A estátua de Mauá (de 1910) vai ser vendida como sucata no Rio de Janeiro?
Eu realmente não sei se a Frente Parlamentar em defesa das ferrovias paulistas, instalada há dois dias atrás pela Assembleia Legislativa, vai funcionar mesmo, ou como vai funcionar; o fato é que torço para que sirva para melhorar a péssima situação das estradas de ferro em São Paulo.
O fato é que a sua simples instalação e as notícias em torno dela agitaram o pessoal do Rio de Janeiro - não os políticos, mas os amantes da ferrovia, como eu. Um deles, o Antonio Pastori.
O que ele escreveu não foi surpresa para mim, mas pode ser novidade para muita gente. Alguns nem sabem da situação, outros se indignarão. Ele (Antonio) acha que uma frente similar devia ser instalada no estado fluminense. E diz por que, num e-mail dirigido a mim e a outros conhecidos:
"São Paulo sai na frente e lança sua FPpF - Frente Parlamentar pró Ferrovias. Enquanto isso, aqui no Estado do Rio, onde nasceu a primeira ferrovia do Brasil pelas mãos do Barão de Mauá, nada de bom acontece. Nada, absolutamente nada, exceto:
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A estátua de Mauá jogada no depósito
1) O descaso com a estátua do do próprio Barão, que estava na praça com seu nome e agora está largada num depósito da prefeitura do Rio;
2) O Abandono do trecho da pioneira Linha Auxiliar entre Ambaí e Paraíba do Sul, com 143 km, dos quais sabe-se lá o quanto ainda restam com trilhos;
3) A paralisação das operações da FCA entre a REDUC e Campos, bem como entre Angra dos Reis e Barra Mansa;
4) A erradicação dos trilhos de São Gonçalo e a destruição dos carros de passageiros na área de Praia Formosa e Itaboraí em nome do programa Rio-Cidadania.
5) As dezenas de tentativas frustradas de reativar a E. F. Mauá (a primeira ferrovia do Brasil) e sua sucessora natural, a E. F Grão-Pará, que hoje somente depende da assinatura pelo Governo do Estado de um "tal" TCT - Termo de Cooperação Técnica para ganhar vida oficial.
6) A promessa do TAV Rio-São Paulo-Campinas sair da Estação da Leopoldina (estação Barão de Mauá), onde também seria o instalado o Museu Ferroviário Nacional, obra a cargo do Ministério dos Transportes que, com certeza, não fez nenhum previsão orçamentária para essa obras que não tem data de início.
7) O descaso geral com os bondes de Santa Teresa.
8) O "temporário" fechamento - que já virou eterno - do Museu do Trem pelo IPHAN em Engenho de Dentro;
9) O desinteresse geral das autoridades e parlamentares para com a preservação ferroviária (estações e trens) e com a implantação de TTs (Trens Turísticos) e Trens Regionais."
Realmente, é uma situação muito ruim, mas não é tão pior que a de São Paulo; exceto, talvez, no caso dos trens turísticos, onde aui hé um número razoavel deles, inclusive movidos pela CPTM, órgão do governo estadual.
E apenas um detalhe: o primeiro fato narrado por Pastori mostra que a estátua do Barão de Mauá foi arrancada de seu local onde estava desde 1910 (na praça Mauá, no centro do Rio) e jogada pelo prefeito Eduardo Paes num depósito da Prefeitura (veja fotos aqui, tiradas pelos seus descendentes indignados).
Livros empilhados que vão para o lixo (ver abaixo)
Além disso, outro fato não narrado por ele, mesmo por que não é assunto ferroviário, mas envolve a memória, mostra que a coleção de Diários Oficiais do Estado do Rio de Janeiro (Poder Executivo) encadernados e pertencentes ao acervo da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro serão JOGADOS FORA por decisão do atual Diretor do Departamento Geral de Administração e Finanças (DGAF/SEC) da referida Secretaria, o Sr. MÁRIO CUNHA. Quem tirou a foto que aqui publicamos foi ameaçado e expulso do local.
Brasileiros em geral, acordem. Não é a primeira vez que falo isto, nem fui o primeiro a falar. Porém, parece que poucos abriram os olhos para os grandes problemas da nação... apenas para tentar legalizar a maconha. Vai mal a coisa.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
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