O ramal da Penha, como era em 1890. A única estação que aparecia era a da Penha (Itapira, hoje).
Fui ontem a Itapira, SP, pela segunda vez na vida. Catorze anos depois da última. Desta vez, estava com a Ana Maria, o Douglas, a Heloisa e meu neto Willi.
A facha da estação de Itapira. A linha e a plataforma estavam do outro lado.
Chegamos la e fomos fotografar a cidade. Ela tem algumas casas muito interessantes, mas também já deu para perceber que, para uma cidade que tem quase 200 anos (foi fundada em 1820), já perdeu muitas de suas construções antigas e certamente bonitas.
Para tomar o trm, havia de se atravessar a passarela (acima) e chegar à plataforma da estação de Itapira.
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A estação ferroviária fica na parte mais baixa da cidade. O centro fica na colina que sobe para a bonita praça, ponto mais alto da cidade, que existe ao lado do reservatório de água. Nessa praça há um mirante. De lá se se vê a parte baixa da cidade. Será esta a Penha do Rio do Peixe, que deu o nome original 'a cidade? O nome, muito mais poético, deixou de existir quando os nacionalistas da época do fim do Império cismaram de trocar o nome português de várias cidades por nomes "nativos" indígenas. Tempos de Policarpo Quaresma.
Depois de algum tempo, o trem chegava e parava em Barão de Ataliba Nogueira.
Seguimos de Itapira para Jacutinga, Minas, onde o ramal ferroviário acabava o ramal da Penha, o ramal de Itapira. Ele acabava na estação de Sapucaí, a cerca de 400 metros dentro de Minas depois de passar a fronteira. Em Sapucaí baldeava-se, se quiséssemos, para a Rede Mineira de Viação, que um dia foi a E. F. do Sapucaí.
Depois, o trem chegava a Eleuterio, hoje um prédio espremido entre outras construções
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O ramal começava em Mogi Mirim, tronco da Mogiana. Daí seguia para leste até a estação de Itapura e então dobrava para nordeste até Sapucaí. Quando passamos a fronteira estadual, passamos também a entrada para a estação. Não há nenhuma indicação, embora haja uma vila não tão pequena junto à estação. Curioso: seis quilômetros após a divisa, está a entrada do centro comercial de Jacutinga. Uma rua tão nova quanto suas lojas, todas de malhas. Só que, nesses três quilômetros, existem três radares. A velocidade máxima é de 60 km. A rodovia aguenta 100 km por hora sem problemas. É a própria indústria da multa.
E finalmente cegava a Sapucaí, onde se entroncava com a Rede Mineira.
No caminho entre Itapira e Sapucaí, de carro, claro, já que o ramal não existe desde 1990, o leito da antiga linha sempre se mantém à nossa esquerda. Passamos pelas estações de Barão Ataliba Nogueira e de Eleutério. Ainda existem, uma é moradia, outra, parte de uma fábrica. Os leitores podem apreciar o que são estes edifícios hoje, no texto desta postagem.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
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Olá Ralph, muito bacana ler sobre minha cidade no seu blog. Há um tempo houve um rumor de que iam demolir o prédio da estação na cidade, mas os moradores estavam dispostos a não deixar. Sinceramente não sei o que foi decidido por fim, só sei que o prédio está lá. E sim, você está certo, tínhamos muitos casarões maravilhosos, todos destruídos para abrigar galpões quadrados horrorosos no lugar, sem contar que nossas árvores também são bem escassas. Muito triste!
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho! Abraço.
1965 eu passava em frente a Estação da Mogiana de Itapira, indo para o ginásio. Tinha, também, um bebedouro de água para cavalos no Largo em frente da Estação. Realmente tudo está mudado. Parece que a cidade perdeu muito da sua própria história. Ainda bem que restam fotos antigas em blogs itapirenses.
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