ainda sua estação, abandonada. mas ainda servindo como um bar. Até quando, saberá Deus. Ela está no limite da zona urbana. Dá para ver que não há muita coisa próxima a ela, pelas fotos, tomadas pelo Mário Favaretto, há alguns dias atrás.
Solidão dos trilhos
Eu particulamente não fui a Quintana de carro, parei em Marília mesmo, por falta de tempo de continuar. Mas, de trem, passei lá em 1977, no carro de primeira da Paulista, ops, já da FEPASA. Não me lembro da estação. O trem parou lá, alguns desceram, alguns subiram. O movimento não era pequeno, não.
Mas um dia o trem de passageiros parou de vez (2000) e nem a concessionária, hoje a ALL, se interessa em passar por ali com cargueiros. Há voçorocas e trilhos pendurados em muitos pontos por ali. Pouco para ver, infelizmente. A cidade pouco ou nada pode oferecer. Bom, tem um barzinho.
O velho mapa sobrevive colado à parede imunda
E, curiosamente, numa das paredes internas, um mapa da FEPASA, de, provavelmente, 1990, mostra as linhas que ainda tinham movimento cargueiro e de passageiros na época. É um milagre esse mapa ter sobrevivido até hoje. É um milagre que os trilhos ainda estejam lá e a estação esteja de pé. Uma pena.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
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Pois é, Ralph. Aqui na Alta Paulista o trem realmente parou e o trecho ferroviário está em miséria, principalmente de Tupã para frente (sentido Panorama). Hoje nossa região é até conhecida como "corredor da fome". É triste ver a situação e saber que outrora essas pequenas cidades foram o esteio do desenvolvimento e progresso de nosso Estado e Nação. Tudo graças à presença e atuação da Ferrovia. Lamentável.
ResponderExcluirÉ desolador ver a linha atravessando aquelas cidades e não serem usados para absolutamente nada. Só o trator da capina química usa a linha atualmente. Em Tupã o último trem de carga circulou em 2008.
ResponderExcluirVolte a Quintana, a cidade mudou da água pro vinho.
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