sexta-feira, 6 de setembro de 2013

BAIXANDO A POEIRA EM PINHEIROS, SÃO PAULO, CAPITAL


Pelo menos na rua Teodoro Sampaio, entre a Faria Lima e a Cunha Gago (um quarteirão), onde se cavou um enorme buraco em 2/3 da rua e se arrancaram trilhos centenários de debaixo do asfalto, junto com seus dormentes e paralelepípedos, já sei o que estão fazendo.

Até que, apesar de achar que os trilhos deveriam ficar, aquele lero-lero de sempre que costumo escrever (ver a postagem neste blog de 21 de agosto último), agora sei - ou acho que sei, se a informação foi correta - para onde eles vão e por que saíram dali.

Segundo dois funcionários de uma empresa terceirizada de arqueologia encomendada pelo IPHAN e que estavam na manhã desta última quinta-feira junto às pilhas de trilhos (ver foto acima tirada em 21/8) e que desde a data citada não mudaram de local, estes trilhos ou parte destes deverão ser instalados junto do largo de Pinheiros, onde está a igreja, ao vivo e em cores, para que São Paulo se lembre que "um dia o bonde passou por aqui", parafraseando o título de um de meus próprios livros. Ou, pelo menos, eles esperam que isso aconteça, pelo que ouviram.

Ainda segundo eles, a obra na rua ser´para enterramento da fiação aérea, tal qual já fizeram em outras ruas e inclusive em toda a Faria Lima, obra esta que terminou, nesta via, no início deste ano. Isto realmente deixa a cidade mais bonita (ou menos feia, como queiram). Caro, mas vale a pena. Também aproveitam para dar uma reforçada nas galerias de águas pluviais que por ali passam.

Segundo eles, a fiação aérea continuará existindo para além da Cunha Gago, no trecho de mais de dois quilômetros da Teodoro Sampaio que dali sobe para o Cemitério do Araçá; porém, na região do largo da Batata, onde existe já há quatro anos uma obra interminável que incluiu a construção da estação de metrô Faria Lima, algumas outras ruas serão também beneficiadas. Pelo que me disseram, até a rua do Sumidouro.

E eles continuarão por lá, caçando cacos de porcelanas, pequenas tampas de metal, pedaços de garrafas, talheres... tudo coisa de quando a aldeia de Pinheiros somente era alcançável pela Estrada de Sorocaba de um lado e pela Estrada da Boiada por outro. Belo trabalho. Os resultados, pelo pouco que vi, são gratificantes.

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