sábado, 2 de fevereiro de 2013
SÃO PAULO: PROJETOS E REALIDADE
O mapa que posto hoje foi publicado em 1929 e mostra o projeto de construção da atual avenida Professor Alfonso Bovero.
Realmente, a avenida foi construída da forma que está proposta na figura, tendo se utilizado de parte do leito da rua Guiará. Essa rua, hoje, é um pouco mais estreita que a Alfonso Bovero - que deve ter sido sua largura original - e começa na avenida Pompeia, descendo para o vale do córrego da Água Preta, sendo obviamente continuação da atual avenida.
É interessante notar outros detalhes no mapa. As ruas da Vila Pompeia já têm seus nomes atuais (Guiará, Tavares Bastos, Coronel Mello Oliveira, Desembargador Valle, Barão do Bananal, Raul Pompeia e Augusto Miranda) e já existe o reservatório do Sumaré; porém, as ruas transversais a elas não têm os nomes escritos. Teriam elas ainda não sido nomeadas nessa época?
Uma delas era a rua Diana - justamente a que sai da frente do muro do reservatório d'água. Todas as ruas citadas mudam seu nome após cruzá-la, mas, nessa época, os nomes continuavam e as ruas pareciam ainda em projeto. Da Guiará para cima, respectivamente, tornam-se hoje a Ministro Gastão Mesquita, a Wanderley e a Caiubi. O jardim de dois quarteirões desenhado entre as ruas Raul Pompeia, Guiará e avenida Pompeia, não existe hoje e provavelmente jamais chegou a existir. Hoje a rua Barão do Bananal passa por ele e desce a ladeira até o vale da Água Preta.
A avenida Municipal é a atual avenida Doutor Arnaldo, que, realmente, termina um quarteirão abaixo da avenida em projeto na figura. Mais para a direita, a "via Augusta", nome que jamais vi em qualquer outro mapa da cidade, era na verdade a Estrada do Araçá, hoje rua Heitor Penteado. Da avenida Municipal, entre as confluências das ruas Oscar Freire e Arruda Alvim, existe no desenho uma rua que, até onde sei, jamais foi construída. É a que tem a forma de uma banana com um canteiro central e que encontra a Cardoso de Almeida.
Já o loteamento onde ela estava, o "Jardim Sumaré" (o nome não aparece), havia sido lançcao dois anos antes (1927) e hoje as ruas correm, com exceção da citada, praticamente como aparecem no projeto. Nos anos 1970, no entanto, a construção da avenida Paulo VI (na época chamada de ligação Brasil-Sumaré), cortou uma pequena parte do bairro.
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