domingo, 20 de outubro de 2013
A SOROCABANA NA VILA ANASTÁCIO
Uma fotografia que me foi enviada, ou apareceu no Facebook, infelizmente esta foto me escapou da identificação do autor ou de quem me a cedeu, deixou-me curioso. Acho, no entanto, que achei a resposta para ela. Trata-se da fotografia mostrada no topo deste artigo. Veja que ela veio com caligrafia de época.
Hoje em dia, a linha da antiga Sorocabana, hoje operada pela CPTM até Itapevi, não encosta mais no rio Tietê. Porém, houve um tempo em que ela passava mais perto dele.
Neste detalhe do mapa de 1930, aparecem as duas linhas citadas mais abaixo. A linha que sai para noroeste cruza o Tietê e vai para a Armour. A "estrada de Jundiaí", à esquerda do pátio da estação, é hoje a rua Barão de Jundiaí e cruza o rio no mesmo ponto em que hoje está a ponte mais antiga da via Anhanguera. (Sara Brasil)
A primeira retificação do Tietê ocorreu no finalzinho do século XIX. Dentre as inúmeras curvas que o rio fazia, uma delas encostava onde hoje é o pátio da estação de Domingos de Moraes, no bairro da Vila Anastácio.
Como o que está escrito diz "Anastácio Domingos de M. felöl" - não sei o que é o tal "felöl" - trata-se da estação e bairros acima citados. Porém, a presença das casas no outro lado do leito não parece ser do século XIX. Tudo parece ser mais recente.
Então, peguei dois mapas da Sara Brasil, publicados em 1930, e vejo que, ao lado noroeste do pátio da estação, há não o leito do rio, mas o que sobrava, naquela época, do leito original do rio e que, embora já sem ligação com o rio, certamente enchia em época de chuvas.
Neste outro detalhe do mapa de 1930, a linha da EFS segue para a estação de Domingos de Moraes no sentido oeste (a estação e o pátio não aparecem) e a linha que segue para o norte, ao lado da "avenida Speers" (hoje Raimundo P. Magalhães) cruza o Tietê mais ao norte e termina "em lugar nenhum". (Sara Brasil)
Há duas linhas. Uma saindo para a esquerda das pessoas que estsão olhando para elas e para a água e outra, mais para cá. Esta última (já com bitola mista) é a linha-tronco da Sorocabana. A estação de Domingos de Moraes está fora da foto, provavelmente atrás dos observadores. A linha que sai mais perto do rio é a linha do frigorífico Armour.
Os mapas e seus detalhes são colocados aqui. Acredito que eu esteja correto quanto à afirmação que fiz.
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Pelo que consegui descobrir, a expressão "felöl" é húngara e quer dizer, no sentido primário que pude encontrar, "variando", que talvez se mostre como uma variante deste significado. Talvez a expressão esteja na foto pelo fato da foto mostrar como era a linha tempos atrás.
ResponderExcluirFelöl é uma palavra do idioma húngaro.
ResponderExcluirPelo que pesquisei, é equivalente ao "from" da língua inglesa.
Então, o significado da frase seria: "de Anastácio Domingos de M."
Caro Ralph...sigo (não muito regularmente) esse teu blog mas só hoje ampliei na tela a foto do topo. E DESCOBRI ALGO (para mim) SENSACIONAL !!! Nela aparece sobre a serraria do horizonte o que acho (tenho quase certeza!) a igreja da Freguesia do Ó.
ResponderExcluirAntes de ler os dois comentários acima pensei que felöl tinha a ver com isso! O Erivelto e o Lim são mais sábios que a minha ignorância mas estou orgulhoso de ter visto a igrejinha lá ao longe!
Caro colega Ralph belo trabalho o seu e cheio de detalhes, Muito interessantes esse seus mapas, especiamente esse da Estação Domingos de Moraes.e a propósito não era a estação que ficava mais perto do rio e sim o rio que passava perto da estação.
ResponderExcluirEsse água que se vê na foto é um trecho do braço morto do Rio Tietê que circundava a Vila Anastácio que por conta disso recebia o nome de Ilha Anastácio. Esse trecho chamado de Rio Velho foi aterrado nos anos 30.
Acessando essas fotos e mapas abaixo na página do Facebook chamada Vila Anastácio fotos e fatos se tem uma visão esclarecedora . Inclusive umas dessas fotos nos links abaixo, é possivel ver a estação Domingos de Moraes a partir do lado oposto a essa foto, quer dizer, às margens desse braço morto do Tietê. onde se avista a casa das máquinas já demolida. Lá tem muitas outras fotos tanto do rio Tietê como da estação Domingos de Moraes,
Um abraço e parabéns pelo blog
https://www.facebook.com/vilaanastacio/photos/a.771859632824187.1073741877.438590116151142/634734353203383/?type=3&theater
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https://www.facebook.com/vilaanastacio/photos/a.771859632824187.1073741877.438590116151142/788267261183424/?type=3&theater
Caro colega Ralph belo trabalho o seu e cheio de detalhes, Muito interessantes esse seus mapas, especiamente esse da Estação Domingos de Moraes.e a propósito não era a estação que ficava mais perto do rio e sim o rio que passava perto da estação.
ResponderExcluirEsse água que se vê na foto é um trecho do braço morto do Rio Tietê que circundava a Vila Anastácio que por conta disso recebia o nome de Ilha Anastácio. Esse trecho chamado de Rio Velho foi aterrado nos anos 30.
Acessando essas fotos e mapas abaixo na página do Facebook chamada Vila Anastácio fotos e fatos se tem uma visão esclarecedora . Inclusive umas dessas fotos nos links abaixo, é possivel ver a estação Domingos de Moraes a partir do lado oposto a essa foto, quer dizer, às margens desse braço morto do Tietê. onde se avista a casa das máquinas já demolida. Lá tem muitas outras fotos tanto do rio Tietê como da estação Domingos de Moraes,
Um abraço e parabéns pelo blog
https://www.facebook.com/vilaanastacio/photos/a.771859632824187.1073741877.438590116151142/634734353203383/?type=3&theater
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Caro Edward, tudo o que v. falou está escrito na postagem. A esta~]ao mais perto do rio e o rio mais perto da estação querem dizer exatamente a mesma coisa. Sim, é o braço morto, mas ficar explicando detalhes muitas vezes confunde quem lÊ.
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