Desenho: Moacir Campos, bico de pena, c. 1935
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A cidade e município de Itapura, às margens do rio Paraná, é minúscula. A cidade é relativamente nova. A cidade velha, também pequena, foi inundada nos anos 1960 pela represa de Jupiá.
Itapura teve ferrovia, estação ferroviária, um belo salto no rio Tietê (que se encontra com o rio Paraná muito próximo da cidade), uma usina de força e um prédio magnífico, erigido em 1869 para servir de posto militar avançado no Estado de São Paulo, que, até então, parava sua civilização na altura de onde um dia passou a linha do Tratado de Tordesilhas (mais ou menos de São José do rio Preto a Itararé).
De tudo isso, sobrou somente o maravilhoso prédio que servia de residência do Comandante do Destacamento Naval - o tal posto avançado.
Tudo o que foi citado acabou, menos o prédio, que está abandonado há muitos anos e um dia vai cair por falta de manutenção. Para piorar, ele fica fora da cidade - o que o leva a um abandono maior ainda. Ferrovia, estação, o salto e a usina, assim como a cidade velha, acabaram.
As fotos nesta postagem mostram o salto nos anos 1930. Fotografias tiradas por meu avô Sud Mennucci. Desenho de Moacir Campos. O palacete aparece numa foto de 2006 do jornal O Estado de S. Paulo.
Não sei como a cidade sobrevive como município. Não sei quem quereria ir lá, a oitocentos quilômetros da Capital, para ver um prédio em ruínas. E depois reclamam que não se cuida do patrimônio histórico neste país.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
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Caderno de Turismo do Estadão de 11.08.67:
ResponderExcluirhttp://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19670811-28321-nac-0036-tur-6-not
Cidade pequena e aconchegante morei 2 anos em itapura entre 82 e 83
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