O pátio do Pari nos anos 1950
O jornal O Estado de S. Paulo publicou ontem, sexta-feira, uma reportagem intitulada "Caminhões só poderão circular 12 horas por dia na Marginal do Tietê".
Depois de expor em detalhes o plano em reportagem de Bruno Ribeiro e Felipe Frazão, o Sr. Sergio Ejzenberg resolveu fazer uma análise em uma coluna mais abaixo com o título "Melhoria no trânsito não vai durar mais do que seis meses".
Sérgio expõe sua opinião de que a ideia é boa, dizendo por que, ressaltando, no entanto, o fato que deve funcionar... mas não por mais de seis meses, dando como exemplo o que ocorreu na avenida dos Bandeirantes depois da proibição de caminhões e o que ocorre hoje, meses depois. O trânsito de acomoda. Concordo com o Sr. Sergio.
Porém, no seu artigo ele fala também da Zona Cerealista, em que ele propõe mudar essa "zona" para outras áreas e nela estimular "um processo de renovação urbana". Ledo e grande engano da parte dele.
A zona cerealista do Pari nasceu por causa da ferrovia. A São Paulo Railway colocou ali um enorme pátio para recepção de mercadorias (e cereais) que vinham do interior ou do porto, eram ali estocadas, junto ao então centro da cidade e ali também deistribuídas por carroças... e mais tarde, por caminhões.
Com o contínuo processo de desmoralização e de "anacronização forçada" das ferrovias, fato que somente ocorreu na América Latina e no Brasil (antes que me ridicularizem, lembrem-se que só americano considera que o Brasil é parte da América Latina), o Pari foi progressivamente abandonado enquanto caminhões passaram a entrar em São Paulo diretamente de outras cidades para entrega direta ao comércio. Com isso, o trânsito na cidade foi progressivamente tornando-se o caos de hoje (houve outros motivos para o caos, evidente, mas a quantidade de caminhões influiu muito).
A solução não é nada complicada. Que volte a ser o Pari uma central de distribuição, pelo menos em parte da cidade, e que os trens tragam novamente as mercadorias de fora. Não preciso explicar aqui o que isso afetaria positicamente o trânsito. É uma solução que não fazem por que não querem. É claro que teriam de negociar com a CPTM e com a MRS, mas é perfeitamente possível em terras de homens sérios que pensem mais na cidade que em seus empregos (aquie está a parte mais difícil da coisa).
Mãos à obra, e chega de caminhões. Que eles se resumam ao que é necessário, Afinal, é impossível encher uma cidade de trilhos.
sábado, 12 de novembro de 2011
A ZONA CEREALISTA DE SÃO PAULO
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ResponderExcluirOs preços são muito bons.
Vale muito a pena!