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Hoje fui visitar minha mãe no bairro do Sumaré, em São Paulo. Ela mora desde 1950 na rua Teffé, na mesma casa. Foi lá que nasci e passei minha infância. Morei lá até os 22 anos, quando me casei. Fui lá de metrô. Peguei-o na estação Faria Lima, subi até a Paulista (são 3 minutos e meio) e de lá peguei o outro trem para a estação Sumaré. Desci na avenida Doutor Arnaldo e andei ladeira abaixo até a rua Teffé.
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Lembrei-me que ela saía de um larguinho que não tinha nome, quando eu era jovem. Quatro ruas se cruzavam nesse larguinho: a avenida Sumaré, ainda estreita (embora mais largas que as outras ruas), a rua Pombal, a rua Teffé e a rua Veríssimo Glória, que terminavam ali. Eu cruzava o largo de bicicleta quando ia visitar alguns amigos que moravam no Pacaembu. Eu prestava bastante atenção com o trânsito ali, mas a quantidade de automóveis que ali cruzava ainda era muito pequena.
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Em meados dos anos 1970, passaram ali a ligação da rua Henrique Schaumann com a avenida Sumaré. Desapropriações mil, rasgaram a rua Pombal em duas, alargaram a Sumaré, derrubando todas as casas do lado par entre as ruas Grajaú e Pombal, do lado ímpar entre a Atalaia e a Teffé e, para fazer a Doutor Arnaldo, lá em cima, passar pelo buraco que se criou com a avenida em baixo (nomeada de Paulo VI, que morreu quando estavam terminando a obra em 1978), construíram um enorme viaduto. No final dos anos 1980, debaixo deste, passaram a linha do metrô para a Vila Madalena e construíram a estação Sumaré, ali pendurada.
Todos esses dados de datas e fatos tirei da minha memória.
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O larguinho desapareceu. Mais ou menos no seu lugar, existe hoje um outro largo bem maior, com o nome de Marcia Mammana. Carros vêm com alta velocidade, um monte deles, só parando num semaforo que há em frente ao final da rua Teffé. Do lado de lá da avenida Sumaré, ou Paulo VI, sei lá, uma encosta enorme sem casas. Ainda existem restos de fundos de fundações de algumas ali. Da rua Pombal sobrou um pedacinho só. O trecho da Sumaré entre a Teffé e o seu final, na Tácito de Almeida, não foi alargado e passou a se chamar Olavo Freire, que, aliás, era o nome primitivo da rua Veríssimo Glória, ladeirão que continua ali inteira.
Tirei uma foto hoje ali, mas, do larguinho antigo que existiu até por volta de 1975, não tenho fotografia alguma, exceto lembranças na minha mente.
Foi difícil achar o trecho que você falava... Tentei ir de cara no google maps depois de ver a foto e nada... :P
ResponderExcluirSó mesmo lendo o post todo é que conseguir visualizar.
Triste história, mas que bom que existe a memória.
abs