terça-feira, 26 de maio de 2015

CRAVINHOS, SP: A MOGIANA, AS CASAS E A IGREJA

Estação ferroviária de Cravinhos. Maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht

Já escrevi diversas vezes sobre a cidade de Cravinhos neste blog. Porém, somente entrei na sede do município (à esquerda da via Anhanguera para quem vem de São Paulo, lá pelo quilômetro 300) no ano de 1999 e, depois, na semana passada.
Estação ferroviária de Cravinhos. Maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht

De várias outras vezes, apenas passei pela rodovia, mesmo, direto.
Um dos casarões de Cravinhos. Maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht

É uma cidade bastante calma. É meio difícil de demarcar a "cidade original". A estação é um dos pontos de "final de cidade": como quase sempre, a ferrovia não entrava na cidade, mas passava o mais próximo possível dela, para facilitar as obras e pagar o mínimo possível de valor na desapropriação (isto, quando os donos de terras não doavam o terreno para a passagem dos trilhos e construção da estação - eles faziam isto para ganhar proveito do trem no futuro).
Um dos casarões de Cravinhos. Maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht

Hoje a cidade encosta na rodovia. Há cem anos atrás, certamente, estava longe dela. (lembrar que, apesar disso, a via Anhanguera somente passou por Cravinhos a partir de 1956).
Igreja que caiu e foi recobstruída em Cravinhos. Maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht

Para ler outras postagens a respeito de Cravinhos, basta clicar aqui: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
Um dos casarões de Cravinhos. Maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht

A Companhia Mogiana de Estradas de Ferro somente aportou com uma estação no então afastado bairro de Cravinhos em 1883. Em 1956, desativou o ramal que saía da estação e ia até Serrana, com bitola estreita de 60 cm, e, em 1964, desativou a própria linha, que foi transferida em uma variante (com a estação) para nove quilômetros a leste da cidade.
Mercado Municipal de Cravinhos. Maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação antiga ficou. Hoje serve para o funcionamento de diversos órgãos da prefeitura. É um prédio amplo, comprido, com arquitetura típica da Mogiana do final do século XIX, que também tem o as armazéns incorporados nele.
Antiga estação de Bifurcação no ramal de Cravinhos. Maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht
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Do ramal de Cravinhos, sobraram apenas as estações. Duas delas ainda podem ser encontradas ao lado da rodovia que liga a cidade a Serrana. Esta estrada, no entanto, não acompanha o leito da antiga linha, e sim, cruza-a algumas vezes. Por isto, as estações de Bifurcação (de onde saía outro pequeno ramal, o ramal de Jandaia) e de Manoel Amaro estão a alguns metros, em declive, a primeira à direita, a segunda à esquerda da estrada. Não é fácil de se encontrar o leito do antigo ramal, mas as estações se vêem da rodovia.
Outro prédio na estação de Bifurcação (armazém, modificado?) no ramal de Cravinhos. Maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht
A chegada da estrada de ferro determinou o crescimento da cidade - embora não tenha sido muito grande, dada a proximidade muito grande com a cidade de Ribeirão Preto, hoje gigante, com 600 mil habitantes, e que ofuscou as diversas cidades ao seu redor. De qualquer forma, podem-se encontrar diversas residências e prédios antigos na cidade, muitos dos quais reproduzo aqui.
Antiga estação de Manoel Amaro no ramal de Cravinhos. Maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht
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Curioso também foi o que ocorreu com uma das igrejas da cidade, aparentemente a mais antiga, a de São Benedito, que desabou em 2009. Dela sobrou apenas a fachada. Fui verificar o que havia ocorrido com as ruínas e - milagre - foi reconstruída a partir desta (ver aqui o link 1).

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