Rincão em 23/3/2015. Foto Silvio Rizzo
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Na linha-tronco principal da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, a estação de Rincão, antigo distrito de Araraquara e emancipado mais tarde (hoje é município), era onde a tração elétrica era substituída pela tração a vapor (e depois dos anos 1940, a diesel) nos trens de passageiros e cargueiros da ferrovia.
Uma bela estação, grande para a pequena cidade que é até hoje. Foi inaugurada em 1892 e cnstruída - o prédio original - pela Rio Claro Railway, comprada pela Paulista um mês antes. Por volta de 1915, o prédio foi derrubado e em seu lugar construído o atual. A partir de 1928 começou a ocorrer a troca de tração, quando a eletrificação chegou ali, de onde jamais passou. Junto com ela veio a bitola larga - a original era métrica.
Chegada de uma V-8 (elétrica) da FEPASA a Rincão em 1987. Foto Coryntho Silva Filho
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Isso seguiu até 1998, quando a eletrificação, com a venda da FEPASA para a RFFSA e sua quase imediata concessão dada à Ferroban, foi desativada. A estação foi uma das últimas a ser fechadas no interior de São Paulo. Cheguei a vê-la em funcionamento em 1998, praticamente com o mobiliário original.
Após isso, foi abandonada. Depois, tornou-se a sede da Prefeitura do município e está muito bem conservada já há alguns anos. Poucos trens ainda passam hoje por ali, todos cargueiros.
A gare de Rincão em 23/3/2015. Foto Silvio Rizzo
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Quem andou pela Paulista e pela FEPASA sempre se lembra com carinho das manobras em Rincão. A cidade, pequena até hoje, termina na linha e nesse belo prédio, que fica na emtrada da cidade para quem vem de Araraquara. De lá, a linha segue para Guatapará e Barretos, cruzando duas vezes o rio Mogi-Guaçu. Até 1969, saía dessa estação o ramal de Jaboticabal, em bitola métrica e que ia até Guariba, Jaboticabal e Bebedouro, onde se encontrava novamente com a linha-tronco.
Somente como curiosidade: a eletrificação da Paulista seguia também pelo chamado tronco oeste (Itirapina-Panorama), onde terminava em Cabrália Paulista, seu ponto máximo e onde chegou em 1952. Com a supressão do trecho antigo Bauru-Garça em 1976, substituído por uma variante bem mais curta, a eletrificação passou a terminar em Bauru.
domingo, 29 de março de 2015
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