Chegou-me há cerca de uma hora atrás o seguinte e-mail:
“Prezado Sr. Ralph Mennucci Giesbrecht
Seguem fotos da Situação atual (Março-2009) da Estação Ferroviária de Rifaina.
Lamentamos que a coisa esteja dessa forma.
Estamos, Prefeitura Municipal, através do Departamento Municipal de Cultura do qual sou responsável, tentando conseguir com o Governo do Estado, mais precisamente junto a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo, utilizar o prédio para fins culturais, ou seja, estamos criando o Museu de História e Turismo de Rifaina e Região.
O local é muito oportuno e viável para esse fim, visto que possui uma arquitetura que retrata a época, em minha opinião, maravilhosa da região.
Hoje, o prédio está se deteriorando e invadido por duas famílias.
Temos dificuldades em conseguir autorização porque não sabemos onde mais recorrer.
Já consultamos a FEPASA, o Conselho do Patrimônio Imobiliário do Estado de São Paulo, e estamos partindo para a Secretaria citada acima.
Carecemos de informações sobre os domínios desse bem público, mas ninguém, até o presente momento pode nos especificar sobre a responsabilidade desse imóvel.
O tempo está passando, a história está se acabando no tempo e, se não houver uma solução que possibilite o uso do prédio tudo irá se dissolver no esquecimento.
Como o senhor é sócio da ABPF - Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, peço-lhe apoio para darmos continuidade ao nosso projeto municipal.
Segue cópia dos ofícios e fotos para vossa apreciação.
Reitero meus votos de alta consideração e aguardo informações de vossa parte.
Atenciosamente,
Cezar Balsanulfo Cardoso
Colaborador Cultural
Prefeitura Municipal de Rifaina”
A estação em referência é uma réplica da estação original de Rifaina, da Companhia Mogiana, construída no final do século 19. Quando a ABPF e a Fepasa chegaram a Pedregulho e a Rifaina no final dos anos 1980 no intuito de reconstruir o trecho da antiga Linha do Rio Grande entre essas duas cidades com o intuito de fazer um trem turístico no local, tiveram de reconstruir a estação de Rifaina, que havia submergido nos anos 1970 sob as águas do rio Grande, devido à construção da represa de Jaguará. A construção foi feita e entregue em 1990, juntamente com o trem turístico, trem este que rodou sob administração de ABPF até 1994, quando a queda de um aterro da linha em Pedregulho deixou a linha sem condições de reparo. Numa época em que a Fepasa já estava mais para lá do que para cá, ninguém assumiu a responsabilidade de reconstruir o trecho e o trem parou. A ABPF não tinha como investir uma soma tão alta para tal.
A estação foi invadida e até que não está tão ruim assim, mas necessita de reparos nada baratos nas partes internas, principalmente no forro. No entanto, veja a situação da Prefeitura da cidade, que não consegue encontrar quem é o dono do prédio – mas que deve ser a RFFSA, que ficou com o espolio da Fepasa e que hoje, extinta, está como “Inventariança”.
Foi o que respondi a ele. Vamos ver se é possível a solução para esta réplica muito bem feita.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
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Algumas horas depois de comentar que a estação possivelmente seria da RFFSA, a ABPF me disse que o patrimonio dessa ferrovia teria passado à E. F. Campos do Jordão, que por sua vez pertence à Secretaria de Estado do Turismo. Então...
ResponderExcluirPrezados Amigos, em 1993, diante da mesma angustia entrei com uma Ação Popular objetivando com que a Estação Rodrigues Alves de Piquete-SP não fosse descaracterizada, uma vez que havia sido transferida a um particular. Por outro lado os prédios das Estações são bens publicos. Podendo ser objeto de cessão de uso pelo orgão responsável pelo cuidado do patrimônio. Portando via Ministério Público, dado ao relevante e valor patriônial histórico pode ser exigido dos responsáveis providências. Até mesmo que seja colocada sob a tutela, por exemplo, de uma associação tal ocmo Amigos do Patrimônio Cutural. Com relação a minha ação isolada em Piquete, ainda que não tenha saido na foto, o prédio foi restaurado e festejado quando do 100 ano de construção em setembro de 2006.
ResponderExcluirSergio, são bens públicos desde que não tenham sido tranferidas (vendidas, no caso) a terceiros. E há muitos casos em que isto aconteceu. Abraços
ResponderExcluirhttp://bfphoto-fineart.blogspot.com/
ResponderExcluirNão consegui identificar esta estação nem consegui seu nome. Ela está situada entre Brotas e o subdistrito de Patrimônio SP.
Se tiver informações poderia me informar para que eu possa colocá-las junto à foto no blog.
abraços
betho feliciano
Não sei de qual foto v. está falando, BF Photo. A do blog é de Rifaina (acima). A que v. diz que está próxima a Brotas, não tenho a foto para analisar. Abraços
ResponderExcluirA foto a que ele se refere é esta, no blog dele: http://bfphoto-fineart.blogspot.com/2009/07/antiga-estacao-ferroviaria-entre.html
ResponderExcluirPelo que vi, é Espraiado: http://estacoesferroviarias.com.br/e/espraiado.htm