segunda-feira, 23 de abril de 2012

COMO ERAM RUINS OS NOSSOS TRENS DE SUBURBIOS...

Folha de São Paulo, 3 de abril de 1977
Para quem acha que os trens estão ruins hoje e critica a CPTM todos os dias mesmo com problemas não acontecendo todos os dias (inclusive nossos jornais) dou aqui uma "refrescada na memória" de quem andava de subúrbio nessa época (1977) em São Paulo, ou mesmo para informar quem não os usava nesse tempo e hoje usa.

O artigo é explanatório por si. Fala do pulgueiro que era e do sofrimento que todos os dias era notório e desrespeitoso com o público usuário. Vergonhosamente, o governo da época oferecia isso somente e quem quisesse que usasse: quem não quisesse, que fosse a pé.

5 comentários:

  1. Essa era a realidade dos trens suburbanos da FEPASA, que tinha alguns horários até Mairinque e eram operados pelos TUE's Toshiba-Kawasaki (que não aguentavam o tranco da superlotação). Nos da RFFSA (CBTU, a partir de 1984), a situação era ainda pior; no Rio de Janeiro, ainda rodavam, na época, os pioneiros trens ingleses de 1936, alguns TUE's britânicos de 1954 e os nacionais de 1964 (a atual série 4400 da CPTM).

    Foi por volta de 1976-1977 que houve uma enorme revolta dos usuários dos subúrbios do RJ, com trens destruídos. Temendo algo mais sério, o Governo Geisel abriu licitação e foram adquiridos os TUE's Hitachi Série 500 (que rodam até hoje).

    Diferentemente de São Paulo, o sistema de trens fluminenses continua precário, mesmo nas mãos da SuperVia. Os velhos 4400 dos anos 1960 ainda rodam e poucos trens novos foram adquiridos. A superlotação, a sujeira e até os surfistas de trem estão lá, ainda.

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  2. Rodrigo, Eu tenho que discordar de vc em parte. De fato os da série 400(4400 em SP) ainda rodam. Agora sobre a existencia de surfistas, isso já acabou faz tempo. Nem pingente tem como era antes, embora ainda tenha, porém bem menos. Sobre os trens, a frota adquirida após a santa revolta (santa, pois se o povo fizesse isso o tempo todo a situação do Brasil seria bem melhor) rodam, pois os mesmos passaram por ampla reforma. Inclusive os fabricados em 1954 que foram reformados pelas saudosas Mafersa e Cobrasma ( sendo renumerados para série 1000) que foram praticamente reconstruidos e em nada lembravam o que originalmente eram, pois sofreram uma tremenda renovação. O que impede a conservação é a propria Supervia e principalmente a população. Ha vandalos que chegam a arrancar os acabamentos de aluminio do interior dos carros.Agora depois que a Supervia foi vendida para a Odebretch a coisa tende a melhorar. Os trens chineses já estão rodando e o ramal de Itaguai deve ser reativado em breve. O mesmo deve ocorrer com o de Petropolis e a primeira ferrovia do Brasil, mas estes nada tem a ver com a Supervia, mas uma iniciativa das prefeituras de Petropolis e Magé com associações de transportes de passageiros.

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    1. Petrópolis? Duvido! Infelizmente, pois gostaria muito de ver rodando. Tenho acompanhado as notícias sobre isto nos últimos dois-três anos. Só promessas de gente que nem tem a mínima ideia das dificuldades e dos custos que teriam. Nem informam qual locomotiva pretendem usar... algo que hoje em dia é artigo em falta. Teria de ser produzida especialmente (tanto locomotiva quanto via) e seria extremamente cara.

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  3. Veja isso e tire suas conclusões:http://lauaxiliar.blogspot.com/

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  4. Vagões do Metrô, Monotrilho, Trens suburbanos têm cada vez menos assentos
    Esta cada vez mais difícil viajar sentado nos trens em São Paulo. E isso não é só por causa da crescente superlotação do sistema. Dados obtidos por meio da Lei de Acesso a Informação, mostram que os veículos das frotas modernizadas e as composições novas têm sido entregues com cerca de 100 assentos a menos do que os equipamentos antigos.
    Trata-se de uma tendência acelerada recentemente. Nos anos 1980 - segunda década de funcionamento das linhas da companhia, as composições da frota “C” da Linha 3-Vermelha possuiam 368 bancos. Algumas destas ainda rodam naquele ramal. No fim do decênio seguinte, os trens recém-adquiridos para a Linha 2-Verde passaram a apresentar 274 assentos, em um lote que recebeu o batismo de frota ”E”.
    Agora, a quantidade de vagas para os passageiros se acomodarem caiu ainda mais. Por exemplo, quem andar em um veículo da frota “K”, modernizada nos últimos três anos, terá de disputar um dos 264 lugares disponíveis. Chama a atenção o fato de que esses trens, antes de serem reformados e rebatizados, pertenciam à antiga frota “C” com 368. Ou seja, possuíam 104 assentos a mais, com os mesmos comprimentos e larguras dos vagões redefinidos, sendo que as vagas do Monotrilho Linha 15-Prata recém inaugurado, não passam de 120.
    Embora o Metrô, que é controlado pelo governo do Estado, não admita oficialmente, a redução dos bancos em seus trens tem o objetivo de permitir a acomodação de um número maior de pessoas em pé, desafogando mais rápido as plataformas superlotadas das estações durante os horários de pico.
    Conclusão
    “Para o Metrô e CPTM, modernizar é sinônimo de subtrair assentos”.
    Análise técnica
    As prioridades não têm levado em consideração o conforto dos usuários. "Como tudo é dimensionado só para atender à demanda no horário de pico, ninguém depois muda o arranjo e instala mais assentos nos trens”.
    Proponho um sistema de Trens de dois andares com altíssima capacidade de demanda em apoio à Linha 11-Coral da CPTM, para aliviá-la nos horários de ponta. "Esses trens “double decker” utilizariam a mesma linha e maioria dos passageiros viajariam sentados."
    É prioritário para implantação das composições de dois andares até a Barra Funda reformar e ampliar as Estações da Mooca e Água Branca, readequar a Júlio Prestes e construir a do Bom Retiro (que englobariam as seis linhas existentes além dos futuros trens regionais), tal atitude beneficiaria todas as linhas metro ferroviárias, e decentralizaria e descongestionaria a Luz.
    Seria uma decisão sensata, racional, e correta porque falar em conforto para uns e outros irem esmagados não tem o menor sentido. Além de se evitar um risco maior, seria uma forma de aliviar este "processo crônico de sardinha em lata”.
    Idosos
    A Linha 5-Lilás, na zona sul, foi inaugurada em 2002 com trens de 272 lugares. A futura frota que será comprada para circular no ramal, que está sendo expandido para receber mais passageiros, registrará, em cada composição, 236 bancos, a menor quantidade entre todos os veículos do Metrô, com exceção do Monotrilho que tem 120.
    Além do natural envelhecimento da população - segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pessoas com mais de 65 anos de idade no país saltarão de 14,9 milhões em 2013 para 58,4 milhões em 2060 -, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) aprovou uma lei, no fim de 2013, que diminui de 65 para 60 anos a idade mínima para homens andarem de graça no metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o que deve atrair ainda mais passageiros desse perfil.
    Sem fornecer números, a assessoria de imprensa do Metrô informou que a quantidade de assentos preferenciais nos trens novos e modernizados "É superior ao mínimo estabelecido pela lei". Os dados oficiais indicam que os trens do Metrô carregam, no máximo, até 2 mil passageiros.

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