O mapa acima, de 9/5/1954, não tinha escala, era apenas indicativo. Mas é interessante, Uma Praça da Bandeira ainda muito pequena e a curiosa travessa Noschese - que ainda existe hoje.
A avenida 23 de Maio, em São Paulo, foi inaugurada por volta de 1970 - não me lembro nem consegui ainda achar a data exata. Ela segue da Praça das Bandeiras, antigo largo do Piques, antigo nome mantido até os anos 1940. Do largo do Piques saíam todas as estradas que levavam para a periferia de São Paulo e mesmo para o interior do Estado. Era uma espécie de "marco zero".
A avenida 23 de Maio, no entanto, não era uma destas. O primeiro trecho, curto, da 23 de Maio teria sido aberto em meados do ano de 1954, saindo da então ainda pequena (em relação ao seu tamanho hoje) praça da Bandeira até pouco depois do viaduto sob a avenida Brigadeiro Luiz Antonio. Este, aliás, estava em construção.
Antes, a hoje avenida era um vale com um córrego a céu aberto.
Curioso é que no final de dezembro do ano anterior (1953) haviam sido publicados dois artigos no jornal Folha da Manhã dando conta que o nome da avenida Itororó havia sido mudado, de Itororó para avenida São Paulo (20/12/1953) e para Anhangabaú Superior (27/12/1953).
No dia 9/5/1954, no entanto, na reportagem que falava da abertura do trecho, o nome dado foi o de avenida Itororó, mesmo. Em meados dos anos 1960, eu mesmo me lembro de ver a avenida, já de cima, no largo Guanabara, hoje largo Santa Generosa ou praça Rodrigues de Abreu. Não tinha praticamente trânsito, pois ainda não cruzava a avenida Bernardino de Campos por baixo, como o faz hoje, para descer para o Ibirapuera, Esse trecho não estava pronto ainda. A placa da avenida como 23 de Maio, no entanto, já existia. O nome Itororó - alusão ao córrego que nascia ali perto do largo e descia para o Anhangabaú - já era passado.
Porém, pouco mais de um mês depois, mais precisamente no dia 13 de junho, o mesmo jornal anunciava o envio do projeto de lei 70-54 que alterava o nome da avenida para o atual.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
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Acho que no início de 1969 a avenida já estava aberta. Eu me lembro de ter ido da Liberdade até Santo Amaro passando por ela e fiquei maravilhado com a conexão rápida entre o centrão e o Parque Ibirapuera. Era uma avenida imensa numa região que era um vale cheio de mato. Anos antes íamos da avenida Vergueiro até o Hospital da Beneficência Portuguesa atravessando uma estreita ponte de madeira para pedestres, que me parecia tão alta... O Itororó lá embaixo, tinha até algumas quedas de água. O contraste foi enorme.
ResponderExcluirEu fiz o mesmo trajeto com meu pai em 1964. Pegamos o bonde na parada Piraquara e descemos num ponto da Vergueiro que ficava em frente da igreja/colégio de Santo Agostinho e fomos para a Beneficência descendo uma escada de terra escavada no barranco e que saia na tal ponte de madeira (pinguela como falávamos no interior)
ExcluirA avenida é de 1968.
ResponderExcluirÉ. A inauguração foi em 25.01.1969 aniversário de São Paulo. Segundo reportagem do Estadão do dia 26 (pág.24),foi montado um palanque próximo à rua Joinville onde estavam o prefeito Faria Lima e o governador Abreu Sodré.
ExcluirTenho um guia da cidade de 1960 em que a Juscelino aparece como futura avenida Itororó. O pior é que o tracejado atravessava o Ibirapuera...
09/05/1954 e o aniversario da minha mae. O Itororo e o daquela musica infantil? "Eu fui no Itororo, beber agua e nao achei..."
ResponderExcluirO Estadão publicou em 09.04.67, página 20, reportagem sobre a inauguração parcial da 23 de maio, da rua da Assembléia (onde ficam os "arcos do Jânio") até a rua Pedroso. É interessante que o canteiro central, de 15 metros de largura, foi feito, segundo a matéria, para construção de futura linha do Metrô para a Zona Sul! Esta largura foi mantida até o viaduto Santa Generosa, no Paraíso, mas dali até o Ibirapuera o canteiro ficou estreito. Mais tarde, para comemorar os 80 anos da imigração japonesa, a Tomie Ohtake construiu aquele monumento que ocupou toda a largura do canteiro. O mesmo aconteceu com o canteiro central da rodovia dos Bandeirantes, que deveria ser usado por uma linha de metrô para o aeroporto de Viracopos (ou para uma pista reversível a ser utilizada nos finais de semana), mas que depois construíram o Shopping Serra Azul inviabilizando qualquer das alternativas. Veja a reportagem do Estadão:
ResponderExcluirhttp://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19670409-28215-nac-0020-999-20-not
Outra reportagem do Estadão, em 30.05.67, página 12, voltou a falar do tal Metrô:
ResponderExcluirhttp://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19670530-28258-nac-0012-999-12-not
Estadão, 25.08.67:
ResponderExcluirhttp://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19670825-28333-nac-0013-999-13-not