Jornal A Tribuna, de Santos, hoje: lá no fundo, a bagunça impera
Hoje de manhã, o caos na Baixada Santista. A esclarecidíssima prefeita de Cubatão resolveu aplicar um decreto dela mesmo que faz com que os dois estacionamentos de espera de caminhões que se dirigem ao porto de Santos para descarregar principalmente grãos entre as 18 horas e as 6 da manhã.
Sem ter onde esperar para descarregar, os caminhões, desde a noite de ontem, começaram a parar nas próprias rodovias que se destinam ao porto. O resultado: caos total. Nem caminhões, nem ônibus andavam na região. Tudo parado. Centenas de pessoas perderam o dia de trabalho. Diversos motoristas de camninhão perderam tempo de espera pelo dia todo.
Qual o motivo que justificaria uma ação dessas dessa irresponsável? Os pátios nem são da Prefeitura, são particulares. Porém, pelo que entendi, o trânsito em partes do município que ela diz que administra seria prejudicado com isso. Ora, que diabos! Cubatão e as estradas estão ali há, literalmente, séculos! Durante todo esse período não aprenderam a conviver, ou não tomaram as medidas para isso? A medida, provavelmente, foi do tipo "coloca o bode na sala e tira depois", uma decisão que trouxe inúmeros prejuízos para todos. Quem pagará por eles? Certamente, não ela, pois neste país fugir das responsabilidades já é algo comum.
Agora, vem a pergunta ao governador e a vários de seus antecessores: Sr. Alkmin, onde estão os trens de passageiros prometidos para Santos? Sr. Serra, o que o Sr. fez durante todo o seu mandato que nem olhou para o problema? O Sr. Mario Covas, falecido, foi quem entregou a FEPASA e também em cuja época foram extintos os trens de passageiros da Mairinque-Santos (os trens faziam Embu-Guaçu a Ana Costa), da Santos-Jundiaí e do ramal de Juquiá, que percorria toda a passagem. Os TIMs, que faziam o trecho Santos-São Vicente-Samaritá (subúrbios) foram desativados. Antes disso, em tempos de Maluf e de Montoro, foram desativados os trens de passageiros que faziam a ligação Santos/Valongo à COSIPA e ao Casqueiro. Já na época de Paulo Egidio e Laudo Natel, a segunda linha da Santos-Jundiaí que descia para Santos foi se deteriorando, sem uso, linha essa hoje quase totalmente destruída e que certamente auxiliaria os cargueiros que descem para o porto.
Com trens de passageiros e mais trens de carga, o número de caminhões não seria esse número absurdo que corre por lá hoje. Sem trens, estamos ferrados. Todo mundo sabia disso há 10, 20, 30, 40 anos atrás. Mas nada fizeram, alegando muitos uma suposta mentira de que os trens eram obsoletos. Tão obsoletos, que são usados no mundo inteiro. Aqui, só os de carga, mas não do jeito que o país precisa e sim do jeito que as concessionárias querem, sem se importar com a infraestrutura do Brasil.
Já trens de passageiros, estão somente na saudade e na promessa.
terça-feira, 28 de maio de 2013
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